Vôlei
Tandara defende restrição de mulheres trans na natação e pede mesma regra ‘para todos os esportes’
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A campeã olímpica Tandara, ouro com a Seleção Brasileira feminina de vôlei em Londres-2012, se manifestou a favor da restrição de mulheres trans na natação, medida colocada em prática nesta segunda-feira pela Federação Internacional da modalidade, a Fina.
A jogadora, que está afastada das quadras devido a uma suspensão por doping, disse em suas redes sociais que a regra deveria ser seguida para todos os esportes. Ela já se posicionou contrária à presença de mulheres trans no vôlei feminino na ocasião da chegada de Tifanny à Superliga.
– Como sempre disse, eu não sou contra ninguém, sou contra a injustiça. Essa regra deveria se estender a todos os esportes – escreveu Tandara nesta segunda-feira.
A entidade máxima da natação mundial determinou que somente mulheres trans que completaram sua transição até os 12 anos de idade podem competir em alto nível. As que passaram pela puberdade masculina serão vetadas.
A decisão afeta a americana Lia Thomas, de 22 anos, que disputa competições universitárias. Ela já havia declarado a inteção de buscar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
A oposta de 33 anos foi suspensa preventivamente no dia 5 de agosto de 2021, durante os Jogos de Tóquio, após resultado analítico adverso para a substância Ostarina, em exame surpresa realizado no dia 7 de julho daquele ano. Em maio de 2022, ela foi condenada a quatro anos de suspensão, pena máxima, por decisão unânime do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD).
Tandara, que nega ter ingerido qualquer substância de forma com intenção, classificou a suspensão como “injusta” e “desproporcional”. A defesa informou que recorrerá a todas instâncias possíveis para tentar provar a inocência da atleta.