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Opinião: Diretoria do Inter precisa rever práticas para não naufragar nos próprios erros

Tudo que os colorados querem no momento é um técnico e zagueiros para o time. Mas para além disso, a diretoria do Inter precisa rever conceitos para seguir.

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Internacional/Divulgação
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Há pelo menos 20 anos o Internacional vem com uma mesma ideia de administração desportiva e financeira. O Movimento Inter Grande (MIG), era e ainda é considerado um dos movimentos políticos mais fortes dentro do clube. Quando presidente não era filiado ao MIG, como Vitório Piffero no biênio 2015/2016, tinha iniciado seu trabalho político junto à Fernando Carvalho, lá em 2004.

Pois bem, nas últimas eleições o torcedor colorado, na sua maioria, entendeu que aquele modelo de gestão não estava mais fechando com a realidade. Ou seja, entendeu-se que a ciência de dados, profissionalização dos departamentos do clube, entre outras mudanças deveriam ser implementadas. Portanto, Alessandro Barcellos foi o candidato que, perante a torcida, foi o que melhor representou estas ideias.

Em grande medida Barcellos está colocando em prática sua promessa de campanha. Gustavo Grossi, 45 anos, que estava atuando como Diretor Esportivo no River Plate, como Marcelo Gallardo, foi buscado para ser Gerente Executivo da base colorada. Além disso, Julinho Camargo, treinador e coordenador de longa experiência na base da dupla Grenal, foi contratado para executar a transição entre a base e o profissional.

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Poderia citar outros tantos exemplos de gestão positiva dessa diretoria, apesar de erros grosseiros de alguns integrantes. Ai entra uma outra parte do quebra-cabeça: além dos 4 vice presidentes eleitos, há também as conjunturas políticas para viabilizar a eleição. Três movimentos integram o atual mandato, sendo eles Academia Colorada, Convergência Colorada e Inove Inter. Consequentemente todos estes tem direito a cargos na diretoria, como o Convergência Colorada que indicou João Patrício Herrmann para a Vice-Presidência de Futebol.

Toda essa conjuntura acaba tornando cada decisão mais demorada, para que todos possam dar seus pitacos e preferências para ocupar o cargo de técnico, como está ocorrendo agora. A patacuada na negociação com Marco Silva é um bom exemplo disso. Demorou-se para entrar em contato com o português, e quando entrou foi durante a madrugada.

Por mais que Alessandro Barcellos tenha que ouvir todos ao seu redor para tomar a decisão mais ponderada, a responsabilidade final é dele. Foi em Alessandro Barcellos que a torcida confiou para implementar aquela mudança que citamos acima. Então, esse é o momento dele assumir o controle das negociações, se já não o está fazendo. Para além disso, ele precisa dar seguimento ao projeto e implementar as mudanças necessárias, mesmo com treinador diferente.

Há de convir, no entanto, que com todas as mudanças políticas dos últimos anos, não há um minuto de paz dentro do Inter, mas é exatamente esse o período sem vitórias e feitos relevantes. Para romper esse ciclo, é preciso tomar atitudes diferentes.

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