Fluminense
Igor Julião falou sobre seu bom momento e respondeu sobre críticas: “O externo não pode abalar a gente”
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Líder de assistências do Fluminense no Campeonato Brasileiro – com três – o lateral direito Igor Julião concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (6), no CT Carlos Castilho. Ele falou sobre momentos difíceis que passou, sobre o seu bom momento e ainda destacou a respeito do Fluminense não ser tratado como um dos favoritos.
Julião destacou sobre seu momento e os altos e baixos do futebol. Ele ainda revelou uma lesão que teve no início do campeonato:
– O futebol é isso. São momentos. A gente vive fases distintas e temos que saber lidar com isso. Nos primeiros jogos do campeonato, eu tive uma lesão. Não conseguia me movimentar, dormir bem, rir e até tossir. Eu conseguia jogar porque nós temos um departamento que consegue fazer isso. Eu saía do jogo e não fazia mais nada. Hoje estou em um momento que estou bem. Com a ajuda de fisiologia, nutrição. Eu consegui melhorar meu rendimento físico e técnico com uma conversa que tive com nosso fisiologista. Ele me passou dados e acabei melhorando. Nós temos uma nutricionista dedicada também. Para não ficarmos na escuridão sempre, contamos com esses profissionais.
Ele também falou sobre a importância do técnico Odair Hellmann no comando da equipe:
– Quando o Fluminense anunciou a contratação do Odair, a gente ficou muito feliz. Jogamos contra o Internacional, quando ele estava lá, e sabíamos da dificuldade. Antes de vir ele já deixou todos animados. Nós só constatamos isso trabalhando com ele. Vimos que, realmente, é um cara muito inteligente. Ele deixa todos os jogadores motivados e treinados. Toda variação, quando entra um jogador, quando sai, todos sabem o que se deve fazer. Esse momento que estamos passando o Odair tem muito mérito nisso. Por saber gerir muito bem o grupo, taticamente… ele é um especialista nisso.
Confira outros trechos da coletiva:
Sobre posicionamentos de atletas
Esse movimento é muito importante, dos jogadores cada vez mais falando. Teve esse caso da Mari (Ferrer). O Yuri também fez o protesto dele dentro de campo. A gente vê muito disso nos EUA. É importante a gente seguir esses bons exemplos de atletas. Temos uma voz e precisamos usar. O espaço é para todos. Eu me posiciono da forma como eu vejo o social e a política. Tem outros jogadores que se posicionam de forma diferente de mim. Mas a democracia é isso.
Se as críticas são por causa de se posicionar
Sobre questões políticas, sobre o que eu acredito, nunca vou me calar. Pode sim (influenciar). Tem uma polarização por esse motivo. O torcedor é paixão. Ele tem todo direito de criticar e elogiar. Nós jogadores profissionais não podemos ser influenciados por isso, nem por elogios ou críticas. Eu me preocupo com o pós-jogo, quando eu vou mal ou bem, a opinião do Odair. Eu já fui torcedor. A gente sabe que é pura paixão.
Briga pela titularidade
Eu não carrego essa pressão na minha cabeça. Ainda mais neste ano. Os jogadores não são titulares, estão como titulares. Quando um jogador sai por lesão é difícil voltar. Então eu tenho que continuar fazendo o meu trabalho. O Calegari antes de sair pela covid, estava em ótima fase. Nós temos quatro zagueiros em ótima fase. Essa disputa que temos entre a gente que alavancou o time. Ninguém quer sair. Todos precisam jogar muito para continuar na equipe. Temos 30 jogadores no elenco e todos em ótima fase. É como o Odair fala, para nos mantermos lá em cima, para manter a nossa forma, boas atuações, temos que pensar em cada jogo.
Dificuldades do Brasileirão
Toda vitória é muito sofrida. Até contra as equipes que estão lá embaixo. É sempre difícil ter uma grande sequência de vitórias, porque pegamos equipes que brigam para não cair, brigam lá em cima. Todos querem ganhar. Ainda mais no segundo turno, onde as equipes de baixo estão jogando como se fosse o último jogo. Então fica muito difícil. Nós ganhamos jogos por correr mais que a outra equipe. Eu acho que o caminho é esse: cada vez mais pensar jogo a jogo e como se fosse o último.
Duelo contra o Grêmio e favoritismo
Vai ser muito difícil. Ontem assistimos o jogo do Grêmio contra o Juventude para entendermos o modo que eles jogam. Quem diz que é favorito ou não são vocês da imprensa. Eu gostaria de continuar sendo o patinho feio. Ninguém dava nada pela gente. Deixar o favoritismo para Flamengo, Atlético-Mg e Internacional, que são clubes que têm um investimento financeiro maior que o nosso. Manter nossos pés no chão. Estamos acompanhando o Grêmio. Nosso trabalho está sendo bem feito
Posição em campo e críticas externas
Eu cheguei no Fluminense como meia. Joguei como meia, lateral-esquerdo, como atacante. O Fluminense faz um bom trabalho com os jogadores para que quando cheguem ao profissional, estarem prontos. O que o treinador pedir, eu vou fazer. Só quero ajudar a equipe.
A cobrança de torcida, o externo, não pode abalar a gente. Porque se abalar, acabou. Agimos com naturalidade. Tanto a crítica e elogio, não abalam a gente.
Confiança da torcida
A gente sabia que no início havia uma irritação e agora uma certa empolgação. Eu posso falar pelo que a gente está desempenhando. A cada jogo estamos ficando, taticamente, mais sólidos e ficando difícil de nos fazerem gols. Estamos entendendo o que o Odair está pedindo. Mantemos o jeito de jogar. Acho que estamos fazendo jus ao “Time de Guerreiros”. Estamos dando a nossa vida dentro do campo. Sabemos de nossas limitações, mas ganhamos na vontade e união. Espero que a gente esteja apresentando um futebol que deixe a torcida feliz. Mas estamos blindados de tudo do lado externo. Vamos trabalhar a cada dia para que no final do campeonato, coloquemos o Fluminense no lugar que merece.