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Luís Castro comenta vitória do Botafogo sobre o Bangu e exalta consistência defensiva do time: “Nos dá estabilidade”
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Na noite deste sábado (11/02), O Botafogo venceu o Bangu por 2×0, em jogo disputado no Estádio Luso-Brasileiro, válido pela oitava rodada do Campeonato Carioca. Após a partida, o técnico Luís Castro comentou sobre a vitória da equipe e outros fatores importantes do clube.
Castro abriu a coletiva exaltando a eficiência do sistema defensivo do Bota.
“São sinais que a equipe dá de que está em um caminho de trabalho interessante. Agora são sinais que não podem travar aqui que é o nosso objetivo fundamental, que é fazer evoluir a equipe. A equipe não ter sofrido gols e não sofrer há quatro nos dá essa estabilidade. Mas sabemos como é perigoso o futebol, de um momento para o outro perdemos as coisas que construímos. Portanto, temos todos a consciência que estamos fazendo um percurso interessante, mas temos muito que correr para estarmos no nível que queremos estar” – afirmou.
O treinador também falou sobre a tuação de Lucas Piazon, autor do segundo gol do jogo.
“O Piazon é um jogador fundamental quando está em campo, assim como é o Victor. O homem da posição da 11, o 7, o 9. São jogadores decisivos naquilo que falamos, da pressão alta. Eles acompanham, cortam linhas de passe. Sem bola, o Piazon é um jogador fantástico. Consegue uma assimilação muito boa. É um jogador bom para a equipe, um jogador bom para aquilo que tenho para o jogo, mas não é o único jogador. Não está sozinho na minha cabeça.” – ressaltou.
Questionado sobre a escalação para o próximo jogo, o Castro disse ainda não se decidiu sobre quem vai a campo.
“Nenhuma equipe do mundo faz quatro jogos ao mesmo tempo. As equipes vão caminhando ao longo da época e vão seguindo em frente. Após cada jogo fazemos a avaliação do jogo e do jogo que vem. Impossível dizermos quem vai jogar. Temos que ter um conjunto de coisas em nossas cabeças de acordo com o contexto.” – afirmou.
As características de jogo da equipe também foram comentadas pelo português.
“Todos nós transportamos conosco uma ideia de jogo que nos diz como queremos atacar, como queremos defender, como queremos esquemas táticos. Muitas vezes, os jogadores, o elenco, o volume, a densidade, não dá para construirmos isso. Temos que adaptar o conjunto de comportamentos para a equipe fazer frente ao adversário que nos desafia. Obviamente, que gosto de um jogo triangulado, em que construímos nas costas do adversário. Quando uma equipe, esteja onde estiver, ela sabe o que fazer. E isso eu procuro fazer. Muitas vezes perguntando porque um jogador joga. Porque há jogadores que cumprem melhor nosso jogo. O treinador tem que entender porque as coisas estão acontecendo.” – completou.
Questionado sobre uma possível saída de Tiquinho Soares, disse não haver veracidade nesta informação.
“Isso deveria ser perguntado a quem deu a notícia. Passa muita coisa em claro na mídia. Muitas informações circulam e não são confirmadas. Neste momento, posso dizer que há 0% de verdade nisso.” – ressaltou.
O tema “Família Botafogo” também foi abordado na coletiva.
“As famílias não podem viver da fama, porque a fama é efêmera. É uma coisa que se tem, no outro dia se perdeu. As famílias precisam procurar prestígio, que é uma coisa que fica para a eternidade. Ganhamos um jogo, temos fama, perdemos 10, nos outros 10 não somos ninguém. Ao longo desses 10 jogos, lutamos enquanto família, como família boa, é uma de prestígio. O que quero ver no Botafogo é uma família de prestígio. E isso só é conseguido com valores.” – afirmou.
Questionado sobre a chegada de reforços, Castro desconversou o assunto e disse que este tema é de responsabilidade da diretoria.
“Terá que perguntar à administração sobre este tema. Neste momento não estou preocupado com o futuro imediato. O futuro imediato é daqui a três ou quatro meses. Portanto, eu não olho para ele. Olho muito para o que vem depois disso. E depois disso, terá que perguntar à administração.”
“Temos muitos jogadores que se valorizaram. É muito interessante como o Botafogo tem crescido em termos do que é a credibilidade. Isso é muito fruto do que os jogadores estão fazendo.” – ressaltou.
Castro também falou sobre as expectativas para o clássico de quinta-feira, contra o Vasco da Gama.
“O clássico é apaixonante, são os jogos que mais gostamos. Também temos nossos gostos. Só joga clássico equipes grandes, equipes que querem muito, que vão para o lado emocional, sem perder o lado racional. E é isso que vamos fazer. Vamos para o clássico com toda emoção, sem perder a racionalidade. Há uma envolvência fantástica. Mais uma vez, vamos defender a nossa honra.” – afirmou.
A preparação para a temporada também foi assunto da coletiva.
“Uma pré-temporada não é garantia de nada. Mas é muito melhor uma pré-temporada do que não ter. Se ela não fosse importante, as equipes já se apresentavam na competição. Ela é feita com cinco ou seis semanas porque tem a ideia do treinador. Ainda não ganhamos nada, não fizemos nada ainda. Estamos muito no começo. Temos grandes desafios pela frente. Já disse publicamente que queremos ganhar o estadual, nosso objetivo é ganhar troféus. Mas temos pela frente todas as equipes com grande qualidade. Portanto, temos grandes batalhas pela frente.” – completou.