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Justiça do Rio marca data para julgar liberação de São Januário

Estádio não recebe jogos com público desde junho

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Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
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A Justiça do Rio de Janeiro marcou uma data para o julgamento sobre a liberação de São Januário: 30 de agosto, às 13h30. O estádio está interditado pela Justiça Comum e não recebe eventos com público há mais de dois meses, totalizando cinco jogos como mandante, sendo que o último foi no Maracanã.

O Vasco tentou recurso para liberar o estádio, mas o pedido foi negado pela Justiça. A SAF age para ter São Januário à disposição em breve. Segundo Rubens Lopes, presidente da Ferj, “o Vasco já fez uma planilha, um relatório, nós subscrevemos esse relatório, está excelente”.

Por causa da invasão ao gramado após a derrota para o Goiás, em 22 de junho, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) puniu o clube com quatro jogos sem público e a pena já foi cumprida. No entanto, na Justiça Comum, o estádio segue interditado para receber qualquer evento com público.

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Nota de juiz citou “favelas” nos arredores de São Januário e gerou repercussão

Na semana passada, o Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos enviou um parecer ao Ministério Público pedindo apuração sobre a decisão. A resposta do juiz de plantão, Marcelo Rubioli, viralizou:

“Para contextualizar a total falta de condições de operação do local, partindo da área externa à interna, vê-se que todo o complexo é cercado pela comunidade da Barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio. São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio.”

A Associação de Moradores da Barreira do Vasco (AMBV) emitiu nota repudiando as declarações do juiz:

“Somos punidos sem sermos ouvidos a partir de uma visão distorcida da realidade que trata da mesma forma todas as comunidades do Rio de Janeiro. Além disso, a AMBV entende que a interdição injustificada do estádio de São Januário causa prejuízos imediatos a todo o nosso comércio local, como bares, restaurantes, vendedores ambulantes localizados na nossa comunidade, pois todos tiram grande parte de seu sustento em dia de jogos em virtude do fluxo de mais de 20 mil torcedores por partida.”

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