Futebol Internacional
Koeman critica presidente do Barcelona: “Eu não era o treinador de Laporta”
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Ronald Koeman deixou o comando técnico do Barcelona em outubro do ano passado, dando lugar a Xavi Hernández. O holandês falou pela primeira vez sobre a demissão do clube catalão e criticou o presidente da agremiação, Joan Laporta, que teria lhe dito que o espanhol não seria o treinador do time.
Em entrevista ao site “Algemeen Dagblad”, o treinador deixou claro que guarda mágoas por conta de sua saída, principalmente com relação ao presidente do clube.
“Não me deram o tempo que deram ao novo treinador, Xavi. Ainda me causa dor. Eu estava trabalhando com muitos lesionados. Agora, Pedro está de novo em forma, assim como Dembélé. E se pode ver tudo”, disse.
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Koeman também argumentou que não teve tempo e paciência da diretoria, já que estava trabalhando com muitos jogadores lesionados.
“Não me deram o tempo que deram ao novo treinador, Xavi. Estava trabalhando com muitos jogadores lesionados. Agora Pedri está em forma novamente, e Dembelé. Todo treinador precisa de tempo e paciência da parte diretiva”, disse.
Koeman ainda questionou a saída do astro Lionel Messi no meio do ano passado, sendo que na última janela de transferências o Bercelona pagou 55 milhões de euros por Ferrán Torres
“Foi diante da insistência da diretoria do clube que concordei com a saída de alguns jogadores para por as finanças em ordem. Mas quando vê que contratam alguém por 55 milhões de euros (Ferrán Torres) poucos depois de deixarem Messi sair, então se pergunta se havia algo mais, porque Messi teve que sair?”, questionou Ronald Koeman.
Ele acrescentou ainda que está feliz pelo trabalho feito por Xavi a frente do clube catalão, mas que também gostaria de ter as contratações que o espanhol recebeu após a janela de janeiro, porém não pretende voltar ao Camp Nou por um tempo devido a sua relação conturbada com Laporta.
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” Eu não era o treinador de Laporta. Essa sensação tive desde o primeiro momento, e depois das eleições não houve um clique. Faltava esse apoio necessário de cima. O importante para mim não era o dinheiro, eu tinha muita vontade de triunfar como treinador do Barcelona, de fazer tudo o que pudesse. Mas me dei conta que Laporta queria se desfazer de mim porque não fui escolhido por ele”.
Ronald Koeman assumiu o comando do Barcelona em agosto de 2020, meses antes da eleição presidencial que viria a ser vencida por Laporta, no ano seguinte. Inicialmente, a imprensa catalã indicou que o novo presidente desejava uma mudança no comando para a temporada 2021/22 – mas Laporta decidiu dar um voto de confiança e iniciar a nova jornada ainda com Koeman à frente do time.
Entretanto, um começo de temporada conturbado, com direito à saída de Messi para o PSG, deixou o clima insustentável para Koeman, que foi demitido no fim de outubro. Joan Laporta, então, foi atrás de Xavi Hernández, nome que era badalado como seu grande desejo desde as eleições presidenciais.