Cruzeiro
Há sete anos, Willian Bigode chegava ao Cruzeiro
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Há exatos sete anos, o Cruzeiro apresentava Willian Gomes de Siqueira, mais conhecido pelo torcedor celeste como Willian Bigode, como o novo reforço para o ataque azul e branco. Emprestado pelo Metalist, da Ucrânia, o jogador assinou, naquele 18 de julho, um contrato de um ano com o clube. O atacante não sabia, mas ainda defenderia as cores do Cruzeiro até o fim de 2016.
Sua chegada se deu após uma negociação entre o time ucraniano e a Raposa, envolvendo o meia Diego Souza. Naquela ocasião, o Metalist desembolsou cerca de 4 milhões de euros para contar com o meia celeste, cedendo, também, o passe, por empréstimo, de Willian.
Logo na sua apresentação, o atacante recebeu a camisa do Cruzeiro com sua numeração fixa. E foi com o 41 nas costas, que Willian fez a sua estreia pelo time celeste, e logo contra o maior rival do time azul e branco: o Atlético Mineiro, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2013.
Ainda estava distante e ninguém imaginaria, mas seria aquele o início de uma trajetória vitoriosa. Seria, também, um dos passos para a conquista do título do Brasileirão daquele ano, no qual Willian, por inúmeras vezes, foi decisivo. Apesar disso, seu primeiro gol foi em outra competição: na Copa do Brasil. E o adversário na ocasião era o Flamengo.
NAS GRAÇAS DA TORCIDA
“Tu tá maluco? Respeita o moço. Patente alta, dá aula, bigode grosso”, é esse o cântico que por diversas vezes ecoou nas cadeiras do Mineirão, uma música da cantora MC Marcelly, que foi atribuída ao jogador, não só em função do bigode que tinha como característica, mas também pelo bom desempenho de Willian em campo.
Apesar das boas atuações e da redenção de 2013, o atacante sofreu, no ano seguinte, após a sua aquisição em definitivo, por 3,5 milhões de euros, pelo Cruzeiro, com o mal rendimento. Porém, em alguns momentos, aquele Willian Bigode, que conquistou a torcida e a taça do Campeonato Brasileiro de 2013, apareceu novamente, sendo decisivo e ajudando o clube a conquistar novamente a competição, dessa vez em 2014.
Já em 2015, mesmo com a má campanha do time azul e branco, Willian foi fundamental para que o clube evitasse o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, o que até aquele momento nunca havia ocorrido à Raposa.
Willian passou a vestir a camisa 9, e com ela fez uma temporada modesta pelo clube em 2016, encerrando sua passagem pelo Cruzeiro em janeiro do ano seguinte, quando se transferiu para o Palmeiras.
“DOR DE CABEÇA”
Mesmo após a saída do jogador do clube celeste, resquícios da passagem de Willian quase custaram ao Cruzeiro a perda de seis pontos na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro deste ano. Isso porque a Raposa mantinha uma dívida com o FC Zorya, da Ucrânia, pela compra do jogador.
No entanto, segundo Sérgio Santos Rodrigues, atual presidente do Cruzeiro, parte do débito de 10 milhões de reais foi quitado dentro do prazo estabelecido pela Fifa, livrando o time da perda dos pontos.
Porém, ainda resta ao clube um processo, que segue em julgamento da Corte Arbitral do Esporte (CAS), referente ao restante da dívida, avaliada em 975 mil euros, acrescido de encargos, totalizando cerca de 5,8 milhões de reais.