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Odair lamenta derrota em clássico e fala sobre dificuldade do Santos em contratar: ‘Muitas vezes recebemos nãos’
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Neste sábado (8), o Santos foi derrotado pelo Palmeiras por 3 a 1, no Morumbi, em duelo da sexta rodada do Campeonato Paulista. Murilo, Rony e Giovani marcaram para o Alviverde, enquanto Eduardo Bauermann fez para os santistas. Com o resultado, o Alvinegro praiano chegou ao quinto jogo seguido sem vencer na competição estadual.
Após a derrota, o treinador santista Odair Hellmann, falou sobre a dificuldade que o Peixe tem encontrado para fazer contratações.
— Muitas coisas não deram certo, teve gente que não quis vir para cá, que o empresário quis colocar em outro time. Eu não estou em Santos olhando para as praias, estou trabalhando. Muitas vezes recebemos nãos. Você fica três ou quatro dias na esperança de sair uma negociação e ela não acontece. Estamos buscando desde o primeiro dia, estamos tentando, mas estamos recebendo muitos nãos. Queremos trazer jogadores que qualifiquem o elenco e nos ajudem— disse.
O Santos está na última posição do Grupo A, com seis pontos e, por isso, fica cada vez mais difícil conseguir a classificação para a próxima fase da competição. Por outro lado, a cada resultado negativo, cresce o risco de rebaixamento. Odair disse que o Alvinegro praiano precisa continuar trabalhando e de mais tranquilidade.
— Vou continuar trabalhando e acreditando que a gente possa estancar e consiga buscar o resultado que nos dê possibilidade de classificação, mas principalmente regularidade e estabilidade para que passe esse momento. Eu acredito, estou trabalhando muito. São muitos contextos, temos que ter tranquilidade. A tranquilidade é ter um ambiente com estabilidade para que possamos seguir em frente, buscar o placar, ganhar o jogo, para que as coisas comecem a acalmar. Muitas situações acontecerem, as perdas de jogadores com as quais eu não contava. Isso traz um prejuízo grande para todos. Mas vamos continuar trabalhando e acreditando para dar essa resposta de regularidade— comentou.
—Estou dando moral para todos, tentando tirar o peso da cobrança, é uma dificuldade técnica que não vem de agora, vem de dois anos. Isso se reflete quando você empata dois jogos em casa. Foi a nossa melhor partida (contra a Ferroviária). Hoje, precisaríamos convencer. Estamos tentando escolher as melhores peças, encontrar um equilíbrio. No meio do processo, perdemos o Soteldo, o Carabajal, Rodrigo, Felipe, agora o João Paulo. São muitas situações que eu não contava, isso gera dificuldade com toda essa pressão. Cabe a mim saber reconhecer, mas passar, fortalecer e encorajar o grupo, buscar soluções. Precisamos encontrar uma vitória para encontrar tranquilidade e calma. Se não tiver um momento de tranquilidade para respirar, as coisas não vão ter um futuro próximo e vão ter muito mais dificuldades— completou Hellmann.
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O técnico santista lamentou o primeiro gol sofrido contra o Palmeiras, pois foi no momento em que o time da Baixada Santista estava com um jogador a menos, que estava recebendo atendimento médico.
—Até os 22 minutos, o jogo estava normal. Nós conseguindo marcar bem, buscar algumas saídas. Aí sai um jogador do campo e justamente toma o gol no primeiro pau onde o jogador era daquele posicionamento. As coisas estão acontecendo contra nós. O Marcos Leonardo era do primeiro pau, o desvio foi no primeiro tempo. Aí desestabiliza porque é a quarta ou quinta partida que sai atrás. Quando toma um gol, a característica do time é dar uma caída. Quando recuperava a posse, não conseguia fazer a transição de forma mais limpa. Aos 49, toma um gol de novo em desvio no primeiro pau. Já tinha perdido o goleiro, poderia pensar em substituições diferentes. Tudo isso gera dificuldade. Quando falo calma e tranquilidade, não é morosidade, não ter energia — lamentou
Na última quinta-feira (2), um grupo de torcedores, da Torcida Jovem, maior organizada do Peixe, invadiu o CT Rei Pelé com o intuito de cobrar os jogadores e Andres Rueda, Presidente do Santos. Odair comentou o ocorrido.
— O torcedor não está tranquilo, não está tranquilo há dois anos e meio. Como que eu vou chegar aqui e pedir para o torcedor ficar tranquilo? Eu, como comandante, não posso deixar de trabalhar. Não tenho tempo para treinar, mas tenho que encontrar solução. Eu acredito. Respeito o torcedor que está chateado, mas preciso olhar para a frente. Preciso treinar o time, buscar confiança. Se repetirmos a partida que fizemos na última quarta-feira, estamos mais perto da vitória. É nisso que eu acredito. Agora, eu não vou falar para o torcedor ficar tranquilo. É o momento de estarmos juntos, precisamos nos fortalecer, mas eles estão chateados. Eu também estou. Vou para casa agora, pensar e pedir para Deus que ninguém mais se machuque. Preciso pensar em uma estratégia— disse.