Por Dentro do Jogo

Guerrero prova a sua influência para o Colorado

O colunista Rodrigo Coutinho explica os detalhes que definiram o duelo entre Coritiba x Internacional

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Paolo Guerrero decidiu o duelo contra o Coritiba na noite deste sábado, na rodada inaugural do Campeonato Brasileiro, no Couto Pereira. Não só pelo gol da vitória, mas também por oferecer a opção de importantes pivôs e ganhar as ligações diretas de sua equipe num período complicado do jogo. O peruano chegou a oito gols na temporada. O Coritiba fez um 1º tempo competitivo, mas acabou inteiramente dominado pelo Colorado na 2ª etapa.

Guerrero faz mais um pivô na partida, marcado de perto pelo bom zagueiro Sabino. Foto: SC Internacional

Os dois técnicos tiveram problemas para escalar suas equipes. Eduardo Barroca não contou com Rhodolfo na zaga, além de Rafinha, que só volta a jogar em 2021. Rodolfo Filemon formou a dupla com Sabino e Ruy retornou ao time, empurrando Gabriel para a ponta-direita do Coritiba. Eduardo Coudet não teve Musto e Edenilson. Rodrigo Lindoso e Bruno Praxedes entraram. Boschilia e Thiago Galhardo começaram no banco. Patrick e William Pottker ganharam chance.

Como as equipes iniciaram taticamente.

Muita intensidade e dificuldade para envolver as defesas adversárias. Esta foi a tônica do 1º tempo no Couto Pereira. Na prática, duas boas chegadas para cada equipe. Muito pouco para 45 minutos de futebol. O Colorado foi ligeiramente melhor. Começou sofrendo com a marcação adiantada do Coxa em sua saída, mas logo encontrou na ”bola direta” para Guerrero ”aparar” o antídoto. A partir daí o Colorado se estabelecia no ataque.

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Faltava, porém, mais capacidade de articulação, tabelas e triangulações perto da área. Guerrero acionava os companheiros, mas o Inter só levava perigo em situações de transição. Pottker fez boa jogada pela direita aos 14′, Rodolfo Filemon cortou mal e Saravia chutou de canhota para a boa defesa de Wilson.

O time gaúcho também tinha uma transição defensiva superior a do paranaense. Então, quando perdia a bola no campo de ataque, os jogadores colorados rapidamente pressionavam para recuperá-la, e conseguiam na maioria das vezes. Em uma dessas ocasiões, Moisés chutou com perigo aos 28′. Wilson fez outra boa defesa.

Robson pressiona Saravia na saída de bola do Colorado. Algo bem comum no 1º tempo. Foto: SC Internacional

Os anfitriões tiveram como principal mérito a marcação forte no campo de ataque e a capacidade de se compactar quando os visitantes tinham a bola no campo de ataque. Sabino fez uma ótima 1ª etapa. Nathan Silva foi eficiente na frente da área. O Coxa insistia um pouco mais também na saída através de passes curtos, reagindo às pressões do Inter em sua saída de bola.

As duas melhores jogadas da equipe vieram em finalizações de longa distância. Patrick Vieira, arma constante nas bolas paradas, bateu falta pelo lado esquerdo da intermediária na direção da meta e Marcelo Lomba quase aceitou. Aos 38′, Matheus Galdezani recebeu de Robson e emendou uma bomba no travessão.

Quando o Coritiba tentava ligações diretas para Igor Jesus o jovem centroavante tinha muita dificuldade no duelo com Cuesta. No Colorado, Patrick e Marcos Guilherme não se apresentavam para gerar jogadas mais trabalhadas perto da área. Possuem dificuldade neste tipo de realidade.

Igor Jesus x Cuesta foi um bom duelo da partida. Foto: SC Internacional

Na 2ª etapa o Coritiba não conseguiu manter a intensidade dos 45 minutos iniciais e o Internacional se instalou ainda mais no campo de ataque. Patrick subiu de produção e William Pottker teve duas boas chances em cruzamentos na área. Barroca tentou fazer seu time reagir com as entradas de Welissol e Renê Júnior, mas poucou adiantou.

Já Coudet sacou Praxedes e Marcos Guilherme para as entradas de Thiago Galhardo e Boschilia, aumentou a capacidade criativa do seu meio-campo e não demorou para ver o resultado aparecer. Guerrero ganhou mais uma ligação direta de Cuesta, Thiago Galhardo cruzou rasteiro e o próprio peruano marcou de canhota da entrada da área.

O 2º tempo ruim do Coxa foi potencializado pelo desempenho dos atletas que entraram. Além de Renê Junior e Welissol, Sassá e Wanderley foram outros a deixarem o banco de reservas e não acrescentarem em nada ao desempenho do time. A partida acabou sendo um reflexo daquilo que o clube deve enfrentar em seu retorno à elite do futebol brasileiro.

A ficha do jogo com os detalhes da partida e a nota de cada atleta

Com a vantagem no placar, o Inter manteve a bola no campo de ataque e tirou a velocidade da partida para administrá-la até o fim. Não sofreu pressão dos donos da casa. D´Alessandro entrou e acrescentou neste contexto.

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