Campeonato Carioca

Falta de tempo e restrições para treinos, não-rebaixamento… Confira os problemas que podem adiar o início da B1

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Treinamento do Nova Iguaçu. Foto: Vitor Melo/NIFC
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A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) propôs adiar o início da Série B1 do Campeonato Carioca em três semanas. Inicialmente marcada para começar em 15 de agosto, a B1, pela proposta, teria seu começo no dia 9 de setembro, uma quarta-feira. A sugestão foi enviada aos clubes na última quinta-feira (16) e precisará ser debatida em um novo arbitral, com a presença de todos os dirigentes, mas em data ainda a ser definida.

Há uma série de problemas em torno do início da Segundona do Carioca em agosto. Além da questão financeira – visto que a FFERJ pode não subsidiar mais a maior parte dos gastos das partidas, fazendo com que os clubes tenham custos até 10 vezes maiores -, outros pontos problemáticos surgiram nas últimas semanas, impedindo, por exemplo, a realização de treinamentos de pré-temporada visando a disputa do campeonato.

Para a disputa da Série A, por exemplo, a Federação criou o protocolo “Jogo Seguro”, onde foi elaborada uma série de medidas de segurança sanitária no antes, durante e depois das partidas, tendo em vista evitar o contágio de COVID-19 entre atletas, funcionários e demais envolvidos na realização e cobertura dos jogos. Não há a definição se o mesmo protocolo será utilizado integralmente na B1 ou se haverá adaptações, já que a situação geral do Rio de Janeiro não é a mesma de meses atrás, quando o “Jogo Seguro” foi aprovado.

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Situação dos municípios também é monitorada pela FFERJ

Quanto às equipes fora da cidade do Rio de Janeiro, a Federação monitora a situação dos municípios, solicitando para os clubes enviarem autorizações para realizarem treinamentos, onde ainda não há uma definição legal para que as atividades físicas retornem. Esta solicitação de documentação pode gerar uma necessidade de prazo maior para o início do campeonato, levando em consideração um período mínimo de quatro semanas de treinamentos antes da bola rolar para valer.

A questão do rebaixamento também precisa ser definida. Na última terça-feira (14), o Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), por unanimidade de votos, definiu que Nova Iguaçu e Cabofriense permanecerão na Série A do Campeonato Carioca para 2021, com o Nova disputando a Seletiva e o Tricolor Praiano já na fase principal.

Isso gera a necessidade de mudança na fórmula de disputa da Segundona. Sem o Nova Iguaçu, que integraria o Grupo B, são três, as possibilidades: dar folga para todos os adversários do Nova e o Grupo B ficar com sete clubes, em vez de oito; ou adaptar a tabela, colocando a equipe de folga para disputar no lugar do Nova Iguaçu.

A outra ideia que será debatida é transferir uma equipe do Grupo A para o B mediante sorteio, gerando uma necessidade menor na adaptação da tabela, já definida anteriormente. Esta medida faria com que ambos os grupos tivessem oito clubes, diferente de antes, quando haveria uma disparidade (nove no A e oito no B. Em qualquer um dos três casos, isso precisará ser definido na reunião entre os dirigentes, visto que mexe com o regulamento do torneio.

Confira a situação de momento da Série B1:

Grupo A: Duque de Caxias, Olaria, Audax, Serra Macaense, Nova Cidade, Serrano, Gonçalense, Maricá e Rio São Paulo

Grupo B: Goytacaz, Sampaio Corrêa, Campos, Bonsucesso, Angra dos Reis, Artsul e São Gonçalo
*Estava previsto que a equipe rebaixada da Série A 2020 integraria este grupo

Fórmula de disputa:

  • Dois turnos, com semifinal e final geral. No primeiro (Taça Santos Dumont), as equipes disputam dentro do grupo. Já no segundo (Taça Corcovado), disputam um contra o outro;
  • A semifinal geral será composta pelos campeões de turnos e as duas equipes melhores colocadas na classificação geral (excluindo os campeões de turno);
  • Campeão e vice (ou seja, os classificados nas semifinais gerais) são promovidos à Série A de 2021;
  • As duas últimas equipes caem para a Série B2 (que passará a ser a quarta divisão em 2021)
  • As seis equipes que não subirem para a A e que não forem rebaixadas, permanecem na B1, que passa a ser a terceira divisão, visto que será criada a Série A2.
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