Pan-Americano
Regatas do segundo dia do Pan 2023 são canceladas
A organização do Pan 2023 içou a bandeira Recon devido às condições adversas no litoral chileno com ondas de até 5 metros.
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As regatas do segundo dia da vela dos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 foram canceladas neste domingo (29) em Valparaíso, Chile, nas praias de Algarrobo Norte e El Quisco.
As provas marcariam as estreias das classes Nacra 17, Snipe e Lightning na olimpíada das Américas.
A organização do Pan 2023 içou a bandeira Recon devido às condições adversas no litoral chileno com ondas de até 5 metros.
A Marinha local não garantiu navegação segura e a comissão de regatas não enviou atletas para a água.
Ao meio dia, as autoridades adiaram as atividades em todas as áreas de regata preservando a integridade dos atletas. Para a segunda-feira (30), as previsões meteorológicas prevêem melhorias nas condições.
”A gente espera que amanhã as ondas diminuam e tenham condições de regata para todas as classes. Foi uma decisão da organização, pois estava muito complicado”, disse o gaúcho Gustavo Thiesen, um dos treinadores da Equipe Brasileira de Vela.
Na Nacra 17, os finalistas olímpicos Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino Sá entram na disputa de olho no lugar mais alto do pódio. Em Lima 2019 a dupla foi bronze.
”Estamos motivados em buscar uma medalha e uma vaga para os Jogos Olímpicos na Nacra. O local tem condições diferentes do que estamos habituados com frio e ondas fortes”, contou o gaúcho Samuel Albrecht, que nesta temporada ganhou títulos de ponta como a Semana de Vela de Ilhabela e a Semana de Buenos Aires.
Na Snipe, a dupla Juliana Duque e Rafa Martins defenderá a medalha de bronze de Lima 2019. Os dois estão motivados pelos resultados recentes, incluindo o título mundial da timoneira baiana e o bicampeonato nacional.
A Lightning tem tradição de medalhas em Pans nos últimos anos, principalmente sob o comando de Cláudio Biekarck, dono de 10 medalhas dos Jogos Pan-Americanos. Hoje o trio será formado por Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk.
”Chegamos fortes para o campeonato vencendo eventos no Brasil, como o Nacional, e a seletiva para o Pan. A raia é diferente como já falado com muita onda e vento. Vamos atrás dessa medalha”, contou a proeira catarinense Larissa Juk.
A Equipe Brasileira de Vela é composta ao todo por 17 atletas. As regatas começaram no sábado (28) com as bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze na liderança da 49erFX e o maranhense Bruno Lobo na ponta da Fórmula Kite.
Na Fórmula Kite entre as mulheres, Maria do Socorro Reis é a terceira colocada no geral. Na IQFoil, classe de prancha à vela dos Jogos Pan-Americanos, Mateus Isaac fechou em segundo lugar e Bruna Martinelli em quinto.
Outro nome com bom resultado na estreia foi Bruno Fontes na ILCA 7. O catarinense é o segundo colocado. No ILCA 6, Gabriella Kidd é a sexta no geral. Marco Grael e Gabriel Simões estão em sexto no 49er.
Acompanhe o tracking das regatas – Livestream e Resultados
A vela do Brasil defende a liderança histórica do quadro geral de medalhas da olimpíada das Américas. Ao longo destes 72 anos, foram 85 medalhas, sendo 39 ouros, 27 pratas e 19 bronzes.
Nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, o país levou cinco medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze para a equipe brasileira de vela.
Equipe Brasileira de Vela
49erFX: Martine Grael e Kahena Kunze
49er: Marco Grael e Gabriel Simões
Snipe: Juliana Duque e Rafa Martins
Nacra 17: Samuel Albrecht e Gabriela Sá
Lightning: Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk
ILCA 7: Bruno Fontes
ILCA 6: Gabriella Kidd
Fórmula Kite: Bruno Lobo e Maria do Socorro Reis
IQFoil: Mateus Isaac e Bruna Martinelli
Comissão técnica
Head Coach – Torben Grael
Chefe de Equipe – Claudio Biekarck
Rules Advisor – Ricardo Blu Lobato
Líder Equipe Multidisciplinar – Tânia Sampaio
Técnicos: Bruno Prada, Martha Rocha e Ricardo Paranhos
Apoio à vela Jovem
A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.
O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).
O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), além de ter o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) como parceiro no fomento à Vela nacional.
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.
A CBVela foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a incorporar a agenda global da sustentabilidade – a Agenda 2030, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – ao seu planejamento estratégico.
Foto: Matias Capizzano