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Pássaro fala em ‘criatividade’ para superar dificuldades financeiras do Vasco: ‘Não impedem a realização de um bom trabalho’

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Reprodução/VascoTV
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O novo diretor executivo do Vasco, Alexandre Pássaro, foi apresentado oficialmente, nesta segunda-feira, em coletiva virtual realizada no CT do Almirante. Aa lado do técnico Vanderlei Luxemburgo, ele falou sobre os motivos que o levaram a aceitar o convite do clube e de temas como a situação financeira, continuidade no futebol, planos para a base e as negociações para o retorno do meia Martín Benítez.

Questionado sobre como trabalhar em uma cenário tão diferente em termos econômicos do São Paulo, clube em que trabalhou anteriormente, Pássaro rechaçou rótulos e frases feitas.

– Desde que cheguei, muitas pessoas me falam da realidade do Vasco. A realidade do Vasco é ser Vasco, ser grande, pensar grande, ter um time competitivo, alegrar a torcida, como vem fazendo há mais de cem anos. A situação financeira do Vasco é outro ponto, que não se confunde com a realidade. Vamos trabalhar dentro dessa situação financeira, ser criativos com ela , trabalhar ao longo dos próximos anos para melhorá-la. Acho que esse rótulo de que é impossível trabalhar no futebol sem dinheiro não tem relação com a verdade. Há diferentes maneiras de se fazer as coisas. A situação financeira do São Paulo realmente era diferente mas isso não impede que a gente faça um bom trabalho e não impede que façamos mudanças para que isso não seja o mais evidente do clube, não seja mais assunto. O assunto tem que ser a realidade institucional do Vasco, como a torcida merece.

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Sobre o convite do clube, ele contou o que o motivou a aceitar o novo desafio na carreira, aos 30 anos.

– O que me animou em vir para o Vasco é grandeza do clube, a camisa, a história maravilhosa. Entendi o convite de forma parecida com o Luxemburgo, como uma convocação, não se recusa o Vasco da Gama. Muito pelo contrário, é uma oportunidade que toda pessoa que trabalha no futebol quer ter um dia e eu tive muita sorte de receber esse convite, assinar meu contrato e já começar a trabalhar desde o dia primeiro de janeiro. O que me motiva é a instituição Vasco da Gama , o resto é acessório.

Veja outros assuntos da coletiva de Alexandre Pássaro:

Situação de Benítez:

É um jogador que nos agrada muito, ao Vasco, a nova comissão técnica. É um jogador que agrada muito a torcida e as referências dele que eu tive aqui são as melhores possíveis. A gente sabe da situação, que o contrato por empréstimo se encerrou. Sabemos da opção de compra e toda essa questão que foi veiculada na última semana. Então, o Martín Benítez saiu do Vasco e se existir qualquer possibilidade agora, seja uma possibilidade primária de prorrogação do empréstimo até o final de fevereiro, para que ele termine a temporada aqui, e para que o Vasco também tenha tempo de preparar melhor essa decisão para fevereiro. Isto para o jogador, esportivamente falando, seria importante, produtivo. Para o Independiente também, clube que ele tem vínculo. Pois o único lugar que ele pode jogar, neste momento, entre Brasil e Argentina, é o Vasco. A janela da Argentina só reabre no dia 29 de janeiro e aqui no Brasil as inscrições estão encerradas e há uma possibilidade dele trabalhar no Vasco caso o nome dele esteja no BID em até 15 dias. Então, nós vamos entender com o Independiente se há essa possibilidade, com o Martín a gente sabe que há. Vamos nos entender, sabendo que é uma negociação muito difícil, que já havia sido encerrada, que precisamos começar uma nova. Com novos parâmetros e requisitos. Com novas possiblidades e opções, para tentarmos andar com isso assim que possível.

Diferenças e semelhanças com o trabalho no São Paulo:

Não me apego aos rótulos ou aos cargos. A função que vou exercer aqui é parecida com a do São Paulo. Trabalhava com o Raí, mas não tinha nada que eu fazia que o Raí não fazia e vice-versa. A gente se dividia. Aqui vou viver tudo de uma foram diferente, com as particularidades do Vasco, com outra estrutura. Vai ser um trabalho parecido no dia a dia da função, mas bem diferente considerando todo o plano, todo o projeto e o que queremos construir aqui no Vasco.

Importância do planejamento:

Costumo dizer que dentro de uma temporada em um clube de futebol você vive vários momentos. É preciso ser competente, frio e profissional para cuidar do momento sem descuidar e sem perder o norte de todo o planejamento. As pessoas falam muito de planejamento no futebol, mas esquecem a quantidade de coisas que acontecem no meio do caminho. Lesões, transferências, jogador que vai embora. O importante é não perder o norte e não descuidar das metas esportivas. Agora temos um momento muito importante, vamos focar em estar aqui todo dia, estar próximo do presidente, do Vanderlei, dos atletas. Gosto de estar presente no dia a dia, pegando a temperatura de tudo. O objetivo agora é manter o clube na primeira divisão e depois iniciar o trabalho mais completo.

Planos para a base:

O que vi ontem em São Januário (título da Copa do Brasil Sub-20) anima muito. Parabenizo primeiramente toda a comissão técnica do Sub-20, ao Carlos Brazil. É um time importante para o Vasco, para os meninos e que evidencia o trabalho positivo que tem sido feito, que conheço não de ontem mas de alguém que está no meio do futebol. Há muitos jogadores com potencial. É uma equipe dedicada. Já conversamos muito sobre base. O Vanderlei é um exemplo neste sentido faz um excelente do trabalho com a base. O Gabriel Pec que já estava no profissional se reapresentou hoje. Os outros meninos ficam de férias até dia 19 de janeiro e se apresentam para a disputa da Supercopa, contra o campeão brasileiro. Sempre olho muito para a formação de jogadores e encontrei um treinador que também faz isso e um clube preparado.

Continuidade no futebol:

Não é que eu seja um defensor da continuidade, não conheço ninguém no futebol que seja contra a continuidade, o difícil é aplicar. Nós que estamos no dia a dia, acompanhando treinamento, vestiário, preleção, etc. Vemos sempre a evolução. Então eu disse isso, que é uma situação muito particular essa do Diniz, mas tivemos trocas de treinador antes. Quando vemos que o trabalho está andando, que a coisa está evoluindo Eu e Raí enxergávamos aquela evolução enquanto todos nos chamavam de loucos. Não contratamos alguém pensando no dia desse alguém sair. As trocas deveriam ocorrer com menos frequência em todo o ambiente do futebol. A continuidade gera diversas coisas que você não tem quando acontecem as trocas. Por exemplo, quando você troca muito e muda a metodologia, há mais lesões. O jogador passa a ter visões diferentes, fica confuso.

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