Lisca diz que Atlético-MG ‘só joga em casa’ e reclama de desequilíbrio técnico

O técnico Lisca foi o grande personagem do clássico entre Cruzeiro e América-MG, e disparou até contra quem estava de fora: o Atlético-MG. Em coletiva após o jogo, o treinador comentou que enxerga o Coelho “contra tudo e contra todos”, e apontou um favorecimento ao Galo por conta das inversões de mando de campo.

Segundo Lisca, parte da imprensa e da cidade de Belo Horizonte já dá como definida a final do estadual entre Atlético-MG e Cruzeiro, e disse que o Decacampeão busca quebrar esse paradigma. Para ele, o alvinegro “joga um campeonato diferente”.

– Mais positivo é tu quebrar um paradigma, que está todo mundo esperando o Clássico 100 Anos na final. É só você ver a imprensa, andar na cidade. Está todo mundo com essa expectativa, todo mundo querendo muito que a final do campeonato possa se comemorar 100 anos. Nós estamos contra tudo e contra todos, tentando bagunçar essa final e entrar de convidado indesejado. O mais importante foi isso: mostrar que o América tá vivo e que nós vamos lutar até a última bola para fazer essa final –, disse.

– O Atlético-MG joga um campeonato totalmente diferente, porque não joga fora de casa, só joga em Belo Horizonte. Até a semifinal, nos dois jogos, o Atlético-MG joga em casa. Então, é muito difícil. No Campeonato Mineiro, esse desequilíbrio técnico é muito grande. Se uma equipe só joga dois jogos fora, quando são 11, você precisa jogar, no mínimo, cinco ou seis jogos fora, como nós fizemos. Então, a gente vai tentar desequilibrar isso e evitar essa grande festa que todos estão. Só basta você ver os programas: é Clássico dos 100 anos, cabelo de não sei quem, short de não sei quem. E o América aparece pouco, quem sabe se conseguirmos ser campeões mineiros, vocês dêem um pouco mais de atenção paro o América –, finalizou.

+Lisca toma terceiro cartão e está fora da segunda partida da semifinal entre América-MG e Cruzeiro

Ao todo, contabilizando os dois jogos da semifinal, o Galo terá feito 13 jogos no Campeonato Mineiro, com apenas duas partidas no interior. Nos outros 11 embates, o Atlético-MG atuou em Belo Horizonte, por conta de algumas inversões de mando de campo, critica principal de Lisca.

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