Botafogo
John Textor contrata ex-promotor do caso Fifagate para processar Leila Pereira nos EUA
O acionista majoritário do Botafogo afirmou que a presidente do Palmeiras “cruzou a linha” em suas acusações contra ele
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John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo, que é americano pretende processar Leila Pereira, presidente do Palmeiras, na justiça dos Estados Unidos. Ambos os dirigentes têm trocado acusações e críticas desde o final do ano passado, após o Alviverde ter vencido o título brasileirio, e deixar o Alvinegro para trás, desde então os dois estão em guerra judicial.
Em entrevista ao site “GE”, Textor disse que contratou o advogado Paul Tuchmann para processar Leila no país norte-americano. Ele é ex-promotor do Departamento de Justiça dos EUA e trabalhou no caso Fifagate, a maior investigação de corrupção da história do futebol, que resultou na prisão de dirigentes de federações do mundo inteiro.
– Ela cruzou a linha. Eu vou atrás dela. Eu contratei Paul Tuchmann, que teve papel determinante na queda de dirigentes da Fifa. Ele agora está no setor privado, é advogado. Eu vou olhar de forma responsável o que pode ser feito. Estou obviamente sendo atacado – afirmou Textor ao “GE”.
Embora as ações do presidente do Palmeiras não configurem como um um crime nos EUA, a legislação anticorrupção do país, é reforçada por uma ordem executiva de Joe Biden em dezembro do ano passado. A norma prevê que pessoas envolvidas em atos de corrupção e obstrução de justiça percam seus vistos de entrada no país. Com isso, Leila pode ser registrada de entrar no país.
– Não é um crime, porque Leila não fez nada nos EUA, mas é uma regra anticorrupção. Diz que as pessoas que impedirem ou obstruírem investigações anticorrupção podem perder seus vistos e podem perder seu direito de visitar os EUA. Do ponto de vista de calúnia ou difamação, é claro. Ela faz uma campanha, dizendo na imprensa internacional que John Textor precisa pagar pelos crimes que cometeu contra a população, os clubes e as instituições do Brasil. – disse John Textor.
Além da presidente do Palmeiras, o acionista também incluiu em sua lista de pessoas que “cruzaram a linha” o auditor do STJD Mauro Marcelo de Lima e Silva, ele é o autor do relatório que sugeriu a punição de punição de seis anos de suspensão e o pagamento de uma multa de R$ 2 milhões a Textor. O documento vazado sustenta que o acionista do Botafogo realizou acusações sem ter provas contra clubes, atletas e árbitros. -criticou a decisão do tribunal.
– Saiu uma manchete no “New York Times” dizendo que eu corria o risco de pegar uma suspensão de seis anos. Não acho que eu esteja [sob risco]. Esta foi só uma sugestão de um torcedor do Palmeiras. Estou bem representado. Leila cruzou a linha. Este senhor Mauro cruzou a linha. Então eu e Paul Tuchmann vamos olhar para isso – garantido.
Nos últimos meses, John Textor e Leila Pereira têm trocado fortes palavras e ações em entrevistas e nos bastidores. A presidente do Palmeiras ofendeu publicamente o americano.
Na próxima rodada do Brasileirão, as duas equipes farão um confronto direto pela primeira posição da competição, na próxima quarta-feira, às 21h30, no Nilton Santos. Dentro de um mês, o Alvinegro e o Alviverde se enfrentaram pelas oitavas de final da Libertadores, provavelmente no confronto mais aguardado desta etapa da competição.