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Meio-campo ‘pesado’ compromete estilo de jogo do Fluminense e vira dor de cabeça

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Foto: Lucas Merçon/Fluminense
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Não foi só na goleada sofrida pelo Corinthians que o Fluminense escancarou o seu maior problema. Após o afastamento de Dodi, o meio-campo do time tricolor não foi mais o mesmo. Enquanto comandava o clube, Odair Hellmann teve dificuldade, pois precisava de um atleta com as mesmas características do volante, com saída de bola de qualidade e capacidade marcação. Marcão/Ailton herdaram este problema e não conseguiram até o momento aliar o esquema aos jogadores.

PEÇAS UTILIZADAS POR MARCÃO/AILTON

Em sua estreia contra o Vasco, Marcão colocou Yuri, Hudson, Nenê e Michel Araújo no setor de meio-campo. Na partida, o camisa 25 apresentou mais liberdade para jogar, mas a lentidão é um problema para atacar tanto para defender. O camisa 77, apesar da disposição, mostra muita lentidão pela idade.

No revés para o Atlético-GO, Marcão colocou Yuri como primeiro volante. Hudson e Michel Araújo responsáveis pela armação, e Nenê e Marcos Paulo mais abertos. Com isso, Michel Araújo ficou sobrecarregado já que o camisa 11 cai pela esquerda e o camisa 77 flutua para tentar encaixar uma infiltração. Mais uma vez não resolveu o problema.

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Contra o São Paulo, Yago Felipe entrou no lugar de Hudson, mas ficou mais ‘preso’, atuando ao lado de Yuri. E, novamente, o uruguaio Michel Araújo ficou sozinho para criação – mesmo que em um segundo tempo o Fluminense tenha criado maior números de chances.

E na vitória no clássico diante do Flamengo, Marcão/Ailton optaram por colocar um trinca de volantes: Yuri, Hudson e Yago Felipe. No primeiro tempo, a equipe tricolor não jogou. Ficou apática em campo e deixou a equipe rubro-negra atacar com facilidade. Na etapa final, uma ‘chacoalhada’ de Ailton no vestiário ligou o alerta nos jogadores. A ideia de forçar o erro do adversário funcionou, mas somente nesta partida.

Contra o Corinthians, Ailton repetiu a escalação, mas o problema ficou evidente. A trinca de volantes com Yuri, Hudson e Yago Felipe pecou. Responsável por iniciar as transições ofensivas, Yuri não conseguiu imprimir velocidade para girar a bola e abusou dos passes errados. A tentativa de avançar Hudson também seguiu frustrada. Lento, foi improdutivo ofensivamente e deu espaços no meio de campo, comprometendo na marcação. Yago Felipe é o mais ofensivo dos três, porém pouco conseguiu produzir.

MOLEQUES DE XERÉM PODEM SER ACIONADOS

André e Martinelli são os garotos da base do Fluminense que já mostraram bom desempenho, qualidade toque de bola refinado e velocidade já que o time de Marcão atua nos contra-ataques. Os dois podem ser boas opções para serem aproveitadas para ajudar o time na reta final.

Se os resultados não aparecerem, o Fluminense pode ter uma mudança no cargo, ainda que, oficialmente, a diretoria afirme nem cogitar outra troca. A equipe soma uma vitória, um empate e três derrotas sob o comando de Marcão/Ailton e ocupa a sétima posição na tabela do campeonato, com 43 pontos. Diante do Sport, no Rio de Janeiro, a equipe tem que buscar os três pontos para ainda sonhar com uma vaga para Libertadores.

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