Atlético-MG
Sampaoli: mudanças no Atlético, poder ofensivo e ‘sintonia coletiva’
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Esta semana Jorge Sampaoli completou 100 dias no comando do Atlético. O técnico concedeu a primeira entrevista depois que o time se reapresentou após a parada dos treinos devido a pandemia do novo coronavírus e disse que trabalha para alcançar uma “sintonia coletiva” no time e que para isso foi necessário mudanças.
“O elenco que encontramos aqui neste clube já estava montado havia um certo tempo. Tivemos que fazer algumas mudanças de acordo com nossa ideia de jogo, de ataque com posse de bola. Infelizmente, o fato de que o Atlético vai disputar apenas uma competição faz com que o elenco tenha que ser muito reduzido. Então, vamos nos ater à nossa realidade e saber que viemos com grande entusiasmo, tentando ter uma equipe que a torcida conheça por sua bravura, por seu ataque, por sua decisão”, disse à TV Galo.
Assim que chegou ao Atlético, Sampaoli dispensou o lateral-esquerdo Lucas Hernández, os volantes Zé Welison e Ramón Martínez e os atacantes Edinho, Clayton, Ricardo Oliveira e Franco Di Santo. Martínez e Hernández se juntaram ao time de transição, que se reapresentou na última quarta-feira na Cidade do Galo.
Se por um lado houve dispensas, o alvinegro também está em busca de reforços. A venda dos volantes Léo Sena, ex-Goiás, e Alan Franco, ex-Independiente del Valle, já foram anunciadas pelos clubes que defendiam, mas eles ainda não foram apresentados oficialmente pelo Atlético. Além disso o Galo fez proposta pelo atacante Marrony, do Vasco, e pelo zagueiro paraguaio Junior Alonso, que estava no Boca Juniors.
Sampaoli disse que trabalha para ter uma equipe com alto poderio ofensivo, característica já conhecida de outros trabalhos do técnico. “Pensamos muito mais em fazer gol no adversário do que em defender o nosso próprio. Teremos uma equipe que, onde quer que jogue, defende sempre a posse de bola.”
Futebol pós-coronavírus
Questionado sobre o que espera do futebol pós-pandemia, o argentino disse que há também uma questão social por trás de tudo e que ainda é cedo para pensar em voltar.
“Não sei como será o futebol, porque tudo dependerá de quanto tempo vai durar esse novo vírus que conhecemos hoje e que, infelizmente, está tirando a vida de muita gente. Então, além do interesse de voltar a jogar, há o interesse de que tudo isso acabe, não só para jogar futebol novamente, mas também para não ter a quantidade de mortes que temos diariamente.”