Surfe
Italo Ferreira e Ian Gouveia alcançam a terceira posição na etapa da WSL em Pipeline; Barron Mamiya é bicampeão
Ian Gouveia retornou à elite em alto nível e Italo Ferreira conquistou seu melhor resultado no pico desde 2019.
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O Brasil iniciou a temporada 2025 da WSL em alta. A dupla Italo Ferreira e Ian Gouveia, que estava em chaves opostas da etapa de Pipeline, chegou à semifinal. Com isso, ambos vão para a etapa de Abu Dhabi na terceira colocação do ranking. O havaiano Barron Mamiya teve uma atuação histórica neste sábado (8), conquistou o bicampeonato consecutivo e, com isso, assumiu a laycra amarela.
No dia decisivo, Ferreira eliminou o compatriota Miguel Pupo nas quartas de final. O confronto foi emocionante e definido depois do estouro do cronômetro, já que os atletas trocaram ondas surfadas nos minutos finais. Pupo chegou a abrir vantagem e obrigou Italo a alcançar uma nota superior a 8 pontos. O campeão mundial partiu para o ataque e conseguiu sair do último tubo, o que o colocou na semifinal.
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Italo Ferreira – 15.17 (6.67 + 8.50) x Miguel Pupo – 15.10 (7.17 + 7.93)
O outro representante da Brazilian Storm ainda vivo na competição era Ian Gouveia. Em confronto contra o lendário Kelly Slater, o atleta que está retornando à elite da WSL bateu o americano com um show de surfe. O hendecacampeão mundial chegou a liderar a bateria, mas viu o adversário encaixar dois ótimos tubos para garantir a vitória. Kelly pareceu perdido no pico de Pipeline e se despediu do evento nas quartas de final.
Ian Gouveia – 15.17 (7.17 + 8.0) x Kelly Slater – 9.26 (7.33 + 1.93)
Horas mais tarde, Italo Ferreira voltou ao mar de Pipeline para enfrentar o local Barron Mamiya. O havaiano fez história, dominou o confronto e alcançou a perfeição. Descartando um belo tubo avaliado em 7.93, o atual campeão da etapa da WSL em Oahu conquistou um somatório incrível e se classificou à final do evento de 2025. Conhecedor do pico, o dono da casa encontrou duas bombas d’água e deixou o brasileiro em combinação.
Barron Mamiya – 18.90 (9.57 + 9.33) x Italo Ferreira – 10.33 (8.50 + 1.83)
A segunda semifinal, disputada por Ian Gouveia e Leonardo Fioravanti, foi vencida pelo italiano. Leo aproveitou um erro do brasileiro para pular a frente e deixá-lo em combinação. Abrindo a bateria com um ótimo tubo, o surfista estrangeiro viu o representante da Brazilian Storm quebrar a prancha em uma tentativa de manobra e deixar o mar vazio. Com isso, Fioravanti pôde escolher a onda com calma, conquistando uma segunda nota acima dos 8 pontos para garantir a classificação.
Leonardo Fioravanti – 16.57 (8.40 + 8.17) x Ian Gouveia – 9.34 (6.67 + 2.67)
A final da etapa de Pipeline foi épica, polêmica e vencida por Barron Mamiya. O representante havaiano na decisão levantou o público presente na areia ao vencer Leonardo Fioravanti. Em pouco mais de 10 minutos de relógio corrido, o defensor do título do Pipe Pro em 2024 já deixou o rival em uma combinação basicamente inalcançável. Mantendo o alto nível apresentado ao longo de todo o evento, Barron quase conquistou a pontuação máxima em um tubo incrível. Tentando responder, o italiano fez bonito em sua segunda e terceira tentativas, mas não foi o suficiente. Leo precisava de 9.11 para virar o confronto e, depois de sair de um tubo extremamente longo, foi avaliado em 9.10. Ao ouvir o resultado, o atleta ficou indignado e “deu socos” na água. Mesmo assim, parabenizou Mamiya ainda em cima da prancha, logo após o soar da buzina.
Barron Mamiya – 17.97 (9.80 + 8.17) x Leonardo Fioravanti – 17.97 (8.87 + 9.10)