Z - Futebol Agência ENM

Gianni Infantino é reeleito presidente da FIFA; Mandato vai até 2027

Publicado em

Foto: SIMON MAINA/AFP Via Getty Images
— Continua depois da publicidade —

O suíço-italiano Gianni Infantino, de 52 anos, foi reeleito nesta quinta-feira (16) para mais um mandato de quatro anos como presidente da FIFA. Infantino comanda a instituição desde 2016, sucedendo Joseph Blatter, que saiu somente três dias após a reeleição para o 5º mandato, por conta do maior escândalo de corrupção da história do esporte, o “Fifagate”.

Candidato único, Infantino foi aclamado pelos representantes das 211 associações nacionais no Congresso anual da FIFA realizado em Kigali, capital de Ruanda.  O dirigente foi reeleito da mesma forma em 2019, ou seja, sem oposição. Em 2027, Infantino poderá tentar sua última reeleição, e se vencer e concluir seu mandato, terá ficado no poder durante quinze anos.

Após o anuncio da reeleição, o presidente da FIFA discursou sobre seu novo mandato.

Publicidade

– A todos vocês que me amam… E a todos vocês que me odeiam, eu sei que há alguns, eu amo vocês. Ser presidente da FIFA é uma tarefa incrível. Eu vou continuar servindo à FIFA, servindo ao futebol, a todos os 211 países membros da FIFA .

Infantino ainda afirmou que, para seus próximos quatro anos, pretende direcionar seus esforços para as competições e desenvolvimento do futebol pelo mundo.

– Queremos ter mais competições regionais, entre clubes e entre seleções. Quando eu escuto que existe muito futebol, é provavelmente verdade, mas não em todos os lugares. Certamente não nos lugares onde é preciso.

Ao longo dos seus sete anos a frente da FIFA, o mandatário fez diversos movimentos inovadores, como por exemplo, a ampliação do número da participantes da Copa do Mundo masculina de 32 para 48 seleções, que será implementada no próximo torneio, em 2026, nos EUA, México e Canadá. Infantino classificou a próxima copa como a “mais inclusiva de todos os tempos”.

O futebol feminino também sofreu mudanças na “era Infantino”. A Copa do Mundo Feminina também passou por um processo de expansão. A edição de 2023, a ser realizada na Austrália e na Nova Zelândia, terá 32 seleções (eram 24 até 2019).

E a “revolução” de Infantino poderia ter sido maior. Em 2021, a FIFA propôs transformar a Copa do Mundo num evento bianual, sob o argumento de reduzir o número de amistosos e de “jogos menos importantes”. A ideia sofreu forte resistência, sobretudo da UEFA e da Conmebol, as confederações continentais mais poderosas, e acabou sendo arquivada.

Ainda em relação a Copa do Mundo, o processo de escolha das sedes da Copa (tanto masculina quanto feminina) também mudou: agora a votação é responsabilidade do Congresso, que reúne anualmente todas as associações nacionais, e não mais o Conselho, formado por 36 pessoas, indicadas pelas confederações continentais.

Agora, Gianni Infantino direciona sua “mira” para o futebol de clubes, algo que já queria no seu último mandato (2019/2023), porém freado por conta da pandemia de Covid-19. A FIFA chegou a anunciar um novo Mundial de Clubes que seria realizado na China, em junho de 2021, porém, essa janela do calendário foi ocupada pela Copa América, a Eurocopa e outras competições continentais de seleções que deveriam ter sido realizadas em junho de 2020, mas foram adiadas por conta da pandemia.

Agora, a FIFA volta à carga com ainda mais ênfase, ao anunciar um Mundial de Clubes com 32 times, com a primeira edição em 2025 já com Palmeiras e Flamengo classificados. Além disso, a entidade quer manter uma competição anual, num formato diferente do atual, em que o campeão da Champions League já começa na final e espera o vencedor de um mata-mata entre os demais continentes.

Em relação as questões financeiras, Infantino foi reeleito carregado por uma arrecadação recorde e com projeções otimistas de futuro. Nos últimos quatro anos, a FIFA faturou US$ 7,5 bilhões (quase R$ 40 bilhões) e a expectativa para o ciclo seguinte, até a Copa do Mundo de 2026, é de US$ 11 bilhões (quase R$ 60 bilhões).

Ao falar sobre a arrecadação, Gianni Infantino finalizou:

– Esse dinheiro não é da Fifa, é de vocês, é do futebol.

Clique para comentar

As mais acessadas

Sair da versão mobile