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Mudanças durante o jogo melhoram o time do Vasco e ‘Ramonismo’ segue em alta

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Vasco de Ramon Menezes está invicto no Campeonato Brasileiro (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
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O “Ramonismo” virou uma febre entre os vascaínos. Com 100% de aproveitamento e líder do Campeonato Brasileiro, o Vasco tem empolgado o seu torcedor neste começo de competição. E não é para menos. Foram três vitórias nas três primeiras rodas, com sete gols marcados e apenas um sofrido. Nesta última quinta-feira, mesmo fazendo um primeiro tempo abaixo do esperado, o time do técnico Ramon Menezes não sofreu tanto e foi efetivo para fazer 3 a 0 no Ceará, em pleno Castelão.

Parte do mau rendimento no primeiro tempo pode ser explicado pelas mudanças que o treinador testou na equipe. O time praticamente não criou ofensivamente e não finalizou na direção do gol, mas, de fato, sua equipe foi segura na parte defensiva, o que Ramon revelou ter sido uma forte preocupação na preparação para o duelo com o Ceará. As escolhas por Neto Borges e Cláudio Winck no time titular se deveram ao desejo de reforçar a marcação pelos lados e pelo alto.

– Estudamos muito o Ceará. É um time muito rápido, eles iam imprimir uma velocidade muito grande com o principalmente com o Matheus e o Lima, e o Samuel, por dentro ou por fora, faria dois contra um em cima do Henrique. Como o Neto entrou muito bem no jogo com o São Paulo, quis fazer um dobra na hora de jogar e de marcar com o Henrique e o Neto. Sabíamos que o Neto teria dificuldade na parte física, mas iria até quando aguentasse, para depois a gente criar uma alternativa ou fazer alguma variação – afirmou Ramon Menezes sobre a entrada do lateral-esquerdo Neto Borges no time titular.

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Já a escolha por Cláudio Winck, que não começava uma partida como titular desde maio de 2019, foi por preocupação na bola aérea.

– Optamos pela Winck não pela atuação do Tenório, porque o Tenório foi muito bem, nos ajudou muito no último jogo contra o São Paulo, mas para a gente crescer um pouco mais na estatura. Dar também uma oportunidade para o Winck, e foi muito bem, isso que é importante. O Tenório dá mais força, na amplitude. O Winck dá mais movimentação na posse, vindo por dentro e também com facilidade por fora. As trocas são pensadas. E o mais importante é que quem entra tá dando o seu melhor, correspondendo. Quem ganha é o grupo.

Com a área do Vasco bem protegida, o Ceará pouco conseguiu fazer de efetivo e o goleiro Fernando Miguel quase não foi assustado durante os primeiros 45 minutos. Mas o setor de criação ficou carente e a única chance do Vasco foi uma finalização sem direção de Benítez.

Melhora no segundo tempo

Na segunda etapa, o treinador voltou do intervalo com Bruno Gomes no lugar de Neto Borges. A entrada do volante deu mais liberdade para Andrey e Benítez, o que melhorou o meio do time do Vasco. Foi com a chegada dos dois na área adversária que o Gigante da Colina abriu o placar. O argentino roubou a bola de Luiz Otávio e tocou para Andrey, que deu a assistência para Cano.

– O Bruno já tinha entrado muito bem lá (contra o São Paulo). O Andrey naquele momento tinha um cartão amarelo e a preocupação era de deixar o Andrey num setor que ele ficasse um pouco mais a vontade para receber essa bola sem mudar nossa plataforma quando nós estivéssimos com a bola. Com a amplitude do Winck, trazer um pouco mais o Benítez para dentro e o Andrey naquele posicionamento pelo lado esquerdo. Também já abrimos o Talles, que tá bem melhor, crescendo de produção – disse Ramon.

O ‘Ramonismo’

Nas redes sociais, o estilo de jogo do time de Ramon Menezes já ganhou até nome. Na verdade, com a empolgação pelos primeiros resultadores, o “Ramonismo”, como é conhecido nas redes sociais, já é cultuado quase como uma religião. O nome já chegou até o treinador, que mostrou bom humor, mas pés no chão quanto a empolgação dos torcedores.

– Neste momento o torcedor está super empolgado. Sou um representante da torcida, que mostrou satisfação grande por eu já estar no clube e pelo que eu representei enquanto atleta. Também vivi aqui momentos inesquecíveis. E agradeço muito ao grupo de atletas poder jogarmos como Vasco da Gama. Atitude, espírito, entrega da alma pelo clube. Não tem preço. Muito satisfeito com o início de trabalho – afirmou Ramon, antes de completar:

– (O Ramonismo) É uma brincadeira, é legal. Mas não é a cara do Ramon, é a cara do Vasco da Gama. Jogadores que entregam a alma pelo clube, que tem o prazer de jogar futebol, prazer de ficar com a bola, de quando não estar com a bola correr, encurtar, pressionar marcar, se organizar – finalizou o treinador.

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