Simone Biles defende companheira que perdeu o bronze: “queremos justiça”

A ginasta americana Jordan Chiles perdeu sua medalha olímpica para a romena Ana Maria Barbosu após revisão da prova de solo.

A ginasta Simone Biles cobrou justiça após sua companheira de equipe, Jordan Chiles, perder a sua medalha olímpica. A multicampeã classificou a situação como “uma verdadeira vergonha”.

“É uma circunstância infeliz porque algo assim nunca havia ocorrido antes e é uma verdadeira vergonha. Nós gostaríamos que todas ficassem com a medalha, mas infelizmente não é o caso”, comentou Simone Biles.

Biles também afirmou que tem conversado com Chiles e vem oferecendo apoio para a companheira de time.

“Nós temos conversado, trocado mensagens, sendo garotas. Falei com ela dia desses e, tipo, ‘sabe, Jordan, você precisa sentir esses sentimentos. Não deixe que esses sentimentos te controlem’. Será a forma mais saudável de sair dessa”, concluiu a ginasta.

Relembre o caso

Após a final do solo, quando Rebeca Andrade venceu Simone Biles e conquistou a medalha de ouro, houve uma indefinição sobre quem ocuparia a terceira posição no pódio. Inicialmente, a americana Jordan Chiles recebeu a medalha de bronze após um pedido de reavaliação de sua nota, solicitado durante a competição. Após a premiação, a Federação Romena de Ginástica (FRG) contestou o resultado, apresentando um recurso junto à Corte Arbitral do Esporte, que transferiu a medalha para Ana Maria Barbosu.

A ginasta romena conquistou a nota de 13.700, que a deixava em terceiro lugar. Chiles recebeu a nota de 13.666 logo após a apresentação, porém a revisão garantiu mais um ponto à americana, que terminou com 13.766 e subiu ao pódio. 

A Federação da Romênia alegou que o recurso original foi registrado quando o tempo para a solicitação já havia se excedido em quatro segundos. Na ginástica, o prazo estabelecido para a revisão de notas é de um minuto a partir do fim da apresentação. Desta forma, a decisão do CAS favorável à Romênia determinou que Chiles devolvesse a medalha de bronze, entregue posteriormente a Ana Maria Barbosu.

Os Estados Unidos chegaram a protocolar uma carta oficial alegando a existência de provas em vídeo de que o pedido de revisão da nota teria sido feito com 47 segundos, o que estaria dentro do prazo aceitável. Porém, isso não foi considerado e a medalha ficou com a ginasta romena.