Corinthians
No quarto Dérbi do ano, Palmeiras tenta vitória inédita enquanto Corinthians briga para manter invencibilidade de olho na taça do Brasileirão Feminino
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Depois de pouco mais de 90 minutos jogados no Allianz Parque, o Corinthians saiu na frente sobre o Palmeiras nas finais do Brasileirão Feminino, com uma vitória por 1 a 0, porém, nada está decidido e a definição de quem erguerá a taça de campeão nacional só será conhecida neste domingo (26), às 21 horas (horário de Brasília) na Neo Química Arena.
Quis o destino — e as ótimas campanhas feitas pelas duas equipes — que o Dérbi paulista fosse o confronto final da principal competição doméstica do futebol feminino e, além da rivalidade centenária herdada do certame masculino, o duelo já possui uma disputa própria construída ao longo do ano.
Ao todo, alvinegras e palestrinas já se enfrentaram em três oportunidades em 2021, sendo que o lado corinthiano possui vantagem nesse retrospecto — que não entra em campo, mas que contribui para a construção da expectativa para a decisão —, sendo uma vitória para o Timão e dois empates.
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Invencibilidade alvinegra
O primeiro jogo entre os rivais nesta temporada, válido pela 6ª rodada do Brasileirão Feminino, terminou empatado em 1 a 1, no estádio da Fazendinha. Em uma partida acirrada, assim como foram todos os Dérbis que vieram depois, as visitantes saíram na frente e o Timão teve que buscar o resultado.
O segundo encontro entre alvinegras e palestrinas foi, justamente, o primeiro jogo da decisão do Brasileirão Feminino. Se antes da bola rolar o favoritismo era todo das corinthianas, o time comandado por Ricardo Belli tratou de se impor dentro de casa e incomodou demais as atuais campeão do torneio.
Para sair na frente nas finais e conseguir dar o primeiro passo rumo ao tricampeonato, o Timão precisou usar aliar duas “cartas na manga” que foram essenciais ao longo da competição para construir a campanha de 16 vitórias, dois empates e apenas uma derrota: as ideias de Arthur Elias e o entrosamento das jogadoras.
Em cobrança de falta ensaiada, Vic Albuquerque alçou a bola na área e Gabi Portilho, já em projeção, apareceu por trás da defesa palmeirense para tocar por cima da goleira Jully e fazer o gol solitário do jogo.
E na última quarta-feira (22), em partida válida pela 6ª rodada do Paulistão Feminino, Corinthians e Palmeiras se enfrentaram no Allianz Parque em praticamente um “esquenta” para o jogo decisivo deste domingo (26).
Com os times modificados, assim como foi no duelo da fase de pontos corridos do Brasileirão, as donas da casa até saíram na frente, em gol contra de Giovanna Campiolo, mas viram mais um vez o poder de reação alvinegro sendo capitalizado por Adriana, fazendo o confronto terminar novamente empatado em 1 a 1.
Olhando para esse retrospecto, é perceptível que o Corinthians ao longo do ano, nas vezes que enfrentou o Palmeiras, teve forças para chegar ao empate mesmo saindo atrás no placar, e quando teve a vantagem, teve tranquilidade para administrá-la.
Levando esse histórico em conta, pode-se dizer que o time de Arthur Elias chega muito credenciado para essa decisão, tendo “apenas” que repetir os feitos já realizados contra o rival ao longo da temporada para sair do gramado da Neo Química Arena como tricampeão nacional.
Plano alviverde
Por mais consolidado e superior que seja o time alvinegro, as palestrinas não irão fazer jogo fácil, como mostrou a primeira partida da final do Brasileirão. O Palmeiras soube, durante a maior parte da partida, anular a principal característica das corinthianas — sua saída de bola muito qualificada com Zanotti e também com Tamires, impedindo a saída pelos lados da equipe alvinegra.
A dificuldade na construção de jogadas ofensivas, foi compensada com a destruição da saída de jogo do Corinthians. Mas para a segunda final, o sinal necessário para as palestrinas foi a atenção e a abertura do placar no “esquenta” do Dérbi de decisão, na última quarta (22), pelo Campeonato Paulista.
As jogadoras do Palmeiras chegam ao jogo decisivo com o desafio de vencer o primeiro título do Verdão dentro da casa de seu principal rival em Itaquera. E contam também com o fato de terem demonstrado muita competitividade ao longo da competição, com uma primeira fase consistente, e um trajeto tirando Grêmio e Inter no mata-mata.
Uma campanha de um time que competiu na partida de ida, e pode surpreender, com aplicação tática de intensidade parecida à primeira partida, mas dessa vez com a necessidade de anotar para, ao menos, empatar o placar agregado.
Nada melhor para consolidar a segunda temporada na primeira divisão do futebol feminino que uma vitória e título contra o principal rival, para apimentar ainda mais uma rivalidade centenária com a história também no futebol feminino.