Atlético-MG
Kalil revela qual o tempo de Rubens Menin no Atlético-MG e diz que não voltaria ao Galo
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O atual prefeito de Belo Horizonte, pré-candidato a governador de Minas Gerais e ex-presidente histórico do Atlético-MG, Alexandre Kalil (PSD) deu uma entrevista ao Estado de Minas e revelou o tempo de Rubens Menin, dono da MRV e principal investidor atleticano, no Galo. O chefe do poder Executivo da capital do estado deu a informação ao falar sobre a possibilidade do clube alvinegro se tornar um clube-empresa.
— Quem dera. Ótimo. Mas, pelo que o Rubens me falou, eles têm um plano de três anos ou quatro anos de Atlético, nada mais. Mas seria ótimo se alguém assumisse o Atlético para botar dinheiro lá dentro — disse Kalil.
O Atlético-MG não confirma a migração para o modelo de clube-empresa em médio prazo, mas Kalil se mostrou favorável à aproximação de Rubens Menin da gestão do cube. Desde o ano passado, o empresário investiu mais de R$ 330 milhões em contratações e pagamentos de salários. Além disso, o mecena multimilionário atleticano, junto dos demais membros do órgão colegiado dos “4R’s” estão ajudando o Galo a quitar as suas dívidas antigas com bancos e processos na FIFA.
Com as dívidas quitadas, o Atlético-MG passará a ter a maior parte de seu passivo concentrado em Rubens Menin, o que deixaria o empresário com um grande potencial para se tonar um sócio majoritário em eventual migração do clube para o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Em maio deste ano, em uma entrevista ao canal do jornalista Jorge Nicola, no YouTube, o filho de Rubens Menin e membro do colegiado, Rafael Menin, descartou tirar o Atlético-MG do modelo de associação e migrá-lo para Sociedade Anônima de Futebol.
— Eu acho difícil, conhecendo o Atlético, virar clube-empresa. O mais importante não é a discussão se vai ser clube-empresa ou não, e sim como vai ser gerido o clube. O clube precisa ser gerido como uma empresa. Agora, o fato de ser empresa, tem empresa com dificuldade financeira todo dia, tem empresa nascendo, morrendo, entrando em concordata. O fato de ser empresa não garante sucesso ou boa gestão. Você pode ter o modelo de associação desportiva, um clube, e ser super bem gerido. O que a gente está procurando fazer, através de um estatuto completamente modernizado, é justamente garantir isso. É o clube, independentemente de quem vai ser o presidente, ter ali embaixo (no organograma), obrigatoriamente, uma gestão altamente profissional, com transparência, que dê governança para o clube, que melhore sua reputação, bem gerido, organizado, sem falcatrua. Acho que a direção é muito mais essa. Ser clube-empresa não é o principal ponto. Quais são as amarras no clube para que ele tenha uma boa gestão no longo prazo? Essa é a nossa maior preocupação — contou.
Kalil no Atlético-MG nunca mais
O prefeito de Belo Horizonte, ainda, descartou todas as chances de voltar ao Atlético-MG como presidente ou executivo de futebol. Campeão da Copa Libertadores, da Copa do Brasil, da Recopa Sul-Americana, além de tri-campeão mineiro, durante a sua gestão de 2008 a 2014, Kalil disse já ter dado a sua contribuição ao Galo.
— Futebol nunca mais. Futebol você pega, arruma, entrega. Entreguei o serviço, igual estou entregando a Belo Horizonte. Entreguei o serviço. Futebol é botar taça pra dentro. Entreguei o serviço que tinha que fazer lá e vamos para a televisão assistir — disse Alexandre Kalil ao Estado de Minas.