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Internacional estreia podcast ‘Resenha Colorada’ entrevistando Julinho Camargo, gerente de transição da base

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Divulgação/Internacional
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Nesta sexta-feira (22), o Internacional divulgou o episódio piloto do novo projeto midiático do clube. O podcast “Resenha Colorada”, de aproximadamente 45 minutos, entrevistou o novo gerente de transição do clube, Julinho Camargo. O projeto, comandado pela “Rádio Colorada”, tratou de temas como ideias de futebol, pilares do esporte e, principalmente, categorias de base. Conforme informado pelo Internacional, na sequência da temporada outros dirigentes serão entrevistados.

Na visão de Julinho Camargo, o Internacional tem uma “história muito forte nas categorias de base e formação de bons atletas”. Por causa disso, o novo gerente de transição avaliou o próprio trabalho como “muito importante”. Além disso, os 16 anos como treinador de futebol devem auxiliar nesse processo de lapidação de jovens, pelo menos é isso que ele acredita.

– Vivi 15 anos nas categorias de base e 16 no profissional. Dentro desta minha jornada, passou por mim grandes nomes do clube. Lembro de Renan, Daniel Carvalho, Nilmar, Lúcio, Sóbis ou o próprio Damião, um pouco depois. Hoje, usufruo dessa minha experiência em um processo que entendo ser muito bom. A minha presença é necessária para unir os dois polos, que são a base em Alvorada e o profissional no Beira-Rio. Isso para que se tenha um fluxo de informação e um processo de lapidação do atleta elaborado minuciosamente. Podemos deixar o mundo da base mais perto da lógica do profissional – avaliou Julinho Camargo, já destrinchando o trabalho que fará no Internacional.

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Base x profissional no Internacional

O trabalho de Julinho Camargo no Internacional, como adiantado por ele, será de gerenciar a passagem dos jovens da base para o elenco profissional. Porém, para fazer isso, é preciso compreender as diferenças que existem entre um ambiente e outro. Sobre isso, o dirigente argumentou com clareza.

– São dois mundos completamente distintos. O menino uma hora está ali, trabalhando e disputando as competições de base, em um ambiente diferente. Já no profissional tem torcida, você sai de um jogo com poucas pessoas para um de 40 mil. O garoto que nunca deu entrevista passa a ter assédio da imprensa. Começa também a ocorrerem cobranças por resultado de verdade. É uma série de acontecimentos que modifica completamente tua vida – esmiuçou o gerente de transição do Internacional, sobre a passagem do jovem para o elenco principal.

Julinho Camargo, como não poderia ser diferente, defendeu o trabalho que fará no Internacional. Na visão dele, é essencial que exista um profissional experiente para “amparar” os atletas nessa subida de patamar. Além disso, a ideia do cargo é “diminuir as dificuldades de adaptação”, conforme o próprio profissional revelou.

Pilares da formação de um atleta

A transição entre categorias de base e profissional nunca é fácil. Mas, para permitir uma maior comodidade no atleta no novo ambiente, é importante conhecê-lo. Pensando nisso, Julinho Camargo trouxe, para o Internacional, uma analogia baseada em pilares de formação. Que são aspectos específicos a serem avaliados tanto por ele quanto pelos treinadores.

– São 5 pilares para a formação plena de um atleta: O físico, o técnico, o tático, o emocional e o humano. E, quando você consegue visualizar esses pilares, é possível identificar quais são os pontoa a serem lapidados no atleta. Muitas ele está preparado tecnicamente, mas não fisicamente, ou taticamente e não emocionalmente. Em todos esses momentos é importante que haja um fluxo de informações pelo Julinho e pelo treinador – explicou Julinho Camargo, que pretende implementar isso no Internacional.

A transição no Internacional

A grande questão que abrange o Internacional nesse momento, é como observar todos esses fatores e conseguir fazer a transição do jovem de forma segura. Na visão de Julinho Camargo, isso só poderia ser alcançado com uma consciência geral das etapas que precisam ser respeitadas. Ou seja, é preciso que todos os ambientes do clube, inclusive a diretoria, estejam azeitados e focados.

– A via de transição precisa ser transparente. O clube precisa ter uma única voz. Isso facilita a identificação de todos os pilares. A verdade é que nenhum jogador cessa a lapidação no momento em que ingressa no profissional. Isso leva tempo, talvez 6 meses, um ano, ou até mais de um processo contínuo de aprendizado. É muito importante que se entenda isso no ambiente do primeiro time e, hoje, temos isso partindo da direção. Ela consegue enxergar isso com clareza e relevância. Além disso, minha gestão é incumbida de gerir esse olhar e passar informações para ambas comissões técnicas – argumentou o gerente de transição do Internacional.

As ideias de Julinho Camargo, aliás, já estão sendo trabalhadas no Internacional. Nesta semana, por exemplo, seis garotos da base participaram de alguns treinamentos com Abel Braga. Por conta disso, o gerente de transição esteve presente no centro de treinamentos Parque Gigante para acompanhar a atividade. Além disso, ele detalhou o que a simples presença dele representa e faz para um jovem jogador.

– Essa semana foram seis atletas da base no Beira-Rio para participar de treinamentos. Todos trabalhos do elenco em que há atletas do celeiro de ases têm a presença do Julinho Camargo. Justamente para observar os processos do jogador lá e, depois, levar a informação para o comandante principal. E também, é claro, quando o garoto voltar para Alvorada, passar aquilo que falta para lapidarmos melhor o jogador. Isso é bom pois em um dia o menino está treinando na base com minha presença e, no outro dia, quando ele estiver no profissional, eu também lá estarei dando amparo. Isso passa tranquilidade e naturalidade para vivenciar os dois mundos – detalhou o gerente de transição do Internacional.

Captação de atletas

Para finalizar a conversa sobre as categorias de base do Internacional, Julinho Camargo comentou outro tema que considere importante. Em um mundo cheio de dados e facilidade de comunicação, é importante que os clubes procurem novas promessas em nichos menos comuns. Inclusive não há, segundo o gerente de transição, motivos para se observar jogos também em outros esportes, como futebol de salão, por exemplo.

– O processo de lapidação tem muito a ver com a captação de jovens. Garotos de idade precedendo a parte final do trabalho, com 15 e 16 anos, que tem qualidade, em clubes pequenos já acabam atuando ou sendo relacionados. Por isso é importante estar atento a estes mercados. A captação é fundamental. Acredito que toda minha história como treinador, possa auxiliar os captadores com informações dos nichos em que poderíamos buscar jogadores. Na minha época na base, por exemplo, usufrui de muitos garotos oriundos do futsal, como Diego e Diogo, por exemplo. Tenho diversos contatos nas divisões anteriores, que acredito ser possível de usar para atrair futuros craques – Finalizou Julinho Camargo, no primeiro podcast do Internacional.

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