Botafogo
Para Fábio Matias Botafogo está “se transformando”
— Continua depois da publicidade —
Após empatar com o Red Bull Bragantino, por 1 a a, e garantir a classificação para a fase de grupos da Libertadores, o técnico interino do Botafogo Fábio Matias concedeu entrevista coletiva. Ele teve a missão de substituir Tiago Nunes após o primeiro jogo diante do Aurora. Desde então sob seu comando, em seis jogos a equipe venceu cinco e empatou apenas um jogo.
Sobre o jogo, Matias destacou o senso coletivo da equipe em relação ao jogo no Estádio Nabi Abi Chedid e falou sobre a possibilidade de ser efetivado no cargo.
– Sempre temos que valorizar as questões coletivas. Boas parte das coisas que acontecem os atletas precisam estar focados e mais uma vez os atletas tiveram compromisso em relação ao jogo, mesmo na hora difícil. Em questão sobre a carreira, continuo dando seguimento nas questões do clube. É um momento prazeroso, um momento ímpar na minha carreira. O futebol acontece muito rápido. O Botafogo está em uma construção de dois anos, desde quando esse grupo que assumiu o clube – Afirmou Fábio Matias:
– Quando você tem essas oportunidades, você só tem uma oportunidade para mostrar uma coisa. Não estou aqui para mostrar algo, estou aqui para fazer meu trabalho. O principal é o que a gente colocou em relação aos atletas e o compromisso que eles tiveram. Tem muita gente boa trabalhando no Botafogo e o clube está se transformando. A gente tem que estar onde querem que a gente esteja. E o clube está se transformando e estou trabalhando dentro da função de auxiliar para deixar as coisas da melhor forma possível – Acrescentou.
Fábio Matias também falou que o Botafogo está se reconstruindo e que se “Se tivesse uma proposta do Botafogo há três ou quatro anos eu talvez não aceitaria” e que aceitou vir por conta que o clube tem uma pessoa com “muita firmeza, que é o John (Textor).”
– Estamos reconstruindo tudo. Se tivesse uma proposta do Botafogo há três ou quatro anos eu talvez não aceitaria. Hoje eu aceitei com muita firmeza e é o melhor lugar que já trabalhei. Tem um cara que tem uma cabeça de muita firmeza, que é o John. Peço paciência ao torcedor, sei o quanto o torcedor sofreu, faz parte. Mas estamos em um processo de reestruturação, tem muita coisa boa envolvida – disse Fábio Matias.
Logo aos cinco do segundo tempo, Damián Suárez foi expulso após fazer falta em Juninho Capixaba. O interino explicou a entrada de Mateo Ponte na vaga de Eduardo.
– Quando tivemos um jogador a menos precisamos de algo a mais, os jogadores uniram as forças. As substituições deram certo e os jogadores entenderam o jogo. Nós até voltamos melhor do segundo tempo, não sofremos a mesma pressão dos 20 primeiros minutos, mas tivemos a infelicidade da expulsão, isso mudou a característica do jogo, aí tivemos que fechar os corredores. A entrada de todos nos ajudou a conquistar (a vaga para a fase de grupos).
Agora o Botafogo irá esperar a definição de seus adversários na fase de grupos, na próxima segunda-feira (18). Por ter se classificado pela Pré-Libertadores entrará no pote 4 e pode cair na chave de outros times brasileiros.
Veja outras falas de Fábio Matias:
Conversa com caixinha
– Falei para o Caixinha que adoro o trabalho dele, acompanhei de perto. Dentro do contexto dos trabalhos do Brasil é um dos melhores. Muitas vezes o trabalho não se mede por derrotas ou vitória, mas por sequência. Sabíamos que teríamos um jogo difícil hoje e que o Bragantino teria 25 minutos de pressão, nós tentamos equilibrar as coisas. A gente tem trabalhado as questões de jogo ofensivo, mas isso demora um pouco a se desenvolver. É um baita clube que enfrentamos hoje.
Qual é diferença para Tiago Nunes
– Nenhum. Acho que isso estava inserido dentro dos atletas. Os atletas, quando a gente começa o trabalho, entende que precisa arrumar e organizar algumas coisas. O trabalho do Tiago estava sendo bem feito, mas estava no modo oscilação, nós organizamos isso. Eu não vivi o passado, eu vivo o presente. Estou vivendo do dia 7 (de janeiro) em diante, tudo que acontecendo é do dia 7 em diante. Eu não estava presente, nós precisamos interpretar isso. Eu vendo algo para esses jogadores e eles compraram. E eles acreditam de forma fiel. A gente está conseguindo ter rodagem do grupo, é importante ressaltar isso. Domingo já tem uma nova batalha, a Taça Rio é importante por causa da Copa do Brasil. Depois, tem Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores. Não vejo detalhes ou coisas fundamentais. Esses caras trabalham demais, o grupo é comprometido. A gente consegue ser imbatível através do esforço de todos. Imbatível? Talvez não, uma hora vamos perder, mas é algo que faz parte do processo. O que passou, passou. Vida nova.
2023 ficou para trás?
– Resposta curta? Sim. Semanas atrás. Há muito tempo.
Reconstrução que o clube passa
– É um Botafogo muito forte e que vai brigar nas competições que disputar. Ainda temos coisas para ajustar. Um ponto que preciso colocar aqui é que tivemos uma situação muito chata no último final de semana aos nossos gestores. Nós precisamos mudar a chave. Eu só estou aqui por causa deles, os jogadores só estão aqui por causa deles, o Mazzuco e o Alessandro. Estamos reconstruindo tudo. Se tivesse uma proposta do Botafogo há três ou quatro anos eu talvez não aceitaria. Hoje eu aceitei com muita firmeza e é o melhor lugar que já trabalhei. Tem um cara que tem uma cabeça de muita firmeza, que é o John. Peço paciência ao torcedor, sei o quanto o torcedor sofreu, faz parte. Mas estamos em um processo de reestruturação, tem muita coisa boa envolvida.
Gols marcados
Quantidade de gols marcados
– Existe a expectativa de gols, que é o número de finalizações etc. Muitas vezes você finaliza alto e no meu processo de base eu sempre tive bons números disso. No contexto do jogo profissional, que é mais tenso, você acaba tendo mais deficiência. Falo muito do caminho do gol, é a percepção em relação a eficiência. Eu adoro o jogo ofensivo, de controle, mas tudo tem que ser equilibrado. A partir do momento que os atletas entendem isso nós geramos eficiência. Nossa equipe hoje é muito eficiente e equilibra bem o jogo. Falamos muito de propor o jogo, em alguns momentos nós propomos sem bola.
Passagem pelo Bragantino
– Quando eu venho para o Red Bull é através do Thiago Scuro, que era o gestor da época. Tínahmos a percepção que com a saída do Barbieri não era a minha vez. O Thiago acabou indo para o Monaco, é acima da média. E o processo acaba não acontecendo, e acaba surgindo a oportunidade do Botafogo. Para mim, a experiência de visualizar o Caixinha foi muito boa. Ele é acima da média. Também é aprendizagem. Vim para cá no projeto, o Tiago saiu, e vim para o Botafogo para dar continuidade na minha carreira.