Copa do Mundo - Qatar 2022
Gianni Infantino, presidente da Fifa, defende participação da Seleção Iraniana no Catar: ‘não é o regime que está jogando’
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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, defendeu neste sábado (19), a participação da seleção do Irã na Copa do Mundo no Qatar, às vésperas da abertura.
Passando por momentos complicados de questões sociais e por episódios de protestos pelo direito das mulheres, grupos de atletas iranianos, a Federação Ucraniana, presidente do Shakhtar Donetsk e o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter, por exemplo, pediram a exclusão da seleção Iraniana do Mundial. Já Gianni Infantino, destacou sua defesa contra a participação do Irã.
– Não é o regime que está jogando. São times de futebol. Se nós escutássemos (às críticas) só criaríamos mais divisão e não mais união. O Irã tem 80 milhões de pessoas. Todas são más pessoas? Não. A Inglaterra tem 60 milhões de pessoas. Todas são más? Certamente não – disse.
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Gianni também comento que há alguns anos chegou a ir ao Irã para poder conversar com as autoridades e negociar para que as mulheres pudessem frequentar os estádios, por exemplo, o que hoje é proibido.
– Nós não somos a ONU, não somos a polícia do mundo, não somos os capacetes azuis (apelido das forças de paz das Nações Unidas). A única arma que temos é isto, é uma bola. e tentar dialogar e conversar. Às vezes conseguimos. Porque não é o regime que está jogando. São dois times de futebol. Se nós escutássemos isso, só dividiríamos. Temos que ter motivos para juntar as pessoas. O fato de que eles possam jogar num torneio mundial é uma boa notícia. São 80 milhões de pessoas no Irã. Todas as pessoas da Inglaterra são boas? Nós vamos lutar para deixar – comentou Gianni.
O Irã estreia na Copa do Mundo do Qatar na próxima segunda-feira (21), às 10h (horário de Brasília) contra a Inglaterra, no estádio Khalifa Internacional. A seleção iraniana está no grupo B, também com Estados Unidos e País de Gales.