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Opinião: Veja porque o futuro do futebol brasileiro é o Nordeste

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Foto: Lucas Figueiredo e Thaís Magalhães/CBF
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A Série A e a Série B, divisões da elite do futebol brasileiro, têm neste ano um protagonista em comum. No G6 da primeira divisão estão dois clubes do futebol nordestino, Fortaleza e Bahia. Dos quatro nordestinos que jogam a primeirona, apenas um está na zona do rebaixamento, sendo esse o Sport, 17º colocado e a dois pontos do 16º.

Já na segunda divisão, dois clubes do Nordeste estão no G4, Náutico e Sampaio Corrêa, sendo o timbu o líder invicto do campeonato. Dos seis nordestinos que jogam a Série B, apenas um está na zona do rebaixamento, no caso, o Vitória, 17º colocado.

O fato é que o futebol nordestino vem se desenvolvendo e voltando aos seus tempos de competitividade e protagonismo, minados pelo clube dos 13 e outras políticas segregadoras do futebol brasileiro. Agora, graças às gestões profissionais, os clubes vem dependendo cada vez menos de cotas televisivas e patrocínios. Clubes como Ceará e Bahia vêm obtendo renda com suas categorias de base, só nos últimos três anos os dois clubes lucraram mais de 30 milhões de reais com vendas de jogadores.

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Também é válido ressaltar que o futebol nordestino vai muto além do eixo CEPEBA (Ceará, Pernambuco e Bahia). Clubes como CSA, CRB, Sampaio Corrêa e Confiança estão evoluindo no quesito transparência e estrutura. O CSA em um curto espaço de tempo de quatro anos chegou à Série A, estando hoje na Série B, e iniciou a construção de um luxuoso CT, que também terá uma Arena Esportiva.

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Estados com menos tradição no futebol nacional, como o Piauí, vão apresentando uma evolução. O Altos, time de cidade do mesmo nome, vem tendo bons resultados dentro de campo. Ano Passado o jacaré subiu para a Série C, já este ano foi campeão do Campeonato Piauiense, chegou às quartas da Copa do Nordeste e está no G4 do grupo A da terceira divisão.

Volante Gregore, vendido pelo Bahia por R$ 15,7 milhões.
(Foto: Reprodução)

É claro que clubes de alguns estados não estão na melhor performance. Em Pernambuco, Santa Cruz e Sport estão em má fase dentro e fora de campo. O rubro-negro tem problemas políticos e um passivo que aumenta cada vez mais, enquanto o tricolor, que também convive com problemas financeiros, desenvolveu um trabalho pífio na execução do futebol, com um elenco aquém e inúmeras contratações.

Ademais, na Paraíba os dias identicamente não são dos melhores. Os três clubes mais tradicionais, Botafogo, Campinense e Treze apresentam problemas financeiros e de transparência, é nítida a pouca participação dos torcedores no dia a dia dos clubes. Entretanto, o Botafogo, mesmo com deficiências financeiras, vem colecionando bos resultados na Série C. O Sousa, time do interior e vice-campeão paraibano, tem da mesma forma bons números em 2021. O dino é vice-líder do grupo A3 da Série D e tem um dos melhores aproveitamentos da divisão.

Foto: Jefferson Emmanoel

Ao mesmo tempo que clubes como Fluminense, Vasco, Brotafogo-RJ e Cruzeiro vão parando no tempo, os clubes do Nordeste vão avançando com gestões profissionais e investimentos em estrutura. É questão de tempo para o futebol nordestino se tornar cada vez mais protagonista do futebol brasileiro.

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