Automobilismo
Segunda etapa do campeonato mundial, veja curiosidades e história do Grande Prêmio de San Marino
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Pelo segundo ano consecutivo o Grande Prêmio de Ímola, na Itália, será disputado pelo campeonato mundial de Fórmula 1, desta vez, é a segunda etapa da disputa. Um traçado popular e histórico ao mesmo tempo, mesmo tendo sofrido diversas mudanças por segurança através de mais de duas décadas e meia, precisamente 26 anos.
É um circuito travado, mas que permite ultrapassagens e com os carros atuais chega a uma velocidade média de menos de 300 km/h. A última pole position foi de Valtteri Bottas, com a Mercedes, com o tempo de 1min13seg609, e Lewis Hamilton completou a primeira fila 1 décimo acima do finlandês.
Curiosidades de Ímola
São 4909 metros com 19 curvas, sendo elas três icônicas para o mundo do automobilismo: a Villeneuve, a Variante Baixa e a Tamburello. A primeira vez em que o Autódromo Enzo e Dino Ferrari foi utilizado foi em um evento que não valia pontos para o campeonato em 1963 e foi vencida pelo bicampeão Jim Clark. A segunda aparição do traçado italiano também não valia tentos ao vencedor, mas a conquista ficou com o então bicampeão do mundo Niki Lauda em 1979.
Apenas no ano seguinte, 1980, Ímola foi oficializada como prova do campeonato mundial de Fórmula 1 como o GP da Itália, ou seja, com disputa por pontos, e a primeira vitória foi do brasileiro Nelson Piquet com a Brabham. A popularidade da prova disputada na Emília Romanha foi tanta que em 1981 foi oficializada como Grande Prêmio de Ímola, retornando a corrida na Itália para Monza. E permaneceu anualmente no calendário da F1 até 2006.
O maior vencedor de Ímola é Michael Schumacher, onde o alemão conquistou sete vitórias em San Marino (1994 com a Benetton e 1999, 2000, 2002, 2003, 2004 e 2006 com a Ferrari). Atrás de Schumacher estão Ayrton Senna e Alain Prost com três triunfos cada, e Nigel Mansell e Damon Hill com duas aparições ao lugar mais alto do pódio cada.
Fim de semana triste na história
Para os brasileiros a memória mais latente é a do Grande Prêmio de Ímola, disputado em 1994, um dos finais de semana mais tenebrosos da categoria máxima do esporte a motor. Nos treinos de sexta-feira, Rubens Barrichello, então na Jordan, alavancou seu bólido a 225 km/h em uma das pernas no “s” da Variante Baixa e decolou, colidindo fortemente contra a barreira de pneus com uma força de 90G. O brasileiro foi levado ao hospital e felizmente nada de mais grave aconteceu com Rubinho, “somente” uma luxação na costela e uma pequena fratura no nariz porém mesmo tendo saído no “lucro” ele precisou ficar em observação e portanto não pôde participar do restante do Grande Prêmio.
No sábado na classificação, o austríaco Roland Ratzenberger perdeu o controle do seu Simtek e colidiu fortemente na curva Villeneuve. Infelizmente o acidente foi fatal, marcando a primeira morte na Fórmula 1 desde Riccardo Paletti em 1982. Mas a corrida foi mantida, com Ayrton Senna na pole position. O brasileiro era perseguido determinadamente pelo estreante Michael Schumacher até a volta 6, quando Senna abriu a volta de número 7 a direção colunar quebrou, e ele perdeu o controle do seu Williams, colidindo fortemente na Tamburello, e tirando a vida do tricampeão. Senna teve um funeral digno de um chefe de estado, com mais de 2 milhões de pessoas presentes ao seu velório em São Paulo.
Mudanças no desenho do circuito
O último vencedor do circuito foi Lewis Hamilton em 2020, onde se tornou o heptacampeão pela Mercedes, ao vencer a prova, com a dobradinha com Bottas. Além disto, a equipe alemã conquistou o sétimo título consecutivo do Campeonato de Construtores da F1, quebrando o recorde da Ferrari de seis, de 1999 a 2004.
O pódio consistiu do companheiro de Hamilton, Valtteri Bottas, e de Daniel Ricciardo com a Renault. Até o momento este foi o último pódio do piloto australiano que na atual temporada de 2021 defende a equipe McLaren. Na comemoração do pódio, Ricciardo fez o “shoey”, quando ele enche uma das suas sapatilhas com champanhe e bebe, ou faz com que os outros integrantes do pódio participem.
Um circuito histórico e com algumas alterações, hoje a Tamburello e a Villeneuve são variantes e não mais curvas de alta. Já a Variante Baixa perdeu uma perna de seus dois “s” que tinha. Essas mudanças foram efetuadas em 1995, após os acidentes fatais e do acidente quase fatal de Rubens Barrichello, para garantir maior segurança aos pilotos.
Temporada 2021
Para a atual temporada, Ímola será a etapa de número 2 após a vitória de Lewis Hamilton no Bahrein de forma dramática após uma defesa de posição com o holandês Max Verstappen, da Red Bull Racing. A expectativa é de que essa disputa seja ainda mais “apertada” ao longo do campeonato. O holandês fez a pole position, mas na estratégia de pit stops o inglês assumiu a ponta e de forma polêmica, após utilizar a área de escape durante 29 vezes, garantiu a vitória 96 de sua carreira.
O final de semana de 16, sexta-feira, 17, sábado e 18 de abril, domingo, acontecerão sem público e com portas fechadas apenas para equipes em prevenção a proliferação do COVID-19.
Depois do GP de Ímola, a Fórmula 1 seguirá para Portugal para disputar o GP de Portimão, a etapa de número 3 de 23 do Campeonato Mundial. Alguns países ainda não confirmaram oficialmente a participação por conta da pandemia do novo coronavírus, que afetou o calendário e logística da Fórmula 1.
A transmissão do GP de Ímola, será na Band às 10h do dia 18 de abril e terá cobertura em Tempo Real pelo Esporte News Mundo.
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