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‘Resgatamos um gigante’, relembra Auremir após acesso no Guarani em 2016

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Crédito: Daniel Chiesa / Guarani FC
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De contrato renovado com o Cuiabá por mais uma temporada, Auremir ainda carrega consigo o Guarani no coração.

O volante, em entrevista durante live ao BugreCast e Zona Bugrina, celebrou o fato de ter alcançado acesso, logo no primeiro ano pelo Bugre, na Série C do Campeonato Brasileiro de 2016 e contou histórias inéditas ao conhecimento do torcedor.

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“O comentário que mais se falava após subir era que resgatamos um gigante. Eu fico muito feliz de o Guarani estar, no mínimo, até hoje na Série B. Para mim, é um prazer enorme ter feito parte dessa conquista aí. Em relação ao resultado em Arapiraca, ficou um pouco de frustração. A gente não tinha, até então, em nenhum momento da Série C, tomado mais de dois gols. Justamente no jogo do acesso, a gente toma 3 a 1. Quando nós voltamos, teve essa questão de não aceitar, mas a nossa semana de trabalho não mudou. A estratégia era pressionar o adversário. A gente precisava fazer gols. Então essa foi a estratégia que iniciou a semana ali”, contou.

“Nós perdemos de 3 a 1 e, dentro de vestiário lá no Brinco, tem uma banheira grandona. Treinamos a semana inteira, trabalhamos e tal. Um dia antes da concentração, os jogadores, às vezes, ficam lá na banheira conversando. Eu estou lá treinando e, quando desço, só escuto ali no túnel o batuque e os caras fazendo um pagode dentro do vestiário. Eu falei que esses caras eram malucos, porque tínhamos um jogo que precisávamos ganhar de dois ou três a zero. Eles estavam levinhos no vestiário e brincando. A confiança era muito grande apesar da responsabilidade também ser, sabe? Quando eu vi essa cena no vestiário, ela me passou essa tranquilidade. Nós sabíamos que tinha que fazer uma coisa. A gente estava treinado e preparado para fazer. Então o ambiente era muito bom. O grupo era muito bom. Essa cena me marcou hoje e, até hoje, eu falo para todo mundo”, acrescentou.

BASTIDORES

Auremir também revelou um detalhe de bastidor interessante no retorno de Arapiraca para Campinas após derrota diante do ASA por 3 a 1, em jogo da ida das quartas de final.

O volante, titular absoluto com Marcelo Chamusca e um dos intocáveis do elenco ao lado de Fumagalli, protagonizou uma iniciativa bem curiosa nos vestiários do Brinco de Ouro da Princesa.

“Eu me lembro até hoje e é uma cena engraçada. Quando a gente desce no túnel após o jogo, o pessoal estava xingando. Aí o Chamusca desce do meu lado. Eu bato nas costas dele assim e falo: nós vamos subir, pode ficar tranquilo. Ele falou que sim, mas estava meio triste, sabe? Teve a oração ali, viajamos e tal. Quando cheguei em casa, mandei imprimir mais de 40 folhas dizendo: vamos subir, acreditem. Colei nos armários de todos os jogadores. Quando eles entraram no primeiro dia de treino da semana, estava tudo colado lá. Então, assim, o acesso já começou ali naquele dia em que eu não aceitava nada de diferente. Foi muito marcante, com certeza. Por isso, eu tenho muito carinho pelo Guarani e por tudo o que a gente viveu ali. É um clube que vinha, há alguns anos, sofrendo. O Guarani, com a história que tem e ficar em uma Série C sofrendo, não dá. No mínimo, na pior das hipóteses, tem que estar na Série B ali e brigando para tentar subir à Série A. O Guarani, um clube em Campinas, não pode ficar na Série C”, relembrou.

“O futebol é um esporte muito engraçado. O futebol não tem espaço para quem não vence. É incrível isso. O futebol cobra vitória. O futebol cobra conquista, acesso e título. Essas coisas marcam. Quando eu vou para o Guarani e chego lá, a comissão técnica já tinha batido na trave em 2014 e 2015 com o Fortaleza e estava em mais uma Série C, em 2016, com o Guarani. Eu tinha batido na trave em 2015. Isso já me incomodava. Quando eu chego no Guarani, eu falo para os caras e falava sempre antes dos jogos: eu já bati na trave em 2015, mas, nesse ano, eu não vou bater, não. De jeito nenhum, eu vou bater. Eu sempre batia nessa tecla que não aceitaria não subir naquele ano. Nós fazemos uma campanha muito boa na Série C. Quando chega no jogo do ASA, fazemos 1 a 0 e tomamos 3 a 1”, completou.

Auremir defendeu o Guarani entre 2016 e 2017, totalizando 54 partidas e dois gols marcados. O atleta, hoje com 29 anos, deixou Campinas com destino ao futebol turco, até retornar ao Brasil em 2019, quando fechou com o Ceará.

Clique aqui e assista a entrevista completa de Auremir.

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