Ponte Preta
Kleina nega falta de repertório na Ponte Preta: ‘Último terço é mais difícil’
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Gilson Kleina negou falta de repertório ofensivo na Ponte Preta ao longo da Série B do Campeonato Brasileiro. Embora dirija um dos piores ataques da competição – apenas 12 gols em 17 rodadas -, treinador admitiu dificuldades para fazer setor evoluir na Macaca nesta temporada.
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— Eu queria até fazer um debate com vocês para entender o que é o repertório. A gente tenta trabalhar essa situação para quando pega bloco baixo, que foi o caso do Londrina. A gente tenta fazer as triangulações que nós trabalhamos pelo lado direito. No lado esquerdo, por a gente ter um jogador mais defensivo, trabalha de uma outra forma. A gente está potencializando a característica do Moisés, porque o Moisés tem o um contra um muito forte. No outro momento, tem hora que você tem o um contra um e tem hora que você tem que fazer um jogo apoiado. Eu acho que repertório e trabalho a gente está fazendo. Eu acho que nós titubeamos em algumas situações que estão nos custando o resultado — disse o comandante, em coletiva.
— Então a gente está trabalhando para isso, mas quero dizer para vocês também que o último terço é o setor mais difícil para trabalhar, seja em qualquer equipe. Você assiste aos jogos aí também. As tomadas decisões, o último terço, às vezes, você não consegue o preenchimento de área e não consegue pegar a segunda bola. Até nós fizemos uma compilação aqui e mostramos um vídeo na terça-feira para nossa equipe. Foi para dizer que muitos conceitos estão sendo trabalhados dentro da Ponte Preta. Tem hora que foge. Tem hora que o adversário faz um outro tipo de marcação — prosseguiu.
— Você mesmo colocou que o Londrina abdicou do segundo tempo e veio só por um contra-ataque. Nós tínhamos que ter paciência quando você tem esse tipo de trabalho. Mesmo contra o Botafogo e nós jogamos no Engenhão, o Botafogo abaixou as suas linhas e fez muita marcação, ponta-lateral, dobrou muito a marcação no último terço nosso e a gente não deixou de tentar. É claro que a gente quer ter os dois tempos muito parecidos, mas eu acho que nós tivemos uma consistência maior. Eu não sei te precisar o número de finalizações, mas eu acho que foi o dobro que o Londrina — continuou.
— Nós criamos situações antes de tomar o gol. Eu concordo contigo: em uma situação em que a gente se encontra, quando você toma o gol, a gente entra com essa pressão e muda o lado emocional. Às vezes, a gente quer acelerar o jogo e acelera um pouco desorganizado, mas nós estamos trabalhando, sim. Nós fizemos a estreia do Iago, que é uma característica também que nós trouxemos interessante — finalizou.
ALTERNATIVAS
Gilson também enumerou as alternativas à disposição no elenco para compor o sistema de frente e valorizou os jogadores acionados no decorrer da vitória contra o Londrina.
— Tem hora que você tem o Richard e o Niltinho. Eu acabei de falar: o Niltinho está vindo de um processo de Covid. A gente tem que respeitar. Então está fazendo todo esse tipo de processo e esse trabalho para deixar a Ponte Preta forte. Não é só falar do Niltinho e nem só falar do Iago. Eu achei que o Marquinhos (Júnior) também entrou e fez uma função — pontuou.
— Nós entendemos que, na hora em que o Camilo e o (Vini) Locatelli acabaram a pressão e acabaram aquela transição, começamos perder o meio-campo. O Londrina começou a trabalhar essa bola no campo defensivo. Nós entendíamos que tínhamos que melhorar a intensidade e melhorar o trabalho físico. Daí o jogo ficou físico também, mas todos entraram muito bem: Thiago, Cleylton, enfim. É enaltecer o elenco. É uma vitória muito importante para gente poder trabalhar esse confronto contra o Confiança — arrematou.
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TABELA
Em 16º lugar com 16 pontos, Ponte Preta volta a campo pela Série B do Campeonato Brasileiro no sábado, 14 de agosto, diante do Confiança, a partir das 16h30, novamente em Estádio Moisés Lucarelli.