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Herói nos pênaltis, Léo Jardim destaca força do Vasco na Copa do Brasil: ‘Estamos resgatando a essência do clube’
Apesar de perder o jogo de volta contra o Athletico, o Vasco garantiu a classificação para as semifinais da Copa do Brasil. Na disputa de pênaltis, o Cruzmaltino venceu o Furacão por 5 a 4, com direito a defesa de Léo Jardim na cobrança de Canobbio.
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Mesmo perdendo por 2 a 1, o Vasco garantiu a classificação para as semifinais da Copa do Brasil nesta quarta-feira. Com a igualdade no placar agregado, o Cruzmaltino bateu o Athletico Paranaense nos pênaltis por 5 a 4. Léo Jardim defendeu o chute de Canobbio, e coube ao artilheiro Vegetti acertar a última cobrança para confirmar a festa vascaína em Curitiba.
Essa é a terceira disputa de penalidades vencida pelo Gigante da Colina nesta edição do mata-mata nacional. Antes, já havia despachado Água Santa (SP) e Fortaleza. Com o resultado conquistado na Arena da Baixada, o clube alcança a fase semifinal da Copa do Brasil pela primeira vez desde 2011, quando foi campeão do torneio.
Após o apito final, o goleiro Léo Jardim destacou a superação do Cruzmaltino, que começou a partida perdendo por 2 a 0, além de jogar com um a menos desde o fim do primeiro tempo, quando Rayan foi expulso.
— É algo muito importante para nós e para o Vasco. Estamos resgatando a essência do clube, independente da circustância, do ambiente. Hoje, levamos dois a zero, e mesmo com um a menos, conseguimos manter a cabeça no lugar. Já disse em outras oportunidades que esse grupo se provou em outras fases e agora mostrou mais uma vez ser um grupo muito resiliente. Temos uma força mental muito grande. Fazer o que fizemos aqui hoje é para marcar a história. Ficamos muito felizes. Temos que parabenizar o grupo e comemorar bastante essa classificação. — afirmou o jogador.
Durante as penalidades, o arqueiro cruzmaltino foi atrapalhado por torcedores atleticanos, que apontaram um laser em seus olhos. Ainda assim, ele foi decisivo e conseguiu defender uma cobrança para garantir a vantagem da equipe e ajudar na classificação. Questionado sobre a atitude da torcida adversária, o goleiro minimizou a interferência dos rubro-negros no resultado.
— A torcida tenta desestabilizar da forma que eles podem, mas a gente se prepara muito para estar sempre focado dentro de campo. Sabemos que isso faz parte do futebol. O árbitro foi me avisar que já tinham identificado quem era. A gente sabe que é errado, mas que, infelizmente, faz parte. A torcida tenta interferir na partida, mas conseguimos sair com a classificação. — completou Léo Jardim.
Ao lado do camisa 1, Vegetti também concedeu entrevista e ressaltou a capacidade do grupo em sofrer para conseguir a tão sonhada vaga nas semifinais. Foi dele o único gol vascaíno na partida, que garantiu a igualdade no placar e levou o jogo aos pênaltis. Com mais uma bola na rede, o argentino se isola na artilharia da competição, com seis gols.
— Usar essa camisa é algo muito grande, muito bonito. Temos que entender que é uma responsabilidade imensa. Falei no vestiário como estamos acostumados a sofrer. Hoje, lidamos um resultado adverso e uma expulsão. Conseguimos o gol e aguentamos todo o segundo tempo. Ninguém está mais acostumado a sofrer que nós. Agora é hora de começar a desfrutar. No ano passado sofremos muito, no início deste ano também. Isso fez com que tivéssemos uma cobrança e, no momento ruim, fomos muito mais fortes. Essa vitória é para o grupo, que desde o ano passado vem fazendo história. Agora temos que seguir. Temos condição de brigar por mais. Temos que pensar no jogo de domingo, contra o Flamengo, mas é uma felicidade muito grande para nós, para a torcida, para o clube.
Sobre a dificuldade de jogar os 90 minutos no gramado sintético da Arena da Baixada, o ‘Pirata’ afirmou ter sentido o desgaste, mas lembrou que precisa ficar em campo para o momento decisivo das penalidades. Depois de completar a partida, Vegetti ainda bateu o último pênalti, que sacramentou a classificação do Vasco para as semis.
— Jogar aqui, em um campo muito ruim, duro. A gente não costuma jogar assim. Falei com o Zapelli (camisa 10 do Athletico), e ele disse que para eles também é difícil jogar aqui. Mas tinha que terminar o jogo, porque sou um dos cobradores de pênalti, então tinha que ficar e aguentar como pudesse. Agora precisamos festejar e descansar. — declarou o artilheiro.