Bastidores ENM
Flamengo é condenado a pagar danos morais ao monitor que estava no Ninho do Urubu no momento do incêndio em tragédia de 2019
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O Flamengo foi condenado pela Justiça a pagar danos morais a Marcus Vinicius Medeiros, ex-funcionário do clube que atuava como monitor do Centro de Treinamento do Ninho do Urubu, em 2019, e estava no local no momento do incêndio que vitimou jogadores das categorias de base rubro-negra. O Esporte News Mundo teve acesso a detalhes do caso, que cabe recurso.
A decisão foi assinada pela juíza Adriana Pinheiro Freitas, da 74ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1), publicada nesta quarta-feira. O valor da condenação foi arbitrado em R$ 170 mil – destes, R$ 130 mil foram relacionados ao pedido de dano moral julgado procedente.
“Os elementos probatórios confirmam, ainda, que, após o evento fatídico, a parte reclamada não ofereceu atendimento psicológico adequado à parte autora e tampouco zelou para que retornasse a desenvolver seus potenciais laborais dentro da sua estrutura associativa/empresarial”, argumentou a magistrada em sua sentença.
Fora os danos morais acatados pela juíza, o Flamengo também foi condenado a pagar os seguintes pontos: horas extras, com adicional de 50%, e reflexos em repouso semanal remunerado, aviso prévio, 13º salários, férias com 1/3 e FGTS e multa de 40%.
Além da área trabalhista, o monitor estava envolvido no julgamento das responsabilidades na área criminal sobre a tragédia, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), mas já foi absolvido. A apuração deste outro processo segue em andamento, sem expectativa de sentença final.
O incêndio vitimou os seguintes jogadores jogadores:
• Athila Paixão, de 14 anos
• Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14 anos
• Bernardo Pisetta, 14 anos
• Christian Esmério, 15 anos
• Gedson Santos, 14 anos
• Jorge Eduardo Santos, 15 anos
• Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos
• Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos
• Samuel Thomas Rosa, 15 anos
• Vitor Isaías, 15 anos
A reportagem do ENM não conseguiu contato com os envolvidos até o momento desta publicação.