Red Bull teme perder Verstappen para a Mercedes se carro não atingir expectativas

Christian Horner, Diretor Esportivo da Red Bull, não tem dúvidas de quem será o alvo da Mercedes quando o heptacampeão Lewis Hamilton se aposentar das pistas: Max Verstappen.

— Tenho certeza que se Lewis decidir parar, Max seria naturalmente o piloto no topo da lista, mas eles também têm George Russell e outros pilotos à disposição — disse Horner ao site oficial da F1.

Para evitar a saída já na próxima temporada, Horner entende que precisa entregar um bom equipamento ao holandês. As declarações surgem após o anúncio de que a Red Bull criará uma espécie de divisão de motores em sua fábrica, utilizando a tecnologia adquirida da Honda para desenvolver sua própria unidade de potência.

Na opinião do diretor, a mudança do regulamento é um elemento-chave, que deixa 2022 “sem garantias”, propenso a “alguma mudança significativa na relação de forças”.

CLÁUSULA DE DESEMPENHO

O desempenho do carro pode afetar diretamente o contrato de Max Verstappen. Consultor da Red Bull, Helmut Marko já havia comentado publicamente que o piloto poderia acionar cláusulas do documento caso a equipe não desse a Max um carro competitivo. Horner voltou a mencionar o tema:

— Veja, todos os pilotos têm proteções de desempenho e a verdade é que, como sempre houve, há um elemento de desempenho relacionado ao contrato de Max. Não vou me aprofundar nos detalhes. Não está relacionado a unidade de potência em nenhum sentido. É só um desempenho binário, medido durante uma certa quantidade de tempo — afirmou.

Mesmo tendo que atingir objetivos, o dirigente britânico crê que a relação com Verstappen deve garantir a continuidade do holandês em Milton Keynes. Aos 23 anos e com seis temporadas na categoria, Max já venceu 10 corridas, chegando ao pódio em 42 oportunidades.

— Na minha experiência, creio que o relacionamento com Max é muito forte. Ele acredita no projeto, acredita no que estamos fazendo. Ele vê o investimento e o recente comprometimento com a unidade de potência. Acho que, no final das contas, caberá a nós entregar um carro competitivo. Isso é o que ele quer e o que nós queremos. Portanto, nesse aspecto, estamos ambos em uma situação idêntica — continuou.

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