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Os principais modelos de carros usados na Stock Car

A temporada 2024 da Stock Car já está sendo marcada por diversas novidades

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Foto: Divulgação
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A temporada 2024 da Stock Car já está sendo marcada por diversas novidades. Uma delas foi o lançamento do Corolla completamente repaginado na abertura da temporada em Goiânia.

Os principais modelos de carros usados na Stock Car: história da categoria

Em 1977, buscando uma alternativa à extinta Divisão 1 dominada por Chevrolet Opala e Ford Maverick, a General Motors (GM) idealizou a Stock Car.

A categoria, inspirada na NASCAR americana, visava unir performance e sofisticação, atraindo o público e patrocinadores que se esquivavam do domínio único da Chevrolet.

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A estreia da Stock Car aconteceu em 22 de abril de 1979, no Autódromo de Tarumã (RS). O regulamento, criado para equilibrar custos e performances, limitava os carros ao modelo

A prova inaugural, com 19 Opalas, foi vencida por Affonso Giaffone, após José Carlos Palhares (“Capeta”) conquistar a pole position.

Década de 1980

A década de 1980 foi marcada pela ascensão de Ingo Hoffmann, que dominou a categoria entre 1989 e 1994, conquistando seis títulos.

As corridas se tornaram mais disputadas, com ultrapassagens emocionantes e duelos acirrados.

A Stock Car expandiu seu alcance, com provas em autódromos de todo o Brasil e, em 1982, duas etapas no Autódromo do Estoril (Portugal).

Em 1987, buscando aprimorar o desempenho e a aerodinâmica dos carros, a Stock Car adotou uma carenagem criada pela Caio sobre o chassi do Opala.

Essa mudança aproximou os carros de protótipos, sem abandonar a identidade da categoria.

Década de 1990

Na década de 1990, a GM investiu pesadamente na Stock Car, organizando a categoria e construindo um protótipo monobloco.

No entanto, a falta de interesse do público e a ascensão de categorias mais baratas com o apoio de outras montadoras exigiram mudanças.

Em 1994, a Stock Car adotou o Omega de rua adaptado para a competição como modelo oficial.

As corridas passaram a ser realizadas em rodadas duplas com a Fórmula Chevrolet no evento “Chevrolet Challenger”, com ingressos gratuitos distribuídos nas concessionárias da marca.

Década de 2000

O novo milênio trouxe grandes novidades para a Stock Car.

Em 2000, o Vectra estreou com uma nova carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro e chassi tubular, ainda utilizando o motor 4.1.

No ano seguinte, o motor V8 foi introduzido e a GM se desligou da organização da categoria, que passou para a Vicar, empresa do ex-piloto Carlos Col.

Para modernizar a competição e aumentar a segurança dos pilotos, a Stock Car adotou um chassi tubular projetado pelo engenheiro argentino Edgardo Fernandez, inspirado na NASCAR e no DTM alemão.

O chassi, fabricado pela JL do ex-piloto Zeca Giaffone, permitia a utilização da carenagem de qualquer sedan.

Em 2003, o motor 6 cilindros da Chevrolet foi substituído pelo V8 Chevrolet 350 importado dos EUA, similar ao utilizado na Busch Series da NASCAR.

Essa mudança abriu espaço para outras montadoras ingressarem na categoria com investimentos mais baixos.

A GM se tornou patrocinadora, fornecendo a carenagem do sedan. Em 2004, o Astra foi adotado como carroceria oficial.

Em 2005

A temporada de 2005 marcou a entrada da Mitsubishi na Stock Car com o Lancer, tornando a categoria multimarca pela primeira vez.

Em um evento histórico, 40 carros da Stock Car V8 disputaram uma etapa fora do Brasil no Autódromo Oscar Gálvez em Buenos Aires, Argentina, valendo pontos para o campeonato ao lado da TC 2000.

Giuliano Losacco venceu a prova, seguido por Mateus Greipel e Luciano Burti.

Em 2006, a Volkswagen se juntou à categoria com o Bora, elevando para três o número de montadoras.

As equipes foram liberadas para usar telemetria, permitindo um maior controle do comportamento dos carros.

A temporada de 2007 viu a maior quantidade de montadoras competindo, com a chegada da Peugeot utilizando a carenagem do 307 Sedan.

O objetivo era ter 10 carros de cada marca no grid. Chevrolet, Mitsubishi, Peugeot e Volkswagen disputaram o título.

Em 2008, a Volkswagen anunciou sua saída da Stock Car, reduzindo o grid de 38 para 34 carros.

A temporada também marcou a mudança dos pneus Pirelli para Goodyear. Já em 2009, foi a vez da Mitsubishi deixar a categoria.

Os carros sofreram modificações para se assemelhar aos DTM alemães, e o número de montadoras caiu novamente, para apenas duas: Chevrolet (Vectra) e Peugeot (307).

Neste ano, a Stock Car realizou sua primeira corrida em um circuito de rua, em Salvador (BA), tornando-se a primeira cidade do Nordeste a receber a prova.

O local escolhido foi o Centro Administrativo da Bahia (CAB), adaptado para a disputa, vencida por Cacá Bueno.

Desde então, o circuito de rua de Salvador entrou no calendário fixo da competição. Ribeirão Preto (SP) foi a segunda cidade a receber um circuito de rua para a Stock Car.

Década de 2010

A partir de 2010, o etanol voltou a ser o combustível utilizado nos carros, substituindo a gasolina.

A injeção eletrônica também foi introduzida, a categoria ganhou mais um circuito de rua e as corridas passaram a ser transmitidas para o exterior. O número de carros no grid voltou a subir, para 34.

Em 10 de março de 2010, a fusão das categorias Stock Car Light (Copa Vicar) e Pick-Up Racing deu origem à Copa Chevrolet Montana, nova divisão de acesso à categoria principal. A Mini Challenge foi criada para substituir a Stock Jr.

Em 2010, a Peugeot trocou a carroceria do 307 Sedan pelo novo modelo do 408.

Para a temporada de 2012, a Chevrolet substituiu o Vectra pelo Sonic. 2012 também foi o último ano com os pneus Goodyear, com a Pirelli retornando ao campeonato a partir de 2013.

Em 2013, 34 carros estavam no grid, com 11 equipes correndo de Chevrolet e 9 utilizando Peugeot.

A temporada de 2014 marcou o retorno do autódromo de Goiânia à competição, com duas provas, sendo uma delas a Corrida do Milhão.

Em 2016, a carroceria do Sonic foi substituída pela nova geração do Chevrolet Cruze.

Década de 2020

Em 2020, a Stock Car voltou a ter uma segunda montadora, com a Toyota estreando o sedan Corolla.

A temporada também marcou o retorno do chassi monobloco, substituindo o chassi tubular JLG09, desenvolvido pela JL Racing e introduzido em 2000.

Em 2024, a Stock Car anunciou a chegada de uma terceira montadora para 2025: a Mitsubishi, com o Eclipse Cross como modelo oficial.

Stock Car em constante evolução

Ao longo de sua história, a Stock Car se reinventou e se adaptou às mudanças do mercado e do público, sempre buscando oferecer um espetáculo emocionante e competitivo.

A categoria se consolidou como uma das mais importantes do automobilismo mundial, atraindo pilotos talentosos, equipes renomadas e fãs apaixonados.

A Stock Car segue em constante evolução, com o compromisso de proporcionar experiências cada vez mais incríveis aos seus fãs e de continuar escrevendo capítulos marcantes em sua história.

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