Mourinho destaca a diferença entre níveis de treinadores e cita os maiores desafios na carreira de um técnico

Bastante badalado no futebol europeu, o técnico português José Mourinho segue entre os principais da função no mundo do futebol, embora não conquiste um título desde a temporada 2016/17, quando levou o Manchester United ao topo da Liga Europa. Mourinho segue sendo referência quando se fala de grandes treinadores e abordou o tema nesta quarta-feira (03), durante a coletiva que antecede o jogo com o Chelsea, nesta quinta-feira (04), pela Premier League.

O português citou os principais pontos que, na visão dele, diferenciam treinadores bons daqueles que estão em um patamar mais elevado e acabam se destacando na função. Para Mourinho, um treinador passa a ser considerado um dos melhores do mundo quando conquista grandes títulos. Apesar disso, o português descartou que a Liga dos Campeões possa mudar o patamar de um técnico. Para ele, obter sucesso em grandes ligas é o que faz a carreira de um treinador.

— Em minha opinião, um treinador entra para a elite quando consegue sucesso em ligas de topo. O maior desafio para um treinador é trabalhar e ser vitorioso nas melhores ligas. Neste momento, a Premier League é a mais desafiante do mundo — disse Mourinho.

Para embasar seu discurso de que a conquista da Liga dos Campeões não faz um treinador entrar para a galeria dos melhores, o português citou o exemplo de um jogador: o sueco Zlatan Ibrahimovic. Apesar de ser um dos melhores jogadores de todos os tempos, o atacante do Milan jamais conquistou a cobiçada Liga dos Campeões.

— Vencer a Liga dos Campeões é fazer história. Temos muitos treinadores fantásticos que jamais conquistaram essa competição e creio que o mesmo se aplica a jogadores. Para mim um dos mais incríveis dos últimos 20 anos é Ibrahimovic, mas ele nunca conquistou a Champions. Então não é somente essa conquista que faz um treinador ou um jogador fenomenal — finalizou Mourinho.

Em sua carreira de treinador, José Mourinho já conquistou a Liga dos Campeões em duas oportunidades: na temporada 2003/04, no comando do Porto e em 2009/10, dirigindo a Internazionale de Milão. Em 2010 ele foi eleito o melhor treinador do mundo em eleição promovida pela FIFA.