Mano Menezes comemora vitória e diz: “Pode ser emblemática para nossa retomada”

Com gol heroico já nos minutos finais, o Fluminense venceu o Palmeiras por 1 a 0, no Maracanã lotado, diante de mais de 51 mil torcedores presentes. Confronto duríssimo que, com toda certeza, serviu de combustível para levantar a moral do elenco do Tricolor.

Após a partida, o técnico Mano Menezes, em entrevista coletiva, admitiu que essa vitória pode ser bem emblemática para a retomada da equipe. O gol foi marcado por Jhon Arias, com passe de Kevin Serna, recém contratado e elogiado pelo Mano na entrevista.

Mano Menezes iniciou a coletiva se mostrando bastante satisfeito com a forma como os jogadores estão evoluindo conforme suas ideias de jogo.

“Minha primeira missão como técnico era mostrar aos meus jogadores um conceito para que todos entendessem. Para a gente poder fazer uma mudança (transição) do estilo de jogo que a equipe tinha para um outro que, na nossa avaliação, precisava passar por transformação.” – afirmou, referindo-se ao estilo de jogo do ‘Dinizismo’ que vinha sendo criticado.

Ainda comentando sobre o padrão de jogo da sua equipe, Mano afirmou que prefere um futebol mais posicional.

“Jogo mais posicional, tem um desgaste menor, faz a equipe guardar as forças para os 90 minutos e jogamos contra um adversário que joga os 90 minutos, que não desespera nunca, que toca a bola, que sabe que vai ter chances até o final. A gente tem que ter maturidade e tivemos isso. E acho que os jogadores que entraram, também foram bem.”

Outros trechos da coletiva de Mano:

Sobre o Arias voltar para posição de origem

“Sobre o Arias, nem preciso falar, vocês conhecem melhor que eu. É um baita jogador. O Serna tem treinador bem e é um jogador que dá um desafogo, se livra da marcação e por isso insistimos em trazer pro Fluminense. Mas achamos melhor continuar com Arias pela esquerda para essa partida.”

Sobre a postura do Fluminense e verticalidade

“A gente é vertical contra uma equipe que deixa ser vertical. O Palmeiras aperta muito a marcação, toda equipe que marca alto te dá 40, 50 metros de campo, o espaço está lá, basta saber jogar com ele. Foi assim para esse jogo, as vezes em outros jogos não será assim.”

Thiago Silva e a potencialização do Thiago Santos

“O futebol tem pouca coincidência: dois jogos sem tomar gol (desde a chegada do Thiago Silva). Os treinadores fazem muita coisa, mas a execução é com os jogadores. Quem estiver do lado dele (Thiago Silva), vai ser beneficiado. Optamos pelo Thiago Santos hoje porque ele é veloz e o Palmeiras tem um ataque muito rápido.”

Sobre a possibilidade do Kauã Elias tomar a vaga do Cano

“Vamos comemorar a vitória de hoje primeiro, foi muito difícil, pode ser bem emblemática na nossa retomada e depois vamos pensar nisso. A gente sempre quer o que for melhor para equipe, o treinador que fazer as melhores escolhas.”

A importância dos experientes e ídolos no plantel

“Eu penso que a gente é privilegiado de ter jogadores como Marcelo, como Felipe Melo, como Fábio, agora como o Thiago Silva, o próprio Cano, que são referências, que são vencedores e que podem mostrar caminhos e sabem o que é necessário para voltar a vencer. Ao mesmo tempo, você sabe que precisa de juventude, porque o jogo é disputado, o que falamos sobre o comportamento, tem horas que precisamos subir o tom dentro de campo, acho que a equipe disputou bem, respondeu bem. Segundo tempo crescemos porque fomos mais organizados como equipe.”

Sobre a estreia do Kevin Serna

“Gostamos muito da postura do Serna. Quando você contrata alguém, você tem uma ideia do jogador, mas vamos conhecer melhor quando vai trabalhar, o comportamento só vemos quando estamos junto. É um jogador muito qualificado tecnicamente, trouxe um nível de intensidade de jogo que a equipe está precisando. Fomos buscar jogadores que pudessem dar essa intensidade maior para o jogo. Estou muito contente com a primeira ‘mostragem’ dele.”

A má fase do Cano

“O Cano está mal por causa da fase da equipe, que estava com dificuldades para construir, consequentemente ele perdeu a confiança. Com confiança, o centroavante chuta de qualquer jeito e a bola entra. Sem confiança, o atacante nem chuta. Mas vai voltar a fazer (gols), felizmente nós temos o Kauã (Elias), que nos ajudou, entrou com força física e dá uma dinâmica lá na frente. Dói mais na gente (ver o Cano saindo cabisbaixo ao ser substituído) do que em todo mundo.”

O Fluminense volta a campo neste domingo (28), às 11h (horário de Brasília), para tentar emplacar uma boa sequência de vitórias – dessa vez o adversário é RB Bragantino – e se afastar da zona de rebaixamento o quanto antes.