Fluminense
Felipe Melo e Diniz criticam jornal inglês que comparou Fluminense a aposentados
Na véspera da decisão do Mundial entre Fluminense e City, o técnico Fernando Diniz e o zagueiro Felipe Melo criticaram um texto do diário The Telegraph
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Na véspera da decisão do Mundial entre Fluminense e Manchester City, o técnico Fernando Diniz e o zagueiro Felipe Melo criticaram um texto do diário The Telegraph, da Inglaterra, que comparou a equipe brasileira a um time de jogadores aposentados. O texto publicado na última quinta-feira analisou o time brasileiro, que vai enfrentar o Manchester City nesta sexta-feira, na Arábia Saudita.
Fluminense e Manchester City jogam, nesta sexta-feira, às 15h (horário de Brasília), no King Abdullah, na Arábia Saudita. Nenhum dos times venceram a competição mundial na história.
– Eu nunca tinha escutado falar desse jornal. Talvez seja porque eu não tenha jogado na Inglaterra ou porque talvez não seja o maior jornal da Inglaterra. Foram inteligentes, é uma forma de chamar o público. As redes sociais vêm muitas vezes para dar voz a idiota. Da mesma forma que tem jovens atuando com figurões, assim também tem atletas da minha idade que conseguem atuar melhor que garotos. Eu jogo porque sou disciplinado, profissional e amor futebol. Tem gente que vai usar da inteligência para falar de coisas construtivas e outras, coisas idiotas como foi o caso do jornal – disse Felipe Melo.
O técnico Fernando Diniz, que também participou da coletiva, saiu em defesa de seus jogadores.
– Não é o resultado do jogo que define o que está errado ou não. Se o City ganha da gente, o cara tem razão? Não, porque é uma falta de respeito. Isso é uma coisa que temos que aprender. Como muita gente no Brasil torceu para que esse time fosse de aposentado. Amanhã, pode ganhar, perder ou empatar. Mas esse cara nunca está certo. Não vamos jogar para responder, vamos jogar por uma declaração muito maior – disse o treinador.
Superação
Felipe Melo também destacou a preservança do Fluminense para acreditar no título mundial. Ele ressaltou o poder de superação e a disciplina para se recuperar das dores do joelho ao longo da temporada.
– Quando você tem disciplina e ama o que faz, você faz de tudo para performar. Tem grandes jogadores que depois que conquista tudo perde a vontade e acaba entrando em queda livre. Nunca fui assim, sempre quis mais. Quando achei que não ia dar, sempre tive alguém do meu lado, como Diniz, para não falar nada e apenas me dá um abraço. Ano passado saí de um treino chorando determinado a encerrar minha carreira. O Diniz me chamou eu falei que não queria e ele disse: “só me dá um abraço”. Aquilo mudou meu pensamento. Corri atrás para estar melhor, eu sentia muitas dores no joelho. Não posso deixar de agradecer a Deus, mas tive pessoas para me ajudar no clube e em casa. Isso faz diferença. Por isso que aos 40 anos, consigo performar. Não só eu, mas o Marcelo, o Fábio, o Ganso o Cano.
Desfalques do City
Não vão jogar Haaland, De Bruyne e também o Doku que é um atleta de qualidade. É um time muito bem treinado e tecnicamente tem jogadores que fazem diferença. Não podemos permitir os erros que tivemos no último jogo. São atletas que se tiver um erro, matam um jogo, por isso estão no Manchester. É uma seleção do mundo, por isso estão há cinco anos brigando no topo. Vamos trabalhar, jogar, se feliz e aproveitar esse momento. Vamos ver o que Deus quer – destacou Felipe Melo.
Estilo de jogo
O técnico Fernando Diniz disse que sua equipe se preparou o ano todo para esta partida. O treinador classificou o embate como ”a partida de sua vida” e fez elogios a Pep Guardiola.
“É o jogo mais importante da minha vida. O próximo jogo sempre é o mais importante. Também coincide de ser o jogo, historicamente, mais singular. Decisão de título mundial. Contra um dos melhores times da história do futebol mundial e um dos maiores treinadores”, disse Diniz, que prosseguiu.
“Nosso estilo de jogo vai ser mantido, só vamos corrigir para não errarmos como contra o Al Ahly. O campo de treinamento é muito diferente do estádio. A grama está muito mais baixa no estádio. Muito molhado. Sentimos muitos essa adaptação. Tivemos nervosismo e também erramos por conta da adaptação do campo. Parece os campos de grama sintética do Brasil. Isso muda o aspecto do jogo’, finalizou Diniz.