Futebol Internacional
Ronaldinho Gaúcho: a trajetória de um bruxo que encantou o Brasil e o mundo
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É praticamente impossível falar sobre o futebol nacional e internacional dos anos 2000 sem citar Ronaldinho Gaúcho. O craque, que encantou o mundo no seu auge e é reverenciado até os dias de hoje por diversos clubes, brilhou não apenas no Brasil como no exterior, em uma das trajetórias mais meteóricas da história do país.
Nascido em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Ronaldo de Assis Moreira se destacou cedo com a bola no pé. Assim como a grande maioria dos jogadores brasileiros, começou no futsal antes de ir para o futebol de campo. E quando pisou nos gramados, já chamou a atenção de um dos maiores clubes do Brasil: o Grêmio.
Foi na equipe gaúcha onde Ronaldinho fez as suas categorias de base e, também, os primeiros anos como profissional. Assim que subiu para a equipe principal do Grêmio, em 1998, já era perceptível que o jovem tinha algo de diferente. No ano seguinte, isso ficou comprovado: 22 gols em 43 jogos. Em 2000, provou-se ainda mais: 28 gols em 34 partidas.
Os três primeiros anos de Ronaldinho no Grêmio foram suficientes para que ele chamasse a atenção de clubes da Europa e da própria seleção brasileira, onde foi campeão da Copa América de 1999 e do Mundial e Sul-Americano sub-17. Em 2001, o jovem gaúcho ficou grande demais para o Brasil e rumou à França.
De destaque a Melhor do Mundo na Europa
Na temporada 2001/2002, Ronaldinho foi contratado pelo Paris Saint Germain. Àquela altura ele já carregava o apelido de Gaúcho, uma vez que dividia os gramados da seleção com outro Ronaldinho – o Fenômeno. Na França, o jovem ficou duas temporadas, fez mais de 70 jogos e marcou 25 gols. Desempenho suficiente para atrair a atenção de um dos maiores clubes do mundo: o Barcelona.
Enquanto esteve no PSG, Ronaldinho também se destacou ao ser campeão da Copa do Mundo com o Brasil. Sendo assim, chegou ao Barcelona com o status de estrela – mas foi na Espanha onde encontrou a melhor fase da sua carreira, e uma das melhores já vistas na história do futebol.
Com o Barcelona, Ronaldinho venceu tudo: Liga dos Campeões, Supercopa, Liga Espanhola e por aí vai. Não apenas isso como, também, encantou o mundo com atuações inesquecíveis, dribles fantásticos, gols geniais e uma alegria gigantesca dentro de campo. Tudo isso culminou em um apelido que guarda até os dias de hoje: bruxo.
Ronaldinho ficou cinco temporadas no Barcelona, o suficiente para ser um dos ídolos da história recente do clube. Nesse meio tempo, ganhou o título de Melhor do Mundo duas vezes. Depois, foi para o Milan, e apesar de ter feito jogos excelentes, não conseguiu repetir o feito dos Culés.
Retorno conturbado e vitorioso ao Brasil
A volta de Ronaldinho Gaúcho ao Brasil foi um tanto quanto conturbada. Dizia-se que ele não vestiria a camisa de nenhum outro brasileiro ao invés do Grêmio, clube que o lançou. No entanto, em 2011, o jogador foi contratado pelo Flamengo – e fez valer o investimento em seu primeiro ano. Em um período em que o rubro-negro não ia muito bem das pernas, o Bruxo se destacou, marcou mais de 20 gols e ganhou um Campeonato Carioca.
No entanto, não foi o suficiente para permanecer. Em 2012, ele foi vendido para o Atlético Mineiro. E se havia sido um jovem ídolo no Grêmio, no início de carreira, com a camisa do Galo ele voltou a alcançar o estrelato – graças a um título inédito na história do clube.
Ronaldinho foi muito bem no Atlético Mineiro e comandou um time histórico do Galo que foi nada mais nada menos do que campeão da Libertadores. Nos três anos que ficou no clube, ainda ganhou o campeonato Mineiro duas vezes e a Recopa Sul-Americana – uma passagem marcante.
A aposentadoria
Depois que saiu do Atlético Mineiro, Ronaldinho já estava nas últimas da sua carreira. Foi para o Querétaro, do México, mas jogou pouco. Em 2015, foi contratado pelo Fluminense, mas atuou por apenas 9 jogos. Foi no Fluzão, inclusive, que o Bruxo pendurou as suas chuteiras.