Coritiba

Presidente do Coritiba confirma que clube se tornará SAF em 2023 e descarta modelo adotado por outros times

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Foto: Divulgação/Coritiba
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Nesta última quinta-feira (16), o presidente do Coritiba, Glenn Stenger, garantiu que o Coxa se tornará SAF ainda em 2023. Há alguns meses, o clube paranaense tem conversas com a Treecorp Investimentos, um grupo brasileiro, e espera ter uma reunião com o Conselho Deliberativo para apresentar o projeto.

Em entrevista ao Youtube do Coritiba, o presidente voltou a enfatizar que a SAF é necessária para o Coxa conseguir voltar a competir com os times do primeiro escalão.

“O torcedor tem que entender que nenhum clube médio conseguirá sobreviver no mercado sem ter uma retaguarda financeira pesada. Todos estão se movimentando para tal, a exceção dos gigantes, Palmeiras, Corinthians e Flamengo.”

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– O Coritiba passou por um processo de reestruturação financeira em 2022. Coisa que times, que já se tornaram SAF, não passaram. O clube pretende, durante o ano de 2023, concluir o processo de SAF. Mas é um processo distante e que exige uma série de implicações legais e comerciais para que o clube tenha tranquilidade de estar fazendo um bom negócio – completou.

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Modelo de SAF diferente?

Segundo as informações apuradas pelo GE, o negócio está sendo manuseado para um “fundo de private equity”, que investe em empresas de capital fechado e não estão listadas na Bolsa. Os contatos começaram no começo do ano.

Para captar o básico desse plano, esses fundos juntam dinheiro de investidores para comprar empresas. A ideia dessa modalidade é receber investimentos de diversos cotistas (pessoas) e comprar um percentual no Coritiba.

O Coxa tem negociado 90% da sua SAF para a Treecorp. O fundo, neste momento, está em fase de diligência dos ativos do Coxa para ver a compatibilidade dos valores ofertados.

O presidente do Coritiba criticou os modelos de SAF dos outros times brasileiros e disse que o do Coritiba é o melhor.

– Existem tipos de SAFs. Nós temos que ser prudentes na SAF do Coritiba. Eu não vou citar nomes, mas eu não posso ter uma SAF que sirva para formar jogador e ser trabalhada como uma filial de outro time. Não, o Coritiba é um time que vai ter investimentos para buscar novos passos no mercado nacional. Não queremos e nem vamos admitir que o investidor transforme o Coritiba em um clube satélite – destacou.

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A Treecorp conta com um famoso empresário no seu grupo de conselheiros, Roberto Justus é um acionista minoritário. Há algumas semanas a Jovem Pan News confirmou que o ex-publicitário tinha grande interesse em comprar o Coxa.

Entretanto, isso não quer dizer que Roberto Justus faria parte da gestão do Coxa, o que pode acontecer seria o contrário. A Treecorp e o Coritiba definiram quem comandará a SAF do clube e já estão na procura de nomes. O plano é que o Verdão tenha uma gestão empresarial, que seja especializada em futebol.

No futebol, o retorno ou lucro dos investidores pode vir por meio de transferências de atletas, a retirada de dividendos (divisão dos lucros entre os acionistas) ou esperar até o clube valorizar e revender no futuro.

Esse último deve ser o caminho do Coritiba. O sugerido até mesmo no “private equity” é esperar, assim como também dentro desse novo plano de SAF. O prazo, normalmente, é de sete a 10 anos.

Quem tem guiado o caminho desde o começo para o Coritiba, é a XP Investimentos, a empresa procurou investidores no mercado. O grupo de investimentos já havia intermediado a compra de Ronaldo Fenômeno, hoje dono do Cruzeiro.

Quem é a Treecorp?

Criada em 2010, a Treecorp tem três sócio-diretores e aproximadamente R$ 2 bilhões sob gestão em 11 empresas de seu portfólio. Ademicon, Zeedog, Cabana Burguer e Zul digital são algumas delas.

O Coritiba, inclusive, tem uma parceria com Ademicon: o “Consórcio Coxa” de forma digital. Ao adquirir, o torcedor do Coxa estará automaticamente contribuindo com o clube. Não existe relação de interesse antigo, já que o consórcio foi realizado em 2021.

O nome mais conhecido, contudo, é do ex-publicitário Roberto Justus, que entrou na empresa há dois anos. No final do ano passado ele disse que estava comprando um clube de futebol em entrevista ao podcast Flow e que não era o “seu time de coração”. Justus torce para o São Paulo.

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