Athletico
Há 15 anos, um Furacão devastou o Chivas do México
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23 de junho é uma data especial para todo torcedor do Athletico. Neste dia, há 15 anos, o Furacão vencia por 3 a 0 o Chivas-Mex e dava um importante passo rumo a sua primeira final da Libertadores da América.
O Esporte News Mundo conversou com o camisa 9 do furacão naquela partida, Aloísio Chulapa, e com a torcedora Andrea Broto para relembrar este dia histórico.
A partida era os primeiros 90 minutos da semifinal da competição. O Athletico chegava embalado: o rubro-negro havia eliminado o Santos de Robinho e companhia nas quartas de final e estava pela primeira vez entre os quatro melhores times da América.
Chulapa conta como era o clima antes da partida e comenta sobre a boa fase que a equipe estava vivendo:
– O clima era muito bom, tivemos uma fase de grupo complicada, mas depois embalamos. Nós havíamos eliminado o Santos em um jogaço, e tive a felicidade de fazer dois gols lá na Vila e o time estava muito embalado. Era difícil ganhar da gente, principalmente ali na Baixada.
Andrea Broto conta como era o clima na torcida antes do jogo, e fala da infelicidade dos dirigentes da equipe Mexicana que comentavam que a partida seria fácil, pois o Athletico era a equipe novata em fases finais de Libertadores. Naquele jogo o estádio estava lotado, batendo 23 mil torcedores, limite do estádio à época.
– O jogo foi coisa de outro mundo. Na semana da partida, um dirigente do Chivas deu uma entrevista menosprezando o Athletico, comentou que seria um jogo fácil. Então, tanto o time quanto a torcida estavam com sangue no olho, nós não paramos de cantar um minuto sequer.
O Athletico havia se classificado em segundo no seu grupo com 10 pontos, mesma pontuação do líder Independiente Medellín e um ponto a mais que o América de Cali, terceiro colocado, ambas equipes da Colômbia. O Furacão eliminou nas oitavas de final o Cerro Porteño do Paraguai e na quartas tirou o Santos, até chegar a semifinal contra o Chivas. Após o 3 a 0 na ida, a volta no México foi 2 a 2, assim o Athletico se qualificou para sua primeira final de Libertadores, diante do São Paulo.
A partida que “não” aconteceu
A final da libertadores ficou marcada pelo fato do Furacão não poder mandar a partida de ida na Arena da Baixada. O estádio tinha capacidade de 23 mil torcedores, e a Conmebol exigia um estádio com uma capacidade superior a 40 mil lugares. O clube paranaense tentou regularizar a situação com arquibancadas montadas, mas a instituição não aceitou e a partida foi transferida para o Beira-Rio em Porto Alegre.
Chulapa fala sobre a final e crava que se o furacão tivesse jogado na Arena a primeira partida, a equipe iria com vantagem para a volta no Morumbi.
– Em casa a gente era muito forte, nossa torcida fazia o estádio um verdadeiro caldeirão. Infelizmente jogamos fora de casa, mas com toda certeza se a partida fosse em casa nós venceríamos a partida, 1 a 0 ou 2 a 1, mas nós íamos conseguir ganhar.
Andrea também concorda com a opinião do artilheiro. A torcedora foi em todos os jogos da competição no estádio e comenta o quanto frustrante foi ser impedido de jogar em casa e a importância da campanha para a história do clube.
– Uma das maiores frustrações da minha vida. Se jogássemos na Arena, teríamos ganho a partida e quem sabe até o título. Mas com aquela campanha, o Athletico colocou seu nome para a América, todos conheceram o El Paranaense.
FICHA TÉCNICA – ATHLETICO 3 X 0 CHIVAS (MEX) – SEMIFINAL (IDA) LIBERTADORES 2005
ATHLETICO
Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão; Cocito, André Rocha, Fabrício e Fernandinho (Ticão); Lima (Jorge Henrique) e Aloísio. Técnico: Antônio Lopes
CHIVAS (MEX)
Tavalera; Rafael Medina, Francisco Rodríguez, Hector Reynoso e Omar Aguayo (Borboa); García, Manuel Sol, Alfaro e Peralta (Parra); Francisco Palencia e Alejandro Vela. Técnico: Benjamin Galindo
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Árbitro: Ruben Selma (Chile)
Auxiliares: Lorenzo Acuña e Rodrigo Gonzalez (Chile)
Público: 23.014
Gols: Aloísio, aos 22’ 1º Tempo; Fernandinho, aos 43’ 1º Tempo; Fabrício, aos 33’ 2º Tempo