São Paulo

Rogério Ceni elege Diego Costa como melhor em campo e justifica cruzamentos: ‘não resta outra alternativa’

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Rubens Chri /saopaulofc.net
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Após a vitória por 3 a 0 diante do Santos em plena Vila Belmiro, o treinador Rogério Ceni concedeu entrevista coletiva.

Nela, o treinador comentou sobre o excesso de cruzamentos, algo que o São Paulo tem abusado e que é criticado pela imprensa esportiva e também pela torcida. Segundo Ceni, é uma possibilidade viável contra adversários específicos.

“O jogo é contra o Santos dentro da casa do Santos, que não fica com dez jogadores defendendo na linha da grande área. Quando fica todo mundo no meio não resta outra alternativa. Estava assistindo ontem ao Arsenal, que fez 43 cruzamentos para ganhar de 2 a 1 do Brentford. City contra o Tottenham fez 37, 38 cruzamentos. O Liverpool até o minuto 53 quando perdia para o Norwich tinha 33 cruzamentos. Por que? Porque são equipes que jogam em linha baixa na defesa. O que sobra? Trabalhar a bola e girar pelos lados. O que temos que melhorar é capricho no cruzamento e tentar fazer mais triangulações. Mas hoje é um jogo que te oferece mais espaço, porque é uma equipe que consegue bater de frente”, analisou

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Ceni passou grande parte da coletiva também elogiando os jogadores formados em Cotia. Segundo ele, notou muitas evoluções em Diego Costa, o qual considerou o melhor jogador em campo.

“Diego foi o melhor. Ele erra bastante, mas erra tentando construir, tentando fazer algo diferente. Isso é louvável no jogador, não ficar retraído, morrer naquele erro, e sim seguir em frente. Ele vem fazendo bons jogos e hoje fez seu melhor com infiltração, passe, acertando coisas diferentes por não desistir, não se abater. Tem jogos no ano passado que não foi tão bem, mas cabe ao torcedor incentivar porque ele tem tudo para dar a volta por cima.”

Além de Diego, Rogério também comentou sobre a atuação de Pablo Maia. O volante tem participado das partidas do São Paulo e surgiu como uma possibilidade para a posição que é carente quando Luan está fora.

Sobre Pablo, uma partida muito boa dele, foi um dos jogadores que ficou 15 minutos comigo depois do último jogo para ajustar o posicionamento dele em campo. Hoje se posicionou melhor, teve mais confiança. Uma coisa muito boa é que ele cometeu um erro na Taça São Paulo contra o Palmeiras e o importante é não desistir da pessoa. Você vê que o cara é dedicado, ainda um pouco calado, mas forte fisicamente, ajuda bastante. Sempre bem focado e jogou futebol constante, simples, liso, trabalhando em dois passes, girando muito o jogo. Foi um dos melhores na tarde/noite de hoje”, avaliou.

Por fim, Rogério também comentou sobre as mudanças no intervalo, que fizeram com que o São Paulo construísse um melhor resultado na segunda etapa.

Eu achei que quando eles [Santos] dobraram, quando tirou o Madson, que é jogador de força, velocidade e bom jogo aéreo, e pôs o Marcos Guilherme, vi que estava difícil marcar um, imagina dois. Começou a pesar um pouco essa marcação pro Reinaldo. Teve até um lance perigoso, que o Reinaldo dá um carrinho na área e tira para escanteio, mas coisa de muito pouco espaço para uma expulsão. E o Léo tem como principal virtude a força física. Tentei igualar com o Angelo o jogo. Já tenho o Alisson, que é um jogador voluntarioso, e melhoramos a função de marcação. Já o Nestor lado a lado joga melhor que o Igor Gomes, Igor é melhor na frente, jogador de arranque, condução e força física, Nestor mais técnico, de passe. Conseguimos encaixar melhor, ele daria mais toque, mais passe, e foi premiado com bonito gol de fora da área. Ele arrisca de fora da área nos treinos, nós treinamos isso, merecido para ele, que não tinha feito boa partida diante da Inter de Limeira, mas entrou bem hoje

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