Maradona 60 anos: Confira as maiores polêmicas da carreira de Dón Diego

Diego Armando Maradona Franco completa seis décadas de vida nesta sexta-feira (30). Durante esse curso de 60 anos, “Dón Diego” protagonizou inúmeras polêmicas, declarações controversas e até mesmo foi preso no meio do caminho. Relembre no Esporte News Mundo alguns dos momentos mais polêmicos da carreira de Maradona.

DROGAS, DOPING E PRISÃO

Não é surpresa para a maioria que El Pibe teve, por muitos anos, problemas com drogas e doping. Quando questionado sobre o assunto, Maradona declarou em 2017 em uma rádio italiana que “usar drogas foi o maior erro de sua vida”.

Segundo o próprio, o ídolo argentino começou a utilizar entorpecentes aos 24 anos, quando era jogador do Barcelona. O vício continuou nos anos seguintes e o craque foi suspenso pela FIFA por doping em 1991, após uma vitória do Napoli sobre o Bari. A punição foi válida por 15 meses.

Maradona foi condenado pela justiça italiana por tráfico de cocaína. Diego reverteu sua prisão na Itália pagando uma multa e retornou à Argentina. Em Buenos Aires, Maradona foi preso em um apartamento na capital de seu país. Foi solto após pagar fiança.

Após o problema com a justiça e ter ficado dois anos sem atuar, o craque retornou aos gramados para jogar no Sevilla e posteriormente, em 1994, jogou sua última Copa do Mundo pela Argentina, onde novamente foi suspenso por doping. No seu jogo derradeiro em mundiais, Maradona deixou o gramado de mãos dadas com a enfermeira estadunidense Sue Carpenter.

A nova suspensão de Diego foi graças à uma substância chamada efedrina. Anos depois, Maradona chegou a ser internado em uma clínica de reabilitação por conta do vício.

ALFINETADAS EM PELÉ

A rivalidade entre Maradona e Pelé é tida por muitos como a maior da história entre dois futebolistas, muito por conta do fator Argentina-Brasil. Apesar de nunca terem duelado dentro de campo, ambos trocaram farpas ao longo dos anos.

A cordialidade após o primeiro encontro se transformou em declarações hostis para ambos. Enquanto Pelé criticava Maradona por seu comportamento rebelde e por seus vícios, o argentino alfinetava o brasileiro por suas ligações com cartolas do futebol.

“Pelé vendeu seu coração para a Fifa. E depois, quando a Fifa o chuta, ele quer fazer amizade com nós, os jogadores “, declarou Maradona certa feita. Apesar de frases polêmicas como a dita pelo argentino, ambos foram se reconciliando ao longo dos anos e nos dias atuais, mantém uma relação de amizade.

FILHOS

Por muitos anos, Maradona reconhecia apenas Giannina e Dalma como suas legítimas filhas, frutos de casamento de 14 anos com Claudia Villafañe. Após anos de batalhas judiciais, Diego reconheceu mais dois filhos, Jana e Diego Jr, este já adulto. Em 2013, Maradona teve mais um filho.

O astro argentino ainda teria mais três filhos em Cuba, onde morou entre 2000 e 2005. Caso sejam reconhecidos pela justiça, Maradona chegaria aos oito. O advogado de Diego estaria mantendo contato com os três.

GUERRA DAS MALVINAS E “LA MANO DE DIÓS”

Entre abril e junho de 1982, a Guerra das Malvinas, conflito armado entre Argentina e Reino Unido que disputavam as ilhas Falkland (ou Malvinas), vitimou de 649 argentinos. O evento, muito sentido pelo povo da Argentina, teve efeitos na Copa de 1986, disputada no México.

Naquele mundial, Argentina e Inglaterra travaram mais uma batalha, mas desta vez dentro do Estádio Asteca, na capital mexicana. Pelas quartas de final, Maradona marcou o icônico gol de mão, e o tento ficou conhecido como “La mano de Diós” (a mão de Deus). Diego marcou também outro gol antológico naquela ocasião, quando driblou seis jogadores ingleses. A Argentina venceu a Inglaterra por 2 a 1 e seguiu rumo à seu segundo troféu de Copa do Mundo.

Anos mais tarde, Maradona declarou que aquela vitória sobre os ingleses teve um sabor especial e vingativo, por conta da rivalidade criada graças à Guerra das Malvinas.

“Parecia que iríamos jogar outra guerra. Eu sabia que foi com a minha mão. Não era minha ideia, mas foi tão rápido que o juiz não me viu pondo a mão. Ele olhou e disse ‘gol’ […] Foi uma sensação agradável, como uma espécie de vingança simbólica contra os ingleses”, afirmou.