Opinião
Opinião: Luxemburgo encontrou o esquema para substituir Renato Augusto no Corinthians
Meia virou desfalque no Timão e Luxa soube repor sua ausência com um novo sistema tático
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O Corinthians novamente tem o desfalque de Renato Augusto e Vanderlei Luxemburgo teve que se reinventar para suprir a ausência do meia. Sem um jogador de criação, já que não há outro no elenco, o técnico do Timão não pode usar o mesmo esquema das últimas partidas contra o Santos e e escalou o time no sistema 4-1-4-1, que deu muito certo.
Já que não possuía nenhum meia pra jogar centralizado, não era possível escalar o time no 4-2-3-1, usado contra o Cuiabá. Sobrava a possibilidade de usar novamente os três zagueiros, ou jogar com três jogadores de meio campo, mas que ainda não haviam surtido efeito.
Quando Renato se machucou contra o Cuiabá, Luxemburgo colocou Biro para atuar no meio campo, jogando com Pedro e Adson abertos e Roger Guedes centralizado. Porém, o time não era criativo, e tinha pouca movimentação, já que os pontas estavam bem abertos, e não havia jogadores para ocupar os espaços, fazendo com que o Roger Guedes fosse obrigado a sair da área, desgastando o jogador, e não utilizando um ” camisa 9″.
O NOVO ESQUEMA
No novo esquema de Vanderlei Luxemburgo, usado contra o Santos, o técnico proporcionou a volta de Yuri Alberto e Fagner, deslocando o Roger Guedes novamente a posição de ponta e usando Roni e Ruan, mas, dessa vez, Roni daria a proteção necessária para Guedes ter aproximação, e não se isolar na ponta, dando equilíbrio ao time.
Jogando no 4-1-4-1, o Roni atuava como o único volante do time, participado pouca da criação, mas dando sustentação aos jogadores ofensivo. Para dar liberdade ao Roger Guedes, Maycon atuava pela esquerda, se aproximando do ponta, além de cobrir as subidas de Bidu, jogador que avança muito na lateral, voltando bastante.
Do outro lado, o time também era equilibrado, já que quem atuava pela direita era Ruan, que explorava muito bem o lado do campo, fazendo uma dobra com o ponta Biro, que era quem voltava para marcar, dando liberdade para as subidas ofensivas de Fagner, que aparecia pelo meio, para atuar na criação.
Com isso, o Corinthians passou a ter superioridade numérica dos dois lados do campo, sem precisar de um meia criativo, além de usar muito bem os laterais, que completavam os espaços necessários. Por dentro, Fagner e Roger aparecem com muita liberdade, quanto Ruan e Bidu exploram muito as pontas, quanto Yuri Alberto tem o papal da movimentação na área, para atrapalhar a zaga adversária, e aparecer para a finalização.
Nos primeiros ataques do Corinthians, o funcionamento do esquema já foi provado. Quando, na primeira subida ofensiva, Bidu foi até a linha de fundo e cruzou para Yuri, livre na área, que cabeceou no goleiro, em bola que sobrou para Roger Guedes chutar na trava, com liberdade para chegar na área.
Na segunda oportunidade, Biro deu a sustentação necessária para Fagner subir, e, enquanto Ruan atraia os laterais para as pontas, o lateral apareceu por dentro, sem marcação, gerando bom passe a Yuri Alberto, novamente pronto para finalizar.
No lance do gol corintiano, Roger Guedes sai da ponta para ir por dentro e, enquanto isso, Yuri Alberto já projeta a jogada, e sai das costas dos zagueiros. Após passe de Roger para Ruan, na ponta, Yuri pode receber cruzamento na entrada da área, já livre, para empurrar a bola ao gol, abrindo o placar da partida.