Flamengo
Retrospectiva 2022: Mudança de comando no Flamengo transforma início desastroso em dois títulos
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Do início que indicava um grande fracasso, para duas conquistas históricas em 2022. A temporada do Flamengo foi caótica, como de costume, mas terminou com um final muito feliz. Após a troca no comando técnico no meio do ano, o Rubro-Negro deslanchou nas Copas e levantou duas taças, mas o caminho até os pódios foram de altos e baixos. O Esporte News Mundo preparou uma retrospectiva especial do time da Gávea, confira.
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A CHEGADA DO NOVO MISTER
O português Paulo Sousa foi anunciado pelo Flamengo antes mesmo do início de 2022. O técnico rompeu seu contrato com a Federação Polonesa de Futebol, onde dirigia a seleção do país, e acertou com o Rubro-Negro. Com muitas declarações de amor, o treinador europeu chegou cercado de expectativas, mas logo após os primeiros contatos a relação foi ficando conturbada.
A PRIMEIRA DECEPÇÃO
Após dois vice-campeonatos no final de 2022 (Libertadores e Brasileirão), o Flamengo chegava para a disputa da Supercopa contra o Atlético-MG, em Cuiabá. No confronto diante do atual campeão do campeonato nacional e da Copa do Brasil, o Rubro-Negro fez uma partida emocionante, e após o empate no tempo normal, a decisão do título foi para os pênaltis. Nas cobranças, o time carioca teve quatro chances de conquistar o tricampeonato do torneio, mas não conseguiu converter e viu o Galo ficar com o troféu.
FIM DO SONHO DO TETRA ESTADUAL
Após perseguir o tetracampeonato consecutivo cinco vezes, o Flamengo chegou à final do Campeonato Carioca com mais uma chance de finalmente conquistar o quarto título em sequência. Porém, o Fluminense, de Abel Braga, tinha o plano de estragar o sonho rubro-negro. Após falha de Léo Pereira no primeiro jogo, o Tricolor abriu 2 a 0, e na segunda partida garantiu a ida do troféu para as Laranjeiras.
FIM DO CASAMENTO PAULO SOUSA E FLAMENGO
Mesmo com boa campanha na Libertadores, o Flamengo começou mal no Campeonato Brasileiro e a paciência da torcida foi se esgotando com o passar das rodadas. Após derrota para o Fortaleza no Maracanã, o treinador português foi para Bragança Paulista com uma certeza: se não vencesse o Red Bull Bragantino, seria demitido. E diante de muita pressão, o Rubro-Negro sucumbiu junto com seu técnico, que foi mandado embora após o revés por 1 a 0.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O Flamengo pensou rápido e agilizou a troca no comando técnico. Em poucas horas, Paulo Sousa foi demitido e Dorival Júnior assumiu o time para sua terceira passagem. E no início, não teve como mudar os rumos da equipe, sendo derrotado na estreia do novo treinador pelo Internacional, no Beira-Rio.
BEM-VINDO AO INFERNO
A instabilidade colocava em dúvida a possibilidade de títulos, e após a derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o Flamengo desceu ao submundo. E foi lá que tudo mudou. Mobilizados pela fala de Gabigol, que prometeu uma atmosfera diabólica no Maracanã, mais de 68 mil torcedores promoveram um inferno em vermelho e preto. E o regente no caldeirão foi Giorgian De Arrascaeta, que com dois gols, garantiu a virada no placar agregado e colocou o time da Gávea nas quartas de final.
“TIME A” PARA AS COPAS E “TIME B” PARA O BRASILEIRÃO
Com o calendário apertado, Dorival Júnior decidiu “dividir” o elenco e focar os principais jogadores na disputa das Copas, enquanto os reservas estariam à disposição para o Brasileiro. No começo, o plano estava dando certo, com o Flamengo avançando nos dois mata-matas e conseguindo vitórias nos pontos corridos. Porém, em certo momento, o Rubro-Negro precisou definir suas prioridades, colocando a Libertadores e a Copa do Brasil no topo da lista.
O TÍTULO QUE FALTAVA PARA A “GERAÇÃO 2019”
Após eliminar o Athletico-PR na Arena da Baixada e tirar o São Paulo na semifinal, o Flamengo voltou à final da Copa do Brasil, para tentar o título que a “Geração 2019” ainda não tinha conquistado. Na decisão, o adversário era o Corinthians, time que o próprio Rubro-Negro já tinha despachado na Libertadores.
Depois de dois empates, a decisão do título seria decidida nos pênaltis, assim como em 2017, quando a equipe carioca amargou o vice. E a angústia de ver o time perto de perder o sexto campeonato consecutivo apertou os corações rubro-negros no Maracanã. Porém, após os erros de Fagner e Mateus Vital, Rodinei tratou de fechar as cobranças e correr para a comemoração. Um arco de redenção para o lateral-direito, que deixou o status de “descartável” e se tornou um dos melhores jogadores do elenco, virando o herói da Copa do Brasil 2022 e sendo cogitado até na Seleção Brasileira.
A GLÓRIA ETERNA EM GUAYAQUIL
Poucos dias após conquistar a Copa do Brasil, o Flamengo tinha mais uma final pela frente. O Rubro-Negro voltava à decisão da Libertadores após a dolorosa derrota em Montevidéu, no ano anterior. Em Guayaquil, no Equador, o time da Gávea teria o Athletico-PR como adversário disposto a levantar a América pela primeira vez.
Porém, o destino já estava escrito pelo pé esquerdo de quem se acostumou a decidir grandes jogos. Depois de um cruzamento na medida de Everton Ribeiro, Gabigol apareceu na segunda trave e empurrou para o fundo da rede, marcando seu quarto gol em três finais de Libertadores, se tornando o maior artilheiro brasileiro da história da competição. Com superioridade numérica após a expulsão de Pedro Henrique, o Flamengo controlou o jogo e esperou o apito final para voltar ao topo do continente.
DESPEDIDA DOS DIEGOS
Como último ato de 2022, o Flamengo se despediu de dois capitães. Diego Ribas pendurou as chuteiras após uma vitoriosa carreira e entregou a camisa 10 para Gabigol. Diego Alves encerrou sua passagem pelo Ninho do Urubu, mas ainda não definiu seu futuro. O que estragou o adeus dos xarás foi a derrota por 2 a 1, em pleno Maracanã, para o já rebaixado Avaí.
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Uma temporada que começou estranha e com ar de decepção. Mas foi encerrado de maneira histórica e com duas taças fundamentais para a consolidação do momento que o clube vive em seus 127 anos. Um ano típico de Flamengo, com crises e vitórias que ficaram marcadas para todo o sempre.