Futebol Internacional

Pia rebate desempenho do Brasil em amistoso: ‘Tínhamos apenas dois treinos, foi difícil montar um time’

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Foto: Thais Magalhães/CBF
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Técnica da seleção brasileira, Pia Sundhage, concedeu coletiva de imprensa após derrota por 3 a 1 no confronto amistoso com a Austrália, em Sydney, neste sábado (23), em jogo preparatório. As equipes se enfrentam novamente na próxima terça-feira (26), também em Sydney, na Austrália.

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Pia foi questionada a respeito da sua avaliação do confronto, assim como a possibilidade de uma escalação diferente na terça-feira, além da variação no esquema tático para o próximo jogo. Confira a resposta: 

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Acho que parte da defesa e ataque, no primeiro tempo, foi muito boa. Eu estou muito feliz que todos estão saudáveis e com o fato de termos marcado um gol, que também é importante. Nós fizemos muitas mudanças devido à longa viagem e isso é difícil. Mas, no geral, foi um jogo animador e temos muitas coisas a aprender com este jogo. É um bom começo, um pouco diferente do que vamos jogar no futuro. — afirmou a treinadora.

A respeito do sistema defensivo, no primeiro tempo, composto por Bruninha, Tamires, Antônia e Érika, Pia foi questionada sobre a perspectiva de jogo sobre esse setor e se há solução para o elenco não depender, somente, da Érika, que saiu para a entrada de Tainara no segundo tempo:

— Trocamos as jogadoras de defesa por causa da longa viagem e do jet lag, Então, estou feliz que elas estejam saudáveis depois de 90 minutos. Nos dificultamos para elas, você deve se lembrar que, quando começa um jogo, todos na mesma página, e quando você traz novas jogadoras na parte de trás, é um pouco difícil, mas é assim que  funciona. Tivemos alguns bons exemplos e boas respostas. Se você olhar para Antonia, por exemplo, eu acho que ela teve um jogo muito bom, o primeiro tempo com a Érika e o segundo com a Tainara. Esse tipo de respostas são interessantes, a Bruninha teve algumas situações interessantes também, então, a cada minuto desse jogos internacional, principalmente com a Austrália, a quarta equipe do mundo, depois das olimpíadas, é uma ótima experiência. Quero enfatizar que não se trata apenas das quatro zagueiras defendendo, é sobre quem está jogando na frente delas também. (….) Há espaço para melhorias, mas também é uma ótima experiência neste jogo. — completou.

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A imposição física também foi assunto da coletiva de imprensa. A técnica falou sobre a evolução física das jogadoras e a importância deste ponto para o desenvolvimento da partida, confira:

Falar da parte física é interessante, porque não se trata, apenas, do quão longe você corre ou quão rápido você é, porque se você olhar para a parte física, eu acho que Ludmila e Giovanna são muito boas fisicamente quando se trata de correr de A para B. Elas, às vezes, encontraram dificuldade frente às defensoras da Austrália. A Austrália tem uma boa defesa e tivemos que lidar com isso para ter certeza de que sairíamos da pressão. Também é sobre o posicionamento quando nós defendemos, não se trata, apenas, da parte física, embora desempenhe um papel na defesa. E quero trazer isso à tona novamente, se não tivermos o jet lag e não estivermos voando tão longe, a Érika teria jogado os 90 minutos, mas realmente queremos ter certeza de que ela estará saudável e que respeitamos sua jornada. — disse Pia.

A respeito da próxima partida, também contra a Austrália, Pia foi questionada sobre seus planos para melhorar a criação no meio de campo que, no amistoso, foi marcado por poucas chances no ataque e imposição por parte da equipe brasileira.

Eu diria que estávamos falando de jogadas, dribles criativos e tentando resolver o um-a-um, mas havia uma situação no meio-campo, onde eu acho que elas não deveriam ter sido desse modo criativo. Em vez de jogar, apenas, uma bola atrás da linha de fundo, porque somos jogadoras rápidas, então é um pouco sobre os dois. Leva tempo para juntar tudo, acho que temos jogadoras muito técnicas e elas tentam misturar com outras coisas no ataque. Agora, se marcamos um gol, apenas por uma grande bola atrás de sua linha de fundo e Ludmila consegue a jogada, algo assim, você ganha tanta confiança e eu acho que quando elas (adversárias) marcam um gol, você começa a ser um pouco cauteloso e algumas das jogadoras começam a jogar a bola para trás ao invés de no ataque. (…) Você terá que ser paciente com essas jogadoras, novas jogadoras, jogadoras mais jovens. Temos um ano antes da Copa América e, com sorte, teremos a chance de jogar ainda melhor. — afirmou Pia.

Confira outros pontos da coletiva da treinadora:

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É um pouco diferente das Olimpíadas, temos algumas jogadoras novas chegando e tenho que dar-lhes tempo, porque no primeiro jogo, elas estão um pouco nervosas e assim por diante. Elas não estão conectadas com as jogadoras, mas temos que acreditar em certas coisas e eu acredito nas jogadoras novas, acredito nas jogadoras mais jovens e apenas dou tempo. Ao mesmo tempo, dou experiência, então, esses dois jogos aqui acho que são bons para nós ao longo do prazo. E há um pouco de equilíbrio. Você quer que o ataque seja criativo, você quer elas avancem, ao mesmo tempo, você não quer que percam a posse, então, um pouco de equilíbrio deve avançar ou você muda o ponto de ataque e começa de novo. Isso leva tempo, mas, depois deste jogo, há vídeos que mostraremos a elas que são realmente bons e é isso que pretendemos, é isso que preciso fazer. 

O que faltou para vencer

“Acho que é um pouco mais sobre defesa e, de novo, essa era uma nova equipe, por assim dizer.  Tínhamos apenas dois treinos, então foi um pouco difícil montar um time. Mas isso é apenas uma parte, eu acho que podemos ganhar a bola um pouco mais no alto. Quando nós temos chances de jogadas mais rápidas e de diminuir o ritmo, todos precisam estar na mesma página.  Mas eu acredito que há algumas jogadoras muito boas em campo e, algumas vezes, elas cometem erros, jogadoras jovens cometem erros , mas elas também são tão inteligentes, trazendo esse equilíbrio. No futuro, elas terão uma boa ideia de como ter sucesso, juntas, na mesma página.” 

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