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Lewandowski, Raphinha e mais: entenda o retorno do Barcelona à ativa no mercado

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Divulgação/Barcelona
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Recentemente, o Barcelona anunciou a contratação do atacante Raphinha, ex-Leeds United, com um investimento de aproximadamente 58 milhões de euros + bônus. Além da contratação de Raphinha, o Barça pretende fechar com mais jogadores de renome no mercado, como são os casos de Lewandowski e Koundé, e também planeja a renovação de nomes importantes para Xavi como o francês Dembélé. A movimentação dos Culés, no entanto, parece estranha quando visto a situação financeira crítica da equipe – mas está sendo feita sob uma estratégia sólida e com motivos plausíveis.

Para entender as decisões que levaram o Barcelona à adotar essa estratégia é necessário compreender o que são as ditas ‘alavancas’ e como serão usadas. A primeira alavanca vem do merchandising pertencente ao Barça. O clube catalão recebia de forma integral os valores – da Barça Licensing & Merchandising S.L. – ou seja, todo valor de produtos oficiais vendidos em solo europeu, que vêm geralmente de compras feitas em lojas oficiais do clube; desde camisas à chapéus e aprovou a venda de 49,9% deste departamento para outras empresas.

No papel, o Barcelona perde grande parte de receitas nesta área para o futuro, mas devido à situação financeira delicada optou por receber um valor imediato que inicialmente seria usado em sua maior parte nas dívidas do clube. O uso desta alavanca foi votado e permitido pelos sócios dos Culés, que também votaram por outra alavanca, a segunda alavanca econômica. Esta prevê a venda de 25% dos direitos televisivos do Barça. Apesar da venda, os valores ganhos com esta área são recebidos pela La Liga que é responsável por negociar esses direitos com transmissoras de televisão – a ideia, apesar disso, é que o novo dono destes 25% receba o valor referente à sua parte depois de toda venda dos direitos televisivos feitos pela La Liga. Os sócios do gigante catalão também votaram e permitiram a venda às empresas interessadas.

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Segundo o jornal ‘Marca’, o valor que o Barcelona embolsará com a segunda alavanca financeira é de 300 milhões de euros. Com o adicional da primeira alvanca, o próprio Laporta (presidente do Barça) externou que é esperado uma “injeção” de 600 a 700 milhões de euros imediatos nos Blaugrana. O valor seria, então, suficiente para os investimentos no futebol do clube com metade do recebido na segunda alavanca – 150 milhões de euros – destinado às contratações e também renovações com jogadores importantes no elenco.

As motivações do Barcelona para o uso das alavancas se dão em duas, a primeira delas é pelo estado financeiro grave do clube que esteve por um tempo impedido de inscrever jogadores por isto e não tem tido receitas tão altas com o merchandising dado os recentes vexames e um plantel com jogadores menos conhecidos mundialmente. A segunda motivação se baseia na retomada da competitividade por parte dos Culés, que pode também aumentar o ganho com o merchandising – ainda que o Barcelona seja dono de apenas 50,1% atualmente – e, logicamente, o dinheiro embolsado por chegar longe nas competições atraindo também novos patrocinadores e investidores no clube e marca.

O clube catalão agora foca nas chegadas de Lewandowski, Azpilicueta e Koundé. O dinheiro recebido pela ativação das duas alavancas deve ajudar o clube a fechar as contratações dos jogadores que são desejados, principalmente, pelo treinador Xavi.

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