Campeonato Brasileiro
Pepa analisa derrota do Cruzeiro e crítica gramado: ‘Não é desculpa, é realidade’
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O treinador do Cruzeiro, Pepa, concedeu entrevista coletiva após a derrota da Raposa frente ao Cuiabá em Sete Lagoas, e enumerou alguns motivos para o tropeço da equipe, e comentou sobre os atos racistas sofridos por Vinicius Junior na Espanha no último domingo.
– Com blocos mais baixos e compactos, requer um jogo de paciência. Notou-se, na primeira parte, alguma precipitação e falta de paciência e decisões técnicas. O jogo entrou numa toada física, que o Cuiabá passou a ser mais forte que nós. Não foi falta de atitude, foi uma questão de mano a mano. Correr muito, nem sempre é correr bem. Mas notou-se erros de passe, técnico. E o jogo entrou para o registro que aí está, fica melhor para quem está em vantagem, para quem defende, para quem está mais baixo – disse o técnico celeste
Pepa também citou um obstáculo para uma equipe que gosta de jogar rápido com a bola, em troca de passes, como o Cruzeiro, referente ao gramado da Arena do Jacaré. O treinador pontuou que para o estilo de jogo das equipes, era mais favorável ao Cuiabá as condições do campo, mas evitou culpar o gramado pela derrota.
– Se juntarmos tudo, que o Cuiabá marca primeiro, é agressivo, intenso, isso beneficia quem defende. Mas poderíamos e tínhamos que fazer mais e melhor. Para nós, não foi benéfica a situação (do gramado). Da forma que jogamos, tabelas, combinações nos corredores, é difícil. Não é desculpa, mas é uma realidade. Mas sou o primeiro a dizer que temos que melhorar. Quando não dá para tocar violino, temos que tocar tambor. E perdemos em situações com alguma precipitação. Mesmo com o gramado como está, nos obriga a ter mais paciência e critério para servir quem está à frente – salientou
O treinador fechou a coletiva, respondendo a um questionamento sobre toda questão envolvendo o racismo no futebol, principalmente na Espanha, devido aos últimos incidentes contra o craque brasileiro Vini Jr.
– É pré-histórico. Uma vergonha. Sou uma pessoa de cor, sou preto com muito orgulho. Passei por situações de racismo. O que tenho para dizer é que é vergonhoso, é pré-histórico. Não se admite – pontuou Pepa.