Vasco
Rafael Paiva diz se sentir cada vez mais pronto para seguir no profissional
Treinador interino concedeu entrevista após ótima vitória sobre o Corinthians; Paiva falou sobre Coutinho, Payet e momento no profissional.
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O treinador interino do Vasco, Rafael Paiva, concedeu entrevista coletiva após a vitória do Cruz-Maltino sobre o Corinthians nesta quarta-feira (10) em São Januário. O comandante, por sua vez, avaliou o momento da equipe e o seu desempenho pessoal à frente do profissional. Importante ressaltar que Paiva é treinador do Vasco Sub-20 e está de forma interina no elenco principal.
“Acho que estamos amadurecendo, conseguindo controlar mais o jogo, ter controle de tudo que temos que fazer. Me sinto cada vez mais pronto, conhecendo os atalhos do profissional. A base tem jogos de altíssimo nível, as equipes são muito organizadas. Agora são só as particularidades do profissional. Depois de 10 jogos nesse nível, me sinto cada vez mais preparado e pronto”, disse o técnico.
Rafael Paiva chegou a 10 partidas no comando do Vasco, sendo seis seguidas. O treinador teve a oportunidade de assumir a equipe após a demissão de Ramón Díaz e segue no comando desde a demissão do português Álvaro Pacheco. O comandante soma, no total, cinco vitórias, três empates e apenas duas derrotas.
A tendência, pelo menos na visão de grande parte dos torcedores, é de que Rafael Paiva seja efetivado no cargo de treinador da equipe profissional. O assunto deve ser discutido internamente nos próximos dias.
Confira abaixo outros trechos importantes sobre a coletiva de Rafael Paiva:
Retorno de Coutinho
– Muito gostoso trabalhar com um jogador talentoso. Jogador técnico, que tem identidade com gol, que faz a diferença. Eu acho isso fundamental em qualquer idade, em qualquer equipe, ter o jogador que desequilibra. Para mim, o Coutinho é o jogador que desequilibra, que tem a capacidade de vencer o jogo na dificuldade. Então, é um prazer enorme tê-lo no grupo.
Defesa segura
– Eu acho que o nosso crescimento, a nossa evolução passou muito pelo setor defensivo também. Eu sempre falei que a gente precisava buscar o equilíbrio. A gente estava sendo muito atacado e a gente não conseguia ter a bola. Eu acho que a gente conseguiu ter uma defesa mais sólida, tendo mais a bola também e de fato nos últimos três jogos a gente tomou um gol só. Então acho que a gente está evoluindo muito bem defensivamente, acho que é muito mérito dos defensores, dos nossos volantes, da forma de jogar também, de tentar ter um pouco mais a bola, ficar mais com a bola no campo de ataque.
– Mas de fato os nossos zagueiros e volantes laterais evoluíram muito, o Léo também. Até mais feliz do Léo (Jardim) não estar participando tanto do jogo. Menos um pouco, mas toda hora que precisa ele está lá e eu acho que passa por isso. Mentalmente eles evoluíram muito. Eu acho que tudo isso faz diferença para a gente estar nesse nível agora.
Sequência de jogos
– É isso, é muito difícil jogar dois jogos na semana o tempo todo, muito pesado. A gente conseguiu rodar um pouquinho o grupo, eu acho que isso faz toda a diferença, a gente tem usado com frequência cinco substituições também para tentar manter uma intensidade alta no jogo. Eu acho que a gente conseguiu levar, muito por mérito de toda a comissão, da parte de performance, preparador físico, a gente teve poucas baixas nesse período.
Reforços? Rafael Paiva explica
– A gente conversa o tempo todo sobre os jogadores, sobre perfil, sobre jogadores que têm potencial. A gente conversa porque isso faz parte da nossa profissão. Mas é o Pedrinho e o Marcelo que tomam a frente disso. A gente tenta refletir sempre, ajudar, levantar alguns nomes, mas eles são experts nisso e a gente tem certeza que eles vão fazer o melhor trabalho possível para o Vasco.
Relação com Vegetti, o capitão
– Vegetti é um jogador que tem uma liderança absurda, tanto em treino quanto em jogo, ele gosta muito de ganhar, todo treino ele se doa ao máximo também. Isso contagia todo mundo. Acho que todo mundo vendo um jogador como ele, com a presença que ele tem, se doando sempre, acreditando o tempo todo e buscando evoluir o tempo todo, contagia os outros jogadores também. Acho que nisso é o mais importante, essa liderança positiva que ele tem.
A briga do Vasco
– A gente tinha como primeiro objetivo sair do Z4 e ficar o mais longe possível. Agora a gente está subindo na tabela. Agora tem que ter regularidade para buscar a primeira página, estar entre os dez. Acho que nossa equipe é boa para isso. Temos que brigar para ficar lá em cima, buscar Sul-Americana e quem sabe Libertadores. Primeiro temos que chegar na primeira página e se possível vamos brigando mais em cima. O mais importante é ficar longe do Z4, ganhar esses confrontos diretos e manter a regularidade. Se a gente conseguir, acho que vamos buscando a partir daí.
Situação de Payet
– Ele deve voltar a treinar essa semana. Vamos ver como ele retorna, o quanto ele aguenta, se começa jogando no próximo jogo ou não. Temos quase uma semana para isso. Vamos ver o melhor para o Payet e para o Vasco, para tentar manter ele em vários jogos e atingir o auge físico dele.
Sforza e golaço
– Ele é um atleta que se dedica demais. Ele sabe que vai ser titular, então ele treina em altíssimo nível e intensidade. Falamos para ele que talvez ele não comece jogando, então ele treina da mesma forma. É uma referência no sentido de se doar o tempo todo. Menino que busca evolução, cabeça boa, talentoso, e hoje mereceu. O gol foi um presente para consolidar o que ele é como referência para a gente. Para ele foi uma baque não ter ido (para as Olimpíadas) porque tem muito talento, mas a gente sabe que ele tem potencial e gostamos muito dele aqui. Vai nos dar muitas alegrias ainda.
Sub-20 e profissional
– Com a equipe Sub-20 a gente sempre fazia treinos com a equipe profissional. Então isso facilitou para conhecer os atletas. Então já conhecia bem os atletas do profissional que o Vasco tinha. Então a gente sempre participava assistindo jogos aqui, já dava para ter uma noção. E a hora que eu entrei é tentar colocar o que eu acreditava do jogo.
– O que eu acredito do futebol, é tentar dar confiança para os atletas, mas a parte estratégica do jogo é realmente o que eu acredito do jogo. O que me fez chegar aonde eu cheguei na base, tudo que eu conquistei com a base. Foi muito do que eu acredito do jogo, é o que me fez ser apaixonado pelo futebol. E eu tento colocar isso em prática.
– E graças a Deus tem dado certo aqui no Vasco, no profissional, uma equipe que tenta jogar, que tenta criar, que é equilibrada para defender, que busca ter a posse da bola o tempo todo. A gente está em um processo e precisa melhorar muita coisa ainda, mas para mim foi fácil porque os atletas acreditam e acreditaram nisso também. Falam que é comprar a ideia isso facilitou muito também e a gente quer continuar evoluindo. Muito feliz por tudo que aconteceu, mas a gente quer manter isso essa regularidade, evoluir mais. Eu acho que a gente está no caminho aí.