Automobilismo

Surtiu efeito: Após bronca de Hamilton, outros pilotos se pronunciam sobre protestos nos EUA

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Parece que a bronca de Lewis Hamilton nos companheiros de grid deu resultado. Após se manifestar duramente em uma rede social pelo fato de nenhum piloto de Fórmula 1 se posicionar sobre os protestos que acontecem nos Estados Unidos, por conta da morte de George Floyd e a violência policial contra negros no país, alguns pilotos se manifestaram após a crítica do único piloto de pele preta do circuito.

O primeiro deles foi Charles Leclerc. Na sua segunda temporada no circuito, o Monegasco pediu desculpas pela demora que teve para se posicionar e pediu para que as pessoas não se calem na luta contra o racismo, pois para ele, é responsabilidade de todos lutar contra injustiças.

“Para ser completamente honesto, me senti deslocado e desconfortável em compartilhar meus pensamentos nas mídias sociais sobre toda a situação e é por isso que não me expressei mais cedo. E eu estava completamente errado. Ainda luto para encontrar as palavras para descrever a atrocidade de alguns vídeos que vi na internet. O racismo precisa ser enfrentado com ações, não com silêncio. Por favor, participe ativamente, envolva e incentive outras pessoas a espalhar a conscientização. É nossa responsabilidade manifestar-nos contra a injustiça. Não fique calado”, disse o piloto da Ferrari.

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Atualmente na Renault, mas já acertado com a McLaren para o ano que vem, Daniel Ricciardo foi outro a se pronunciar. O Australiano afirmou que o mundo todo precisa se unir para combater racismo no planeta.

“Ver as notícias dos últimos dias me deixou triste, o que aconteceu com George Floyd e o que continua acontecendo na sociedade de hoje é uma vergonha. Agora, mais do que nunca, precisamos permanecer juntos, unificados. O racismo é tóxico e precisa ser tratado não com violência ou silêncio, mas com unidade e ação. Precisamos nos levantar, precisamos ser um NÓS. Vamos ser pessoas melhores. É 2020 é o fim da paciência. Vidas negras são importantes”, afirmou Ricciardo.

Piloto da McLaren, mas já tendo um acerto com a Ferrari para o ano que vem, o que abriu uma vaga na equipe inglesa para Ricciardo, Carlos Sainz condenou o racismo e lembrou que a Fórmula 1 é um esporte querido em todo o planeta, com os amantes sendo pessoas de diferentes raças, religiões e condições financeiras.

“Esses problemas que estamos encontrando hoje em dia em 2020 nos fazem pensar que voltamos no tempo independentemente do sofrimento e lágrimas dos nossos ancestrais. É louco pensar que isso ainda está acontecendo hoje, todos nós temos o mesmo sangue… Em relação ao nosso ambiente, somos um esporte global com trabalhadores e fãs de todo o mundo, com várias formações, religiões, cores de pele e condições. Trabalhamos juntos em grande harmonia para entreter a todos em volta do globo e propagar uma mensagem de esportividade e unidade. Eu absolutamente condeno todo tipo de racismo e todo tipo de injustiça. A diversidade nos move para a frente, nós abraçamos isso. Tomara que um dia todos façam”, ressaltou o Espanhol.

Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, foi outro que aderiu ao movimento de Lewis Hamilton e chamou a atenção que enquanto as pessoas acharem que suas diferenças o tornam superiores aos outros, a injustiça continuará acontecendo.

“Enquanto acreditarmos que nossas diferenças nos tornam superiores ou inferiores um ao outro, continuaremos a viver em injustiça”, destacou o Italiano.

Por conta da pandemia do coronavírus, que afetou o mundo todo, a Fórmula 1 ainda não teve o seu início em 2020 e quatro provas já foram canceladas. A expectativa da Federação Mundial de Automobilismo é que as provas comecem no mês de julho.

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