São Paulo

São Paulo evoluiu nos últimos jogos, mas ainda pode melhorar

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Rubens Chiri e Paulo Pinto / saopaulofc.net
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Apesar dos últimos resultados que afastaram o Tricolor do G-6, Crespo se mostra contente com a evolução do elenco nos últimos jogos. O treinador usou tanto a coletiva de imprensa após o jogo contra a Chapecoense quanto após o jogo contra o Santos para elogiar seus atletas e passar confiança à torcida. O argentino realmente não está errado, mas para vincular o bom desempenho com bons resultados, o treinador ainda precisa acertar alguns pontos dentro do time.

Uma das maiores críticas da torcida sobre os jogos do São Paulo é quanto ao preparo físico do time durante a temporada – principalmente após o Paulistão.

Além do departamento médico estar constantemente ocupado por conta de diversas lesões (que deixaram Luciano e Marquinhos fora por mais de 60 dias, além de muitos outros jogadores), a queda de produção na metade do segundo tempo é notável, algo que não só custou pontos no Brasileirão, mas também a eliminação na Copa do Brasil, quando o clube sofreu dois gols nos últimos minutos do primeiro jogo.

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A situação no departamento médico já está melhor, apenas com Igor Vinícius entre os mais utilizados por Crespo ainda precisando de maiores cuidados, desde que sofreu um trauma no olho na partida contra o Atlético-GO. Dentro de campo, a questão física continua um problema, já que ainda no último clássico, o Santos teve diversas chances de contra-ataque nos minutos finais que poderiam dar a vitória ao time visitante.

Diretamente ligado à queda de produção no fim do jogo, um outro problema surge dentro de campo: as substituições. No geral, Crespo acaba demorando muito para fazer mudanças no time, o que pode atrasar uma possível mudança de cenário a favor do São Paulo.

No clássico, por exemplo, Gabriel Sara entrou aos 11 do segundo tempo, mas o treinador só voltou a mexer aos 33 minutos, quando colocou Gabriel Neves. MartÍn Benítez, considerado o melhor meia-armador no elenco, só foi a campo perto dos acréscimos. Já na partida contra o Atlético-MG, Crespo não tinha feito nenhuma mudança no time até os 32 minutos do segundo tempo.

Essa demora para substituir não é o fator determinante na queda de ritmo durante o jogo, mas diz um pouco sobre essa dificuldade de manter o mesmo volume durante os 90 minutos. Talvez, uma variação maior de alterações em um espaço maior de tempo dê mais chances para os atletas descansados pegarem o ritmo do jogo e serem mais participativos.

Por último, está claro que Crespo ainda está à espera da formação ideal. A chegada de Calleri dá uma maior profundidade ao time titular, que o treinador ainda está trabalhando. Contra o Santos, utilizou quatro atacantes, com o argentino, Marquinhos, Luciano e Rigoni. Apesar da boa atuação, não seria surpresa ver Benítez de volta aos 11 iniciais em algum momento, para ajudar Nestor na criação de jogadas.

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