Futebol americano
Joe Burrow dá ‘volta por cima’ e é esperança dos Bengals no Super Bowl LVI
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Apenas duas temporadas foram suficientes para já alçar o nome de Joe Burrow entre os melhores quarterbacks da NFL. Após ser a primeira escolha geral no draft de 2020, o camisa 9 do Cincinnati Bengals chegou na liga com enormes expectativas de finalmente acabar com o rótulo na franquia como sendo um time que ‘nunca chega’ e levar a equipe de Ohio a voos mais altos dentro da liga. Ou seja: voltar a estar presente em um Super Bowl, após 33 anos de fila.
A primeira temporada de Burrow em Cincinnati foi satisfatória e animou ainda mais a torcida de que o time finalmente tinha achado o seu ‘líder’ dentro de campo. Em dez jogos, Burrow acertou 65,3% dos passes, lançou para 13 touchdowns e foi interceptado apenas cinco vezes. Números sólidos para um calouro, apesar da campanha ruim dos Bengals até então (2 vitórias, 7 derrotas e 1 empate).
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Porém, na partida válida pela semana 10, os Bengals sofreram uma derrota para o Washington Football Team por 20 a 9, em Washington. E outra derrota ainda pior fora do campo. Burrow saiu gravemente lesionado do jogo As suspeitas iniciais que se tratava de lesão grave rapidamente se confirmaram com os exames: uma ruptura de ligamento cruzado anterior e no ligamento colateral medial. E também uma lesão no seu menisco e ligamento cruzado posterior. O QB precisou se submeter a uma cirurgia delicada, que colocava em xeque o futuro do jovem jogador na equipe como titular.
Burrow foi selecionado pelos Bengals naquele draft vindo de um título nacional universitário com LSU no ano anterior e com um Troféu Heisman (prêmio ao MVP do college football) debaixo do braço. Causava arrepios na torcida a possibilidade de ver todo aquele potencial se perder por uma contusão. Mas, para felicidade geral, o jogador se recuperou muito bem da cirurgia e já estava pronto para recomeçar sua trajetória na liga antes do começo da temporada 2021.
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A torcida de Cincinnati foi brindada com uma grande temporada de afirmação do camisa 9. Foram 17 jogos como titular, onde Joe Burrow venceu 10 deles e registrou números pessoais ainda melhores do que na sua temporada de calouro. Foram 70,4% de acerto nos seus passes, 4.611 jardas aéreas e 34 touchdowns. Ok, houveram também números negativos durante o ano. Burrow não foi tão bem protegido pela linha de bloqueadores, como comprovam os 51 sacks sofridos no ano (pior marca da temporada na NFL). Mas o que importava era que Joe Cool fechava a temporada regular com o título da divisão AFC Norte, podendo disputar um jogo de playoff logo em seu segundo ano como profissional. A ótima campanha com os Bengals também ajudou o QB a ter números que lhe renderam o prêmio de Comeback Player of the Year (a volta por cima do ano na liga). Na pós-temporada, ele seguiu atuando de forma segura e contou com a ajuda de seus companheiros para derrotar Las Vegas Raiders, Tennessee Titans e Kansas City Chiefs (os dois últimos fora de casa), para finalmente chegar ao Super Bowl LVI, com apenas 25 anos de idade.
Dentre os colegas, um nome em especial foi fundamental para o sucesso na grande temporada 2021 da equipe treinada por Zac Taylor: o novato wide receiver Ja’maar Chase, que vinha também da mesma universidade de Burrow. Rapidamente, o camisa 1 se tornou o alvo favorito do quarterback. A combinação entre os dois rendeu 1.455 jardas aéreas ao ataque dos Bengals e 13 touchdowns. O calouro causou tanto impacto que foi reconhecido pela NFL como o offensive rookie of the year (jogador novato de ataque da temporada).
Mas agora a dupla dinâmica dos Bengals quer mais. Repetir a façanha obtida nos tempos em LSU e, no próximo domingo, conquistar também o título inédito para a franquia contra o Los Angeles Rams, no SoFi Stadium, para coroar o ano dourado em Cincinnati. E por tabela, findar de uma vez com as piadas disparadas pelos outros torcedores da liga, como o ‘time que nunca chega’ e conquistar o Super Bowl LVI.